Tenho meus conceitos e
preconceitos, muitas teses e teorias (...). Geralmente, as pessoas não concordam
com minhas ideias e ideais, mas elas não conseguem contra argumentar ao ponto
de me fazer mudar de opinião ou pelo menos me fazer enxergar um novo ponto de
vista. Não que eu esteja sempre certo ou seja o dono da razão (longe disso),
mas minhas apreciações são fruto de experiência e observação do comportamento
humano. Já estudei teologia, psicologia e hoje estou mergulhando nos oceanos da
filosofia e da poesia.
Antigamente eu tinha certeza de
tudo. Nunca fugia de um debate ou um embate de ideias. Adorava explanar
colocando ponto final e exclamação ao final de cada frase. Na minha mente eu estava
certo e o mundo errado. Eu queria mudar e dominar o mundo!
Mas ao longo deste caminho alguma
coisa aconteceu, ou melhor, muitas coisas aconteceram. Eu adorava lançar a
primeira pedra, mas quando recebi a primeira pedrada na fonte o meu mundo
desabou. Aquele mundinho heliocentrista se desfez como se rasga papel. Passei por
um longo processo de desconstrução e revisão de prismas.
O meu Deus expirou
(amém)
E meus sentimentos também.
O meu medo se foi
Com meus pecados para
o além.
Nunca mais chorei
Ou sofri por alguém.
Fui ao inferno
assassinar o diabo
E ele morreu como um “Zé-ninguém”.
As forças que me
oprimiam
Hoje não mais me advém.
Os fardos que
carregava
Mais nada contém.
Libertei-me do mundo
que me agonizava
E agora de nada sou
refém.
Não preciso de
drogas,
Nem de religião e nem
de harém.
Sou prisioneiro da
liberdade
Pela a solitude que
me provém.
As respostas não estão nas
afirmações e nem nas perguntas. Talvez, ela esteja defronte aos nossos olhos,
mas não conseguimos perceber. Os nossos anseios e traumas não nos permitem
enxergar o obvio. O que acreditamos ou fazemos não muda a realidade, mas o que
somos.
Mas o que somos?
Somos um reflexo embaçado e por
isso não conseguimos enxergar o outro lado.
Definiu de forma plena sua vida em auto-critica.
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