No âmago ocasional tudo não passa
de nada. Indagações, questionamentos, debates, embates e sofismas sem provas e
comprovações. A verdade do mundo não passa de concepções e interpretações da
realidade. Em todos os âmbitos (científico, religioso, político, relacional,
técnico e filosófico), o fato não
consiste – é uma espécie de niilismo que se expande e anedota as respostas para
apostilar a realidade que “é e não é”, ou seja, embora física e tangível,
também transitória e liquida.
Nada dura; tudo passa. Tudo
acaba. Seja a beleza, o dinheiro, o poder, a sabedoria, o amor, as ideologias,
os sonhos, as conquistas – até mesmo os deuses morrem quando são esquecidos.
O que temos é apenas o
presente. a verdade é que na vida não
temos garantia de nada e a única certeza é que um dia todos iremos morrer. O
resto é suposição, conjectura, expectativa e fé. Somos pobres miseráveis e
escravos do destino, do acaso, dos deuses e das nossas próprias escolhas. A
nossa liberdade e autonomia vai até “a página 12”, já nascemos condenados a
viver uma vida a qual não somos soberanos sobre ela.
Tenho a impressão que somos causa
do efeito e não a fonte. Sobretudo, ainda não temos muitas explicações concisas
a respeito. Estamos no processo pelo qual não temos ciência do seu inicio, o
seu proposito e seu destino. Também não podemos saber se um dia teremos tal
conhecimento. O que alimenta a fé é a esperança, esta esperança está carregada
de sofismas, achismos, hipóteses e pressuposições.
Afinal, as pessoas precisam se
agarrar em algo para não afundar neste mar de angustia, insegurança e
incertezas.
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