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20 de junho de 2025

Um Homem Só no Meio da Multidão, ou A Poesia da Solitude em Belo Horizonte.



Na metrópole viva de Belo Horizonte,
onde o concreto pulsa e o asfalto sonha,
um homem caminha entre bares e sinos,
ouvindo o silêncio no meio do som.

Milhões de rostos cruzam sua sombra,
milhares de vozes giram ao redor,
mas ele, inteiro, sente-se à parte,
não por tristeza, mas por amor.

Os bares transbordam risos ensaiados,
as igrejas elevam preces vazias,
as ruas gritam pressa, metas, metas…
e ele apenas respira, sem correria.

Durante o dia, vê olhos cegos,
focados em listas, planilhas, relógios.
À noite, os corpos dançam sozinhos,
disfarçando ausências com seus adereços.

Nas redes, as máscaras brilham mais
que os rostos por trás dos filtros.
As fotos mentem a alegria forjada,
mas ele já não compra mais sorrisos.

Foi então que abraçou sua própria ausência,
descobriu na solidão a doce morada.
A solitude; flor rara entre espinhos
tornou-se seu lar, sua estrada.

Fez da própria companhia um templo,
do silêncio, um diálogo profundo.
E ali, sem distrações nem vícios,
encontrou o universo em um segundo.

Viajou por dentro e por fora,
descobriu montanhas e cafés
onde sentar-se só era liberdade
e não sentença de ninguém.

Quando com amigos, é inteiro,
brinda o instante com coração aceso.
Mas quando a multidão o engole,
ele sorri; não está indefeso.

Pois aprendeu o que poucos sabem:
a felicidade não mora nas vitrines,
não depende de beijos, nem curtidas,
mas brota onde o espírito se afine.

Um homem só entre milhões,
e ainda assim, tão pleno, tão vasto.
Não espera que o mundo o preencha
ele mesmo se tornou o espaço.

Assim vive em BH, entre igreja e boteco,
entre morros, buzinas e promessas,
sabendo que a alma que se conhece
jamais se afoga nas pressas.

Não é amargura, é liberdade.
Não é desprezo, é maturidade.
É ter descoberto o sagrado segredo:
estar só... e não sentir saudade.

 


17 de junho de 2025

Mil Formas de Um Só Escritor



Eu não escrevo apenas palavras — escrevo mundos.
Sou feito de textos, entrelaçados em contextos profundos e pretextos provocativos. Navego por entre poemas que sussurram teoremas, componho canções que carregam o peso de crônicas e a leveza dos salmos.
Cada carta que lanço ao vento é uma estória viva, brotada de teorias pulsantes e poesias que sangram verdade.

Minha escrita não é uma linha reta, é um labirinto de provérbios e pensamentos, atravessado por fantasias e embebido em direito, filosofia e teologia. Um mosaico de sentimentos em constante ebulição.
Meus versos têm reversos, minhas reflexões beiram o abismo da razão, e das minhas intuições surgem orações feitas de carne e alma.
São manuscritos que gritam delírios, que respiram suspiros e guardam memórias de um tempo que ainda não chegou.

Escrevo ensaios que são confissões, juramentos de alguém que busca sentido no caos.
Transformo mistérios em tinta, segredos em metáfora, epopeias em verdades fragmentadas, e até nas tragédias, encontro beleza.
Os meus elogios seguem critérios próprios; não são bajulações, mas discursos sinceros. E quando preciso, lanço manifestos, declarações incendiárias, repletas de insights que parecem profecias nascidas do inconsciente coletivo.

Entre meus dedos escorrem ensinos, vestem-se de alegorias, ecoam em murmúrios, sobem em clamores e explodem em questionamentos que nem eu sei responder.
Pois escrever, para mim, é estar em constante transfiguração 
Sou mil vozes num só corpo, mil estilos num só punho.

Cada palavra é um universo. Cada linha, uma revolução.
E mesmo que amanhã eu me contradiga, serei fiel a uma única verdade:
Eu escrevo como quem vive em mil formas, e ainda assim, inteiro.




Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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