Textos, contextos, pretextos, poemas, teoremas, canções, crônicas, salmos, cartas, estórias, teorias, poesias, provérbios, pensamentos, fantasias, direito, filosofia, teologia, sentimentos, versos, reversos, reflexões, intuições, orações, manuscritos, delírios, suspiros, memórias, ensaios, confissões, juramentos, mistérios, segredos, epopeias, tragédias, elogios, critérios, discursos, manifestos, declarações, insights, profecias, ensinos, alegorias, murmúrios, clamores e questionamentos.
Visitantes
12 de agosto de 2025
A Colisão Silenciosa de Mundos Internos
11 de agosto de 2025
Anistia, ou Absolvam-me — Sou Culpado de Existir
Concedam-me anistia,
não pelo que fiz,
mas pelo que a vida fez de mim.
Anistia por cada imperícia
que derramou silêncio sobre gestos que deveriam falar,
por cada imprudência
que cortou caminhos antes de ver onde levavam,
por cada negligência
que deixou a flor secar antes de dar água.
Peço anistia pelos pecados
os confessáveis e os que nem eu ouso nomear,
pelos erros que escolhi
e pelos que nasceram sozinhos,
pelos crimes sutis do dolo eventual,
pelas culpas conscientes que carreguei como pedras na língua.
Anistia por não dobrar o joelho
diante das crenças alheias,
por não ajoelhar-me ao altar de certezas
que para mim sempre foram de areia.
Anistia por largar a fé
como se larga uma carta sem destinatário,
por rasgar promessas que nunca saíram do coração.
E, sobretudo,
anistia por ser eu,
este mosaico de erros e acertos
que não escolheu as peças que o compõem.
Se houver tribunal para a alma,
que ao menos me conceda
o benefício de existir
como fui moldado.
23 de julho de 2025
Se Deus Não Existir
15 de julho de 2025
A lei da semeadura é mito
25 de junho de 2025
ENCONTRO — A OBRA DO AMOR
Não creio em sorte, nem em destino,
Nem em almas gêmeas cruzando o caminho.
Acredito no toque, no gesto contínuo,
No querer sincero que vence o espinho.
Relacionar não é conto de fada,
É sangue, suor, alma rasgada.
É relar feridas, curar com carinho,
É crescer juntos no mesmo ninho.
Não é magia, é engenharia,
Não é poema, é carpintaria.
Dois corpos distintos, dois pensamentos,
Lapidando afetos em pequenos momentos.
Não é ter tudo em comum e igual,
É amar até o que faz mal.
É saber ouvir no meio do grito,
E calar na hora do conflito.
É saber que o outro não é espelho,
Mas universo inteiro sob outro conselho.
E mesmo assim, estender a mão,
Construir com tijolo e coração.
Não é metade da laranja escolhida,
É fruta inteira, rústica, sentida.
É dividir o sumo, o bagaço e o gosto,
É brindar o amor mesmo quando é desgosto.
É entender que amar é arte bruta,
Feita de erro, de falha, de luta.
Mas se há respeito e entendimento,
Dois viram templo, viram fundamento.
Relacionar é verbo que exige ação,
É plantar a paz na contradição.
É unir propósitos sem fusão de alma,
E aprender a dançar com a calma.
Porque amar, no fim, não é destino nem acaso,
É encontro sincero no meio do atraso.
É construir, tijolo por tijolo, a ponte e o lar,
E todos os dias… decidir ficar.
Carta de Perdão aos que passaram pelo meu caminho
A todos que, de alguma forma, cruzaram minha jornada e guardam feridas visíveis ou não causadas por mim, venho com sinceridade despir a alma diante do tempo.
Peço perdão.
Perdão às pessoas que decepcionei com minhas escolhas, palavras ríspidas, silêncios mal explicados ou atitudes impensadas. Perdão aos que confiaram em mim e eu, por egoísmo, cansaço ou confusão, trai essa confiança. Perdão aos que foram bons, generosos, leais e não tiveram a devida reciprocidade. Aos que me estenderam a mão e eu não soube segurar. Aos que me ofertaram amor, tempo e cuidado, e eu não valorizei como deveria.
Peço perdão às amizades que se tornaram ruínas, não por ódio, mas por desencontros e por minha incapacidade de sustentar vínculos quando minha alma gritava por mudança. Precisei me afastar para sobreviver, para reencontrar quem sou, mas isso não anula as feridas causadas por minha ausência.
Peço perdão a cada mulher que passou pela minha vida e encontrou em mim algo que não pude sustentar. Não me orgulho dos desencontros, dos afetos interrompidos, das promessas não cumpridas. Se amei mal, se parti corações, se fui egoísta, perdoem-me.
Peço perdão, também, àqueles que me feriram. Aos que mentiram, traíram, rejeitaram. Aos que partiram sem olhar para trás. Não peço desculpas por me machucar, mas por talvez não ter conseguido corresponder às expectativas, por não ter sido a pessoa que esperavam. Perdoar vocês é me libertar de mim mesmo. Não guardo mágoas, só lições.
Mas, sobretudo, peço perdão a mim.
Por todas as vezes que me abandonei tentando agradar. Por todas as vezes que fugi do espelho, com vergonha de quem me tornei. Por todas as vezes que cobrei demais e amei de menos quem eu era. Por ter cultivado culpas em vez de plantar consciência. Hoje, decido me amar. Decido me perdoar. Não para me eximir, mas para evoluir.
Não escrevo esta carta para buscar pena. Não sou vítima, nem algoz. Escrevo porque preciso romper com os grilhões invisíveis do passado. Preciso respirar fundo e caminhar sem carregar o fardo das culpas, nem as desculpas que nunca recebi. Peço perdão porque quero ser livre. Porque só perdoando posso reconstruir por dentro e por fora.
A quem quiser acolher esse pedido, que o faça em seu tempo, ou que apenas guarde em silêncio. Não espero absolvição.
Espero cura.
20 de junho de 2025
O Coração das Palavras: Uma Confissão Atemporal
12 de maio de 2017
Eutanásia ou livre, totalmente livre.
Livre, totalmente livre (...)
das amarras e das amarguras,
Da solidão,
Da ambição e das armaduras.
Homem livre!
Do amor e suas torturas,
Das paixões,
Do rancor, da dor
E de suas conjecturas.
Sou livre!
Do céu, do inferno e deste mundo.
Totalmente livre
De ideologias e fantasias.
Parece um absurdo?
Livre da predestinação,
Da obsessão do livre arbítrio.
Sem rotulos
Sem partidos
Sem nenhuma razão
Sem nenhum sentimento
Esta é a sina que facina
Quem nasceu para ser livre.
Livre para a liberdade que me circunda,
Para a paz que me alimenta,
Livre com mansidão
E domínio próprio,
Livre da escravidão sexual
E das mazelas comunentes.
Livre pela a verdade
Pelo o respeito entre "eu e tu",
Livre do pecado
De Deus e o diabo,
Livre, totalmente livre (...)
23 de janeiro de 2012
Enquanto o tempo passa, viva!
13 de janeiro de 2012
Minha vida que era tua, tua vida que nunca foi minha.
Contudo tua vida me abandonou no meio da rua.
22 de dezembro de 2011
Não consigo lhe olvidar.
26 de novembro de 2011
Segue a vida...
20 de novembro de 2011
A vida ainda continua.
18 de setembro de 2011
A vida por Pallavras.
17 de setembro de 2011
Dicotomia do Obvio.
Definições da vida.
Para todas as coisas
A realidade que vem depois.
9 de setembro de 2011
Vida com esplendor.
7 de setembro de 2011
Emancipação da dor
Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.