Textos, contextos, pretextos, poemas, teoremas, canções, crônicas, salmos, cartas, estórias, teorias, poesias, provérbios, pensamentos, fantasias, direito, filosofia, teologia, sentimentos, versos, reversos, reflexões, intuições, orações, manuscritos, delírios, suspiros, memórias, ensaios, confissões, juramentos, mistérios, segredos, epopeias, tragédias, elogios, critérios, discursos, manifestos, declarações, insights, profecias, ensinos, alegorias, murmúrios, clamores e questionamentos.
Visitantes
25 de junho de 2025
A poesia dos meus defeitos, ou Retratos da minha personalidade - Fragmentos do EU.
20 de junho de 2025
Um Homem Só no Meio da Multidão, ou A Poesia da Solitude em Belo Horizonte.
19 de junho de 2025
O Sarcasmo de DEUS, ou Ele contra si mesmo.
O Enigma de DEUS e suas contradições, ou Suas Complexidades e Perplexidades.
DEUS cria o tempo, o espaço, o ser,
Mas entra no tempo para sofrer.
DEUS tudo vê, tudo sabe e tudo faz,
Mas se encarna num corpo que sangra em paz.
DEUS nasce de virgem, sem sêmen ou dor,
Criador da mãe que o gerou no amor.
DEUS, o eterno, viveu como um homem,
Sentiu fome, chorou, foi chamado pelo nome.
DEUS ora a DEUS com lágrimas quentes,
Temendo a cruz e os cravos ardentes.
DEUS suplica: “Afasta de mim este cálice”,
Mas DEUS responde com silêncio e análise.
DEUS sacrifica DEUS para apaziguar DEUS,
Num plano secreto entre os céus e os céus.
DEUS não quer a morte, mas a aceita calado,
Pois DEUS ordenou que fosse imolado.
DEUS, que criou a lei com Sua mão,
Morre para cumprir Sua própria sanção.
DEUS é juiz, cordeiro e altar,
A si mesmo se entrega para se justificar.
DEUS foi cuspido por sua criação,
Humilhado, nu, sem proteção.
Pendurado em dor, clama em agonia:
“DEUS meu, DEUS meu”, no fim do dia.
Mas como pode DEUS abandonar DEUS,
Se DEUS é um, não dois, nem três céus?
DEUS sente ausência, mesmo onipresente,
Morre mortal, mas é onipotente.
DEUS é enterrado, a pedra rola,
O Criador jaz mudo, sem fala.
Mas no terceiro dia, a luz resplandece,
DEUS levanta DEUS e a morte estremece.
DEUS sobe aos céus e se assenta consigo,
À direita de DEUS, Ele é Seu próprio abrigo.
Intercede a DEUS por quem DEUS escolheu,
Mas pune eternamente quem não creu.
DEUS ama a todos, com fogo e temor,
Mas lança no inferno quem rejeita o amor.
DEUS oferece graça, mas com condição,
Eterna salvação por aceitação.
DEUS é amor, mas Seu fogo devora,
Espera que O aceitem, ou destrói sem demora.
DEUS dá livre arbítrio, mas exige um “sim”,
Senão o castigo é não ter mais fim.
DEUS é espírito, mas habitou um ventre,
Eterno no tempo, presente e ausente.
DEUS não muda, mas muda o testamento,
Deus da velha aliança, agora mais lento.
DEUS conhece o fim antes do início,
Mas se decepciona com cada vício.
DEUS julga tudo, mas precisa provar,
Que a cruz foi o preço do Seu próprio julgar.
DEUS salva pela fé, mas quer obediência,
Quer obras, doutrinas, e penitência.
DEUS é simples, mas de difícil entender,
Um ser que é três, mas não pode se dividir.
DEUS é Senhor, lava os pés do traidor,
Permite o beijo que sela a dor.
DEUS é Rei, mas cavalga um jumento,
Deixa-se prender sem nenhum lamento.
DEUS é a luz que habita em mistério,
O fogo que consome e o coração sério.
É paz que guerreia, amor que castiga,
O abraço e o açoite em mesma medida.
DEUS é Pai do Filho, que é DEUS também,
E ambos enviam DEUS, que em todos vem.
Um só ser, três consciências divinas,
Insondável lógica das escrituras finas.
E se você não crê em DEUS como DEUS quis,
Não importa se foi bom, reto ou feliz,
DEUS te lança fora da Sua presença,
Pois a fé é cláusula da Sua sentença.
