Textos, contextos, pretextos, poemas, teoremas, canções, crônicas, salmos, cartas, estórias, teorias, poesias, provérbios, pensamentos, fantasias, direito, filosofia, teologia, sentimentos, versos, reversos, reflexões, intuições, orações, manuscritos, delírios, suspiros, memórias, ensaios, confissões, juramentos, mistérios, segredos, epopeias, tragédias, elogios, critérios, discursos, manifestos, declarações, insights, profecias, ensinos, alegorias, murmúrios, clamores e questionamentos.
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1 de dezembro de 2025
O Manual Delicado do Intolerável.
4 de novembro de 2025
O Prazer do Proibido, ou o Submundo da personalidade humana.
O que o certo manda evita o ser,
Mas o fruto escondido é sedução,
Que difícil é o homem deter.
Da ordem feita cresce a inquietude,
No não permitido nasce o desejo,
Que quebra a lei, a ética e a virtude,
E fere a confiança com seu ensejo.
Pois no proibido habita o anseio,
De sentir o risco, o fogo, a ardência,
Mesmo que ao fim reste só o vazio.
É prazer fugaz que traz receio,
Que destrói o laço e a consciência,
E cobra caro o custo do desafio.
30 de junho de 2025
O Fim Sempre Chega
Chega sem aviso, como quem parte calado,
sem deixar bilhete, sem aceno no portão.
O fim não pede licença, entra gelado,
traz nas mãos o gosto amargo da negação.
É triste ver amores que já foram céu
transformarem-se em ruínas, em poeira de memória.
Amizades viram sombras num papel,
linhas borradas no diário de uma história.
Há quem vá por escolha, há quem vá por covardia,
há quem suma na curva da mentira.
Uns traem, outros apenas esfriam por dia,
até que o silêncio inteiro os retira.
O pior não é o fim, mas o abandono lento,
a ausência que cresce sem um som,
o amor que antes era firmamento
e hoje nem sequer responde o tom.
A despedida dói mais quando é incerta,
quando o último olhar não teve nome.
É duro ver a porta ainda aberta
e saber que quem partiu já não te consome.
Intimidades viram armas em mãos frias,
segredos compartilhados viram punhais.
A confiança, antes cheia de alegrias,
hoje jaz em sepulcros emocionais.
Mas o fim... o fim sempre vem,
em cartas não escritas, em jantares sem brinde,
em corpos presentes mas olhos que não veem,
no "pra sempre" que se torna um "ainda bem que finda".
Porque tudo tem tempo, tem ciclo, tem chão,
e quem já foi casa pode virar tempestade.
Aceita-se a dor, abraça-se a solidão,
pois até na perda mora alguma verdade.
Que venham os finais, com sua foice fina,
com seus cortes que ensinam e ferem.
Ainda que o amor morra em esquina,
os que ficam, vivem. Mesmo quando perecem.
Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.
