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2 de outubro de 2017

Sem confusão




Sou a minha própria religião
Constituo a minha própria fé
Faço a minha própria politica
Poetizo minhas próprias poesias
Escrevo minhas próprias teses
Filosofo meus próprios conceitos.

Não preciso e não careço de muletas.

Não busco méritos,
Reconhecimentos ou recompensa por alguma coisa.
Não sou dono da razão,
Não sou melhor que ninguém.

Vivo em paz
Busco domínio próprio sobre os meus anseios e desejos,
Sou feliz a minha própria maneira,
Esquadrinho a sabedoria
Na plenitude de todo meu ser.

Não careço de pessoas ao meu redor,
Não busco aceitação,
Não sofro de solidão
E não preciso auto-afirmar.

Respeito e admiro a natureza
Como toda a existência.
Estudo comportamento humano
Como a própria metafisica.
Atendo mais as perguntas
Do que as respostas.

Não mereço o paraíso
Como o inferno para mim não é lugar.
Não sinto prazer da desgraça dos outros
Como o mundo assim é.
Não tenho nenhuma espécie de orgulho
Assim meu coração deleita sobre a dignidade.

Acredito que o segredo da vida é viver
Sem o peso da culpa
E sem barganhar favores com deus.

Não precisamos de padrões,
Não precisamos de regras,
Não precisamos de promessas,
Não precisamos de alianças,
Não precisamos de nada...

Que a vida seja plena na sua própria essência,
Que o tempo faça valer os seus propósitos,
Que haja compreensão para compreender as coisas simples.
Que tudo no fim possa ter valido a pena.






O mundo está chato demais! Ou, escravos da tecnologia.



Em todos os lugares a ansiedade se alastra como uma epidemia. As pessoas expõe suas vidas em busca de “views” e curtidas, outras em forma de aceitação e autoafirmação. É moda comentar e compartilhar. Tudo o que acontece na vida cotidiana é exposta na Tv e nas redes sociais, sem contar a enxurrada de fotos e opiniões rasas sobre todo tipo de assunto.

Por todos os lugares há pessoas escravas de um vicio que nem mesmo elas sabem que possui. São os app’s o contagio do momento. Se a pessoa ficar um dia sem se conectar, o mundo perdeu o sentido. A necessidade de estar conectado é quase a obrigação de se alimentar e dormir – as vezes até supera.

E o pior, é muita informação para pouca utilidade. Na internet há muito conteúdo (sobre todos os tipos de assunto). Lamentavelmente muitos não sabem usar desta ferramenta e usam as redes sociais para derramar todo tipo de mazela. As redes sociais deram vozes aos idiotas, as pessoas carentes, ansiosas, ignorantes e afins. Sem contar os oportunistas, os ambiciosos, os maliciosos, ladrões e ardilosos.

Há de tudo! É até difícil separar o trigo do joio. As vezes até nos perdemos ao mundo de informações uteis e inúteis. Pessoas poderosas aproveitam deste artificio para plantar sofismas e engodos na mente das pessoas. A maioria é influenciada e pensam como os comandos querem que eles pensem. As pessoas são manipuladas e vigiadas o tempo todo.

É fácil saber onde a pessoa mora, o que ela gosta de comer, quem são seus amigos, os lugares que ela já conheceu, as opiniões dela sobre os acontecimentos, os seus parentes e suas preferencias de modo geral. A vida das pessoas é como um esgoto ao céu aberto. Urubus e carniceiros aproveitam destas informações para sacanear e outros para ganharem dinheiro.

A medida que a tecnologia vai evoluindo, mais as pessoas vão se tornando escravos dela. Hoje é quase impossível viver sem celular, computador, GPS, equipamentos eletrônicos com Bluetooth e Wifi. Infelizmente, a maioria das pessoas não estão preparadas e suas mentes não evoluem na mesma velocidade, fazendo assim que se tornem prisioneiras do sistema que elas mesmas alimentam com informações pessoais.







1 de outubro de 2017

decomposição




Eu não te amo e não tenho pena de mim,
A minha vontade de fazer, passou.
Dantes até hoje;
Meus anseios me assassinam.
Assino agora a sentença de extenuação
Por minha mente que atualmente
Não conversa mais com meu coração.
Ainda não consigo compreender
A razão que me faz esconder
E viver de modo continuo
Sobre a mesma rotina dentro do meu ser.

