De repente você acorda e percebe
que o mundo não é nada daquilo que você projetou. Que a vida não é apenas uma metáfora,
mas uma realidade transcendente. Que o processo é continuo e chega o momento
que temos que abandonar velhas coisas e velhos hábitos. Passamos quase a vida
inteira tentando acumular e de um instante para o outro nada tem valor. Além de coisas, também empilhamos lixos
mentais, sentimentais e valores morais – por fim, nada serve para nada.
Dizem que a beleza acaba – é verdade.
Mas não somente ela, mas tudo na vida acaba. Enquanto o tempo passa, tudo vai
ficando para traz. A própria vida vai se dissolvendo. E o que por ventura
sobrar, não terá nenhum valor no fim da vida.
A pessoa pode ter todo dinheiro
do mundo, mas no dia da morte o dinheiro não irá salvá-la. A pessoa pode ser a mais
bela do mundo, mas no dia da morte a beleza não terá valor. A pessoa pode ser a
mais inteligente do mundo, mas no dia da morte a inteligência não terá vigor. A
pessoa pode ser a mais de tudo, mas no dia da morte tudo será resumido em nada.
O que trouxemos para esta vida? Nada!
O que levaremos desta vida? Nada!
Algumas pessoas espirituais vão
dizer que levaremos o conhecimento que adquirimos nesta vida. Contudo, ninguém tem
certeza de nada. Ninguém sabe o que está reservado no pós-morte – tudo o que
for falado, não passa de conjectura.
É normal às pessoas terem esperança
e fé, isso conforta o terror que está em não saber nada após o fim da vida. Outros
nem possuem esperança, permanecem céticos ao povir. No fim, todos os caminhos
levam a um mesmo objetivo – a morte.
De onde viemos? Onde estamos? Para
onde vamos? Milhares de pessoas em todos os tempos e em diversas culturas já
fizeram esta pergunta. Grande parte destas pessoas inventaram as suas próprias respostas
e se consolaram nela, contudo ninguém tem certeza de nada.
Assim como nosso planeta gira no
espaço em vários movimentos de rotação, translação e comutação em direção do
nada, assim é vida cheia de mistérios e de perguntas sem resposta.
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