Quando penso, logo existo; é
propenso, é propicio, é tudo criado no vácuo, vida brotando do absinto, é tudo
tão verdade na vaidade de um deus insípido. Quando amo, logo sofro; é estranho,
é como morrer e ressuscitar e descobrir que depois de tudo isso voltarei a
estar morto. Quando calo, logo me tranco, me descubro, faço pegar no tranco, é
como se a vida escrevesse uma nova historia em cada página descrita no livro.
Quando quero, logo posso; é meu dever querer o que não devo, é insano, é
profano, é santidade sagrando por debaixo dos panos.
Era ela ainda virgem que sabotava meus sentidos,
Roubava-me atenção,
Seus olhinhos era tão lindos...
Sua inocência se escondia dentro de um coração cheio de
ambição,
E eu enfeitiçado a permiti sangrar e perfurar meu coração.
Lembro-me de cada momento, de
cada abraço, de cada gole de café. Não me esqueço das palavras, do ombro amigo
e principalmente da força que me dava quando andava cabisbaixo. Lembro-me da
nossa primeira queda de avião, das nossas coleções de palitos e das mordidas
que me dava na ponta do nariz. Lembro-me de cada suspirar e não quero mais
imaginar que vivemos aquilo que jamais poderemos em outra vida voltar viver.
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