Era o silencio
Que clamava por dentro,
Que amofinava,
Que desfalcava o sono,
Que expandia a solidão,
Que alastrava e devastava sem precedentes.
Era o silencio
Que falava por si só,
Que não tinha limites,
Que rompia o afeto,
Que curtia em martírios,
Que flagrava e não obtinha respostas.
Era o silencio
Que aprisionava,
Que transpassava o peito,
Que deixava a voz roca,
Que tardia as manhãs,
Que consentia em secar a boca.
Era o silencio
Que adormecia as pálpebras,
Que enfastiava a espera,
Que permitia a barba crescer,
Que estrondava sobrevindo,
Que furtava e assassinava a esperança.
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