DEUS criou o mundo, a cruz, o inferno,
Tudo se fecha num ciclo eterno.
DEUS venceu a si mesmo no calvário,
Num drama divino, cruel e necessário.
E a humanidade assiste, perplexa e pequena,
A um DEUS que é drama, amor e condena.
Um DEUS que se mata para se aplacar,
E exige do homem apenas… crer e amar.
17 de junho de 2025
A Flor da Ingratidão, ou Também amar é ser ferido.
Sim, eu vi…
Você deu tudo de si.
O tempo, o riso, o ombro, o pão.
Ofereceu o que tinha e o que não cabia no bolso,
mas transbordava da alma.
E no entanto,
vieram os dentes onde esperava abraços.
Vieram os olhos tortos onde plantou sinceridade.
Veio o silêncio frio onde habitava sua ternura.
A tragédia da ingratidão não é o esquecimento,
mas a perversão da memória.
Porque não apenas esquecem o que você fez,
mas distorcem o que você foi.
Hoje te aplaudem,
amanhã te apedrejam
e, ironicamente, pelo mesmo gesto.
A mão que salvou também assusta.
O amor que cura também incomoda.
O ingrato não é aquele que não retribui,
é aquele que transforma o bem em suspeita.
É aquele que te olha com o mesmo olhar
com que um lobo observa a mão que alimenta.
Faça o bem e serás criticado por querer parecer santo.
Fale a verdade e será odiado por não ser cúmplice.
Dê amor demais e dirão que é carência.
Afaste-se e dirão que é orgulho.
Se fores gentil, te chamarão de falso.
Se fores direto, te acusarão de rude.
Se fores forte, dirão que és autoritário.
Se fores frágil, rirão da tua fraqueza.
O mesmo sol que aquece, queima.
O mesmo rio que irriga, inunda.
O mesmo coração que ama, apodrece quando pisado.
E então você aprende…
Que não importa o quanto se esforce,
você será lido com os olhos dos outros.
E olhos, meu caro, não são espelhos.
São prismas distorcidos de mágoas não suas.
Mas ainda assim; faça.
Ame, mesmo que cuspam.
Ajude, mesmo que esqueçam.
Perdoe, mesmo que zombem.
Porque a alma que serve não o faz por resposta,
mas por essência.
E é aí que a ingratidão revela sua beleza oculta:
ela não destrói o valor do gesto,
apenas revela o vazio do recipiente que o recebeu.
E no fim, lembre-se:
Alguns te amarão pelo que és.
Outros te odiarão pelo mesmo motivo.
Mas tua missão não é ser aceito.
É ser inteiro.
Mil Formas de Um Só Escritor
Eu não escrevo apenas palavras — escrevo mundos.
Sou feito de textos, entrelaçados em contextos profundos e pretextos provocativos. Navego por entre poemas que sussurram teoremas, componho canções que carregam o peso de crônicas e a leveza dos salmos.
Cada carta que lanço ao vento é uma estória viva, brotada de teorias pulsantes e poesias que sangram verdade.
Minha escrita não é uma linha reta, é um labirinto de provérbios e pensamentos, atravessado por fantasias e embebido em direito, filosofia e teologia. Um mosaico de sentimentos em constante ebulição.
Meus versos têm reversos, minhas reflexões beiram o abismo da razão, e das minhas intuições surgem orações feitas de carne e alma.
São manuscritos que gritam delírios, que respiram suspiros e guardam memórias de um tempo que ainda não chegou.
Escrevo ensaios que são confissões, juramentos de alguém que busca sentido no caos.
Transformo mistérios em tinta, segredos em metáfora, epopeias em verdades fragmentadas, e até nas tragédias, encontro beleza.
Os meus elogios seguem critérios próprios; não são bajulações, mas discursos sinceros. E quando preciso, lanço manifestos, declarações incendiárias, repletas de insights que parecem profecias nascidas do inconsciente coletivo.
Entre meus dedos escorrem ensinos, vestem-se de alegorias, ecoam em murmúrios, sobem em clamores e explodem em questionamentos que nem eu sei responder.
Pois escrever, para mim, é estar em constante transfiguração
Sou mil vozes num só corpo, mil estilos num só punho.
Cada palavra é um universo. Cada linha, uma revolução.
E mesmo que amanhã eu me contradiga, serei fiel a uma única verdade:
Eu escrevo como quem vive em mil formas, e ainda assim, inteiro.
