Há três colunas que sustentam o templo da alma:
Gratidão, Lealdade e o dom de Pedir Perdão.
Quem as tem, caminha entre espinhos como quem pisa em nuvens,
Quem as ignora, rasteja mesmo sob tapetes de ouro.
Gratidão é luz que brota da memória sincera,
É ver no outro o sopro que salvou teu naufrágio.
É saber dizer: “obrigado” com os olhos molhados,
Como quem reconhece que não se fez sozinho.
Ingratidão, por outro lado, é faca nas costas,
É cuspir no prato que te sustentou na seca,
É covardia vestida de indiferença elegante.
Lealdade é ferro forjado na fogueira da verdade,
É estar mesmo quando não há vantagem,
É jurar em silêncio e cumprir em tempestade.
Traição, seu contrário, é veneno disfarçado de perfume,
É abraço de Judas, beijo de escorpião,
É prometer céu e plantar abismos.
Pedir Perdão é ato de reis que se curvam,
É coragem de se despir diante do próprio erro,
É amar mais a paz que o próprio orgulho.
A arrogância, contudo, é muralha cega,
É insistir na razão até matar o amor,
É fingir perfeição, mesmo em ruínas.
Essas três virtudes não gritam, mas ecoam.
São escudos invisíveis contra os apodrecimentos da alma.
Quem as cultiva é árvore frondosa,
Quem as despreza é palha ao vento.
Na era das aparências, onde estão os que vivem com essência?
Na multidão de vozes, onde ecoam os que sentem de verdade?
No espelho da tua consciência,
o que você vê: colunas ou ruínas?
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