Beijos de mulher poeta;
Beijos de mulher profeta;
Riscos e rabiscos – contextos e pretextos.
Caminhos se cruzam e se descruzam
Pelas as estradas da vida.
Rosas e amarras,
Amarras e gritos;
Olhares embreados de sedução,
Olhares desguarnecidos e vencidos
Pelo o amor e pela poesia.
Borboletas são amigas;
Inimiga é a saudade que sufoca.
A ausência é tão avassaladora
Que precisa tirar férias de si mesma
- “Deveria partir para nunca mais voltar”.
Bordados de rendas
Tatuados na pele suada
Tem gosto salgado,
Contudo adoça o gosto veneno
Das paixões desenfreadas.
Queria tanto saber esperar (Não consigo),
Queria tanto despedaçar a solidão,
Mas, se o que quero tanto mudasse alguma coisa,
O universo não seria tão obliquo
E as pessoas não sofreriam tanto.
Nem o tendão de Aquiles,
Tão pouco a harpa de Davi.
É tão sublime e ao mesmo tempo tão voraz
A dor que me consome por sofrer
E ainda acreditar no amor.
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