Deixe-me viver sem saber nada;
Deixe-me morrer sem saber nada;
Deixe-me padecer na ignorância
De não saber ou haver ter sabido nada.
Deixe-me com minhas loucuras
E minhas lacunas sem respostas.
Deixe-me sofrer por não acreditar
No inferno e no paraíso.
Deixe-me conviver com o nada
Com absoluto vazio,
Deixe-me com minhas verdades
E meus sofismas.
Deixe-me fechar os olhos
E lembrar as coisas boas que vivemos,
Deixe-me com a vontade latente
E com meu sorriso bobo de criança.
Deixe-me cantar desafinado
E admirar o oco de Nietzsche,
Deixe-me com o espanto
De não compreender a vida,
Deixe-me observar de longe
As noites cheias de pessoas vazias,
Deixe-me com saudade do teu beijo
E o ódio mortal dos teus modos.
Deixe-me e eteceteras (...).
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