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Meu nome de lembrança
Textos, contextos, pretextos, poemas, teoremas, canções, crônicas, salmos, cartas, estórias, teorias, poesias, provérbios, pensamentos, fantasias, direito, filosofia, teologia, sentimentos, versos, reversos, reflexões, intuições, orações, manuscritos, delírios, suspiros, memórias, ensaios, confissões, juramentos, mistérios, segredos, epopeias, tragédias, elogios, critérios, discursos, manifestos, declarações, insights, profecias, ensinos, alegorias, murmúrios, clamores e questionamentos.
Eu disse “Haja tempo”, e não
houve tempo. Percebi que isso não era bom e resolvi dar um tempo ao tempo. Tentei
dançar, mas perdi entre as pausas e contratempos. Sofri um grande abatimento
por não compreender que nem tudo o que se acentua é acento. Andei e acelerei
pelos acostamentos, foram muitos momentos que a oportunidade passou sem me dar
a chance de um adento. Pedi e perdi adiantamentos por esperar o advento da alforria
que vinha ventilando pelo os ventos. De nada adiantou o meu juramento. Chorei,
sofri e não tive pela a vida alento - Quase morri sem salvamento. A esperança
era então o meu único alimento, pois eu caminhava pelos os desertos sem nenhum
pagamento. A maneira pela a qual aparento faz jus a forma em que me apresento. Um
dia quem sabe me aposento e tenha dá sorte um melhor aproveitamento. Confesso que
nem sempre eu mesmo me aguento, corro sem direção e quase sempre me arrebento. Deveria
estar mais atento, principalmente porque não sou um homem avarento. As vezes
assento, as vezes invento – me chamam de marrento. Mas, não sou nada bento, já
chutei a santa e por isso passo todos estes aborrecimentos. Uma hora casquento
e volto a falar de casamento - Por enquanto nem comento. Prefiro ficar calado
acumulando experiências e conhecimento.Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.