É estranho, mas pareço caminhar e
não sair do lugar. Ou melhor, estou sempre convergindo ao ponto de partida. Já são
quase 40 anos e as mesmas vontades sobre os mesmos planos. É uma encafifa variação
sobre o mais do mesmo. Semelha-se a peregrinação da “Terra prometida”. Confesso ter murmurado e pensado desistir centenas
de vezes – sem contar os tantos e quantos arrependimentos de ter escolhido a
liberdade ante o conforto da cômoda e inerte servidão.
Ser livre me exige movimentos físicos,
psíquicos e espirituais. A liberdade me força a responsabilidade de estar a
todo tempo tomando decisões e o cuidado de não errar ou olhar para trás. É difícil
e complicada a ideia de livre-arbítrio sobre a condição já imposta pelo o
destino. Todos nós já nascemos condenados. Contudo, parece existir uma
possibilidade de absolvição a esta tal sentença.
Não sei exatamente em que momento
da historia em que o espaço-tempo condicionou os homens a jaez de um deserto
cheio de perigos e armadilhas. Evidentemente em especifico me refiro a propria
vida. Parece um jogo ou um experimento para testar a capacidade de cada um em
viver aquilo que acredita. Muitos se perdem e morrem pelo o caminho, outros vão
seguindo sem direção, mas com fé e esperança de um dia chegar e dizer que
conseguiu.
Enquanto isso (...)
Vou caminhando em círculos e
voltando ao mesmo lugar.
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