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2 de julho de 2025

Quando Amar Vira Obrigação: O Cansaço Invisível do Homem no Relacionamento.



Há um momento em que o homem se cala; não por orgulho, mas por exaustão.
Faz tempo que ele deixou de esperar aplausos, ele só queria ser visto.
Ele chama para sair, paga a conta, ouve com atenção, faz carinho, cuida das palavras, tenta entender até o que está nas entrelinhas. Mas tudo isso, que um dia foi expressão de amor, virou protocolo. Deixou de ser gesto e virou exigência.

Se ele não convida, está ausente.
Se convida, fez só o mínimo.
Se elogia, está manipulando.
Se não elogia, está distante.
Se trabalha demais, é ausente.
Se trabalha de menos, é preguiçoso.
Se é romântico, é carente.
Se não é, é frio.

Tudo é obrigação. Nada é expressão. Nada é ele.
E aí vem o ponto cego: o homem ama diferente.
Ele não escreve cartas como nos filmes, mas trabalha o dia inteiro e ainda lembra de passar no mercado porque viu que acabou o leite que ela gosta.
Ele não fala muito, mas memoriza cada detalhe do que ela diz para tentar agradar no próximo encontro.
Ele segura a barra no silêncio. Ama servindo. Ama agindo. Ama estando.

Mas quando tudo isso é engolido pela exigência cega do “é sua obrigação”, o homem se esvazia.
Ele sente que está sendo avaliado por uma régua invisível que sempre o mede como insuficiente.
E então acontece o inevitável: ele se retrai. Não por falta de amor, mas por falta de propósito.
Fazer ou não fazer dá no mesmo. Ser bom parceiro ou ausente não muda nada.

Quando o esforço de amar vira rotina imposta e não mais resposta natural de afeto, ele se afasta; primeiro em silêncio, depois em presença.
E quando você perceber, ele já não está mais ali, embora ainda esteja sentado ao seu lado.

Reconhecimento não é bajulação.

É combustível.
Homem que não se sente reconhecido não vira vilão.
Vira sombra.
Vira eco de si mesmo.

O amor masculino também precisa ser ouvido, lido nas entrelinhas dos gestos, e, acima de tudo, valorizado.

Caso contrário, o que era amor vira fardo. E o que era lar, vira labuta.
E ninguém aguenta morar no campo de batalha quando tudo o que queria era paz.



17 de junho de 2025

Poema do Amor Inquieto, ou Entre um gole de conhaque e um soluço da alma.



Ah, o amor…
Essa doce tragédia de todos os dias,
essa guerra com beijos e pólvora,
essa dança onde um pisa e o outro perdoa.

O homem ama com sede de conquista,
com a febre do agora e o orgulho do depois.
A mulher ama com o ventre e com os olhos,
com a memória dos gestos e o silêncio dos lençóis.

Eles se buscam porque são abismos.
Cada um quer no outro o que não tem,
o que falta, o que sobra, o que arde.
E se ferem… porque amar é tocar com faca o coração.

Brigam tanto porque não se ouvem,
porque o orgulho grita mais alto que o afeto,
e o desejo de estar certo mata o desejo de estar junto.
Discutem por migalhas, mas choram por banquetes inteiros.

Os relacionamentos nascem no espanto,
no “olá” cheio de promessas não ditas,
no toque que acende a esperança
de que desta vez será diferente.

Mas acabam…
Ah, acabam porque o tempo desgasta o encanto,
porque a rotina cansa o mistério,
porque o ego não sabe dormir de conchinha.

O amor meu caro é um bicho indomável:
manso ao amanhecer, selvagem ao entardecer,
e à noite (...)
à noite ele chora no travesseiro das mágoas que criamos.

E no fim,
resta a poesia
que consola, embriaga e revive
aquilo que o orgulho matou.

Mas atenção:

“O amor só é bom se doer.
Mas cuidado…
Dor demais vira ausência.
E ausência é o túmulo do amor.”
 

2 de fevereiro de 2022

De contínuo...


 

Encontra-me nos teus pensamentos, nos teus sentimentos, na tua vontade aflorada ou quiçá no teu orgulho desflorado. Do que adianta dizer que não quer e no fundo saber que ainda me ama? Não seja uma tola mulher para pensar que foi apenas um momento na cama. Ainda não sei como consegues amar e odiar ao mesmo tempo, deve ser uma loucura desejar e não conseguir me tirar do pensamento. Pode me bloquear para tentar esquecer, mas não alimente o orgulho que vai lhe fazer sofrer. Pensei que houvesse mais maturidade, mas como não sabe domar os sentimentos; não saberá a verdade. Não espere eu partir para correr atrás, pois se eu ir, certamente não voltarei mais. A vida não é um jogo onde terá um ganhador, mas é certo que sempre existirá um perdedor.





Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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