16 de junho de 2025
A Coroa da Razão - Não do amor, mas do pensar.
ENTRE AS RUÍNAS DO AMOR MODERNO, ou Um diálogo interior em forma de monólogo inquisidor - O que é romantismo?
O que é o romantismo?
É flor? É vinho? É dor pintada com perfume? É o ato do homem que se inclina, oferecendo o coração em bandeja, esperando que a mulher o aceite como prêmio ou o rejeite como servo?
Caminho hoje entre os homens e percebo que se construiu uma ideia — bela à primeira vista — mas envenenada na essência: a de que o homem deve ser o eterno provedor de afeto, o portador das flores, o escrevente das poesias, o doador de tudo, enquanto a mulher é o altar, o destino, o troféu.
Pergunto: por que o amor verdadeiro necessitaria de encenação? Por que há de um se curvar para que o outro se sinta elevado? Se há amor, não deveria haver simetria?
Vós vos dizeis modernos, mas viveis como cativos de uma fábula antiga. O homem, ensinado desde menino, aprende que deve conquistar. Que a mulher é fortaleza a ser vencida. Que seu valor está na capacidade de prová-lo, agradá-la, sustentá-la, idolatrá-la. E se assim não o fizer, é indigno, frio, insensível.
Mas não há injustiça em tal crença? Não é este um papel servil disfarçado de cavalheirismo? Ora, se o romantismo exige do homem todo esforço, toda entrega, e à mulher toda exigência, então ele não é amor — é teatro. É contrato tácito onde um doa e o outro recebe.
E que tragédia nasce disso! Homens frustrados, esvaziados, endeusando mulheres que os desprezam. Mulheres que, em sendo colocadas num pedestal, tornam-se inatingíveis, não por virtude, mas por conveniência. Assim, a deusa não ama, apenas é adorada. E o servo não é amado, apenas útil.
Será esse o amor que promove a alma? Ou será prisão de ilusões, onde se troca liberdade por idealismo estéril?
Interrogo ainda: será que o romantismo favorece a mulher? Ou será que também a aprisiona? Pois se ela é ensinada a ser desejada e não a desejar, a ser servida e não a servir, a ser conquistada e não a conquistar, então ela também não ama — apenas reina. E reinar sem reciprocidade é solidão coroada.
Portanto, desconfiemos do romantismo como estrutura. Interroguemos seus fundamentos. Quem lucra com ele? Quem perde? Quem finge? Quem sofre?
O amor deve ser encontro de iguais, não escada social, nem idolatria.
Devemos destruir o pedestal, não para rebaixar a mulher, mas para que ambos caminhem lado a lado, e não um sobre os ombros do outro.
Pois o que é mais belo: um amor sincero entre dois seres livres? Ou um ritual de dominação recíproca, travestido de afeto?
Amai, sim. Mas amai com olhos abertos. O romantismo, quando se torna exigência e não escolha, é veneno com gosto de mel.
E como sempre digo: conhece-te a ti mesmo, antes de oferecer teu coração como oferenda a quem talvez nem saiba o que é amor.
3 de janeiro de 2022
Poesia insana, erótica, devassa e promíscua; ou apenas desejos ocultos pela insanidade de viver este momento.
Dera-me realizar
Tudo que penso,
Apregoar meus desejos insanos,
Meu instinto profano,
Manifestar a promiscuidade que habita em mim.
Dera-me gozar sem pudor,
Morder tua pele,
Possuir tua alma,
Adentrar em tua cavidade
Com fereza e vontade.
Dera-me em erupção
Sentir o teu calor
Se transformar em suor
me enxarcar de prazer
e por um instante me chamar de “amor”.
Dera-me toda insanidade
De viver este momento
E morrer sem arrependimento,
Por afogar a moral sem razão
E viver sem exceção.
26 de dezembro de 2011
Um amor; um sonho; uma poesia.
22 de dezembro de 2011
Águas da vida.
8 de dezembro de 2011
Senta que eu te conto, ou Pobre coração.
18 de setembro de 2011
A vida por Pallavras.
17 de setembro de 2011
Perfeição de menina.
11 de setembro de 2011
Não somente agora. Mas, desde agora para todo sempre.
7 de setembro de 2011
@Legado***
Chocolates, flores, canções, poesias...
6 de setembro de 2011
Se morro de saudades a culpa é sua.
3 de setembro de 2011
A poesia dos poetas.
Velho diário.
Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.