Visitantes

Mostrando postagens com marcador momento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador momento. Mostrar todas as postagens

20 de junho de 2025

Ao Amor Que Chegou Quando Desisti.



Procurei por ti, amor,
nas entrelinhas das canções,
nos goles de vinho que bebi sozinho,
nas esquinas do mundo, nas multidões,
em silêncios longos que gritavam por sentido.

Beijei bocas procurando tua essência.
Toquei corpos buscando tua presença.
Passei noites em claro escrevendo versos
que talvez um dia você lesse
mas você não vinha...

Fiz de olhares promessas,
de abraços, refúgios falsos.
Confundi paixão com permanência,
e me perdi em tantas tentativas
de reconhecer em alguém
aquilo que eu mesmo duvidava existir.

Até que deixei de procurar.
Desisti, não com tristeza,
mas com a paz de quem se rende
ao que não se fabrica.
E foi nesse exato instante que você chegou.

Chegou como quem não quer nada,
mas era tudo.
Me amou sem perguntas,
me escutou sem querer mudar meu tom,
me acolheu sem inventar um roteiro.

Você não me completou.
Me ampliou.
Foi mais que metade:
foi espelho,
foi espanto,
foi alívio.

Agora entendo:
o amor não vem quando a gente chama.
Vem quando a gente cala.
Ele não exige,
ele se apresenta.
E às vezes…
é no fim da estrada
que começa a caminhada certa.

Obrigado por ter vindo
quando eu já não te esperava.
Porque agora,
cada dia ao teu lado
é a poesia que um dia
eu sonhei escrever.




3 de janeiro de 2022

Poesia insana, erótica, devassa e promíscua; ou apenas desejos ocultos pela insanidade de viver este momento.


 













Dera-me realizar

Tudo que penso,

Apregoar meus desejos insanos,

Meu instinto profano,

Manifestar a promiscuidade que habita em mim.

 

Dera-me gozar sem pudor,

Morder tua pele,

Possuir tua alma,

Adentrar em tua cavidade

Com fereza e vontade.

 

Dera-me em erupção

Sentir o teu calor

Se transformar em suor

me enxarcar de prazer

e por um instante me chamar de “amor”.

 

Dera-me toda insanidade

De viver este momento

E morrer sem arrependimento,

Por afogar a moral sem razão

E viver sem exceção.

 

 

 

Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

Powered By Blogger