Talvez meu coração esteja no passado,
Minha mente no futuro,
Minha aflição no presente
E meu espirito já repousando na eternidade.

Admito minha debilidade
Entre parágrafos, versos e confissões.
Meus poemas caminham por labirintos
E não falam mais de amor.
Meu partido se partiu no mesmo instante
Que descobri que nada sou.
Mas até hoje o macro e guimbas partículas
Não me localizaram no orbe
Pelo o qual eu vim
E estou prestes a me decompor.







Em tese a realidade perpendicular ao ser que pensa em crise a sua própria percepção, ou Eva e as maçãs.




Por toda força de potência
Que reside dentro de cada um de nós;
Há uma expectativa pela qual o anseio
Habita e nunca se supre.
É ai que nasce às decepções,
As frustrações, as desilusões,
E as ilusões – em resumo; as paixões.
É natural esta vontade,
É inerente ao ser humano,
É perpendicular a liberdade em designo.
São os sentimentos e as concepções
Que estabelecem o modo de viver.
É a leitura do mundo
Que formam os conceitos
E os padrões de vida.
É isso de estabelece as opções
Religiosas, amorosas, politicas,
Sociais e afins.
O ser é o retrato do mundo
Que ele criou dentro da sua mente.
Se para alguns a ideia de transcendente,
Imanente e incognoscível está em deus,
Para outros esta percepção
Está impregnada a própria realidade.
Há também quem não pense desta forma,
Apenas vive de acordo com as excitações
Do mundo e do dia a dia.
Por fim – tudo são interpretações.








29 de setembro de 2017

Meus desejos e tuas fantasias.
















Quero devorar tua carne,
Consumir a tua alma
E sugar teus sentimentos.
Quero ser seu dono,
Teu amante e teu mordomo,
Quero a tua vida tão somente para mim.
Quero teu cheiro impregnado na minha cama,
A tua voz sussurrando nos meus ouvidos
E meu corpo dentro do teu corpo.
Quero e como quero
Realizar meus desejos e tuas fantasias.









Aprofundando no assunto:




Historias e estórias que o tempo não se encarregou de mitigar,
Por enganos e desenganos
Que a vida insiste novamente conjugar.
Outra vez (...).
Tudo novo de novo, ou uma variação do mais do mesmo.

É preciso compreender (pelo menos tentar),
Que cada um tem a sua forma de decantar, fermentar e ou destilar.

São sabores e dissabores,
Vontades, fantasias e segredos.
Lamentavelmente também há mentiras, ironias e intrigas.

É tudo isso mui interessante,
São assuntos para serem degustados em oportunos.
Não importa se com whisky ou café,
O fato é demais consistente em profundidades.

Podemos ir pela bíblia
Caminhar pela ciência
Agregar conjecturas
E controverter opiniões.

É tão bom como sexo
Edificante como a sabedoria
Digno como o trabalho
Maravilhoso como o por do sol.









O Brasil acabou!!!




Pessoas perdidas e iludidas na esquerda e na direita,
Ideologias fadadas ao fracasso,
Opiniões consistentes e ações ineficientes,
Brigas, debates e discussões sem fim (...).
Gente de todos os tipos vomitam conceitos e preconceitos na internet,
Povo atrasado, bitolado e utópico - Massa de manobra!
Estão todos “fudidos” (eleitores de Lula e Bolsonaro).
A corrupção é uma pandemia,
Vigaristas em todos os poderes
Principalmente na classe baixa e menos favorecida.
O Brasil é terra de ninguém,
Devassidão se tornou arte
É musica ruim por toda parte.
Juízes não praticam a justiça,
Deputados – quase todos os filhos da puta.
A criminalidade atua na certeza da impunidade,
Pessoas de bem são algozes, opressores e preconceituosos.
É guerra moral, espiritual e física – uma pugna sem fim.
Estão todos perdidos e mais uma vez “fudidos”.
Todos furtam (do pastor da igreja, o ministro, ao trombadinha na rua).
O Brasil acabou!









Extraordinária previsão




Imaginando o inexistente
Dando forma ao nada
Algo nunca aparente
Uma ideia nunca pensada

Estilo arrojado
Capa quase perfeita
Traços finos e fortes
Reforçados pela direita

Assistente supervisor
Marcados pela expressão
Tempo condicionador
Desafiado pela solução

Trancados calados
Gradativamente devagar
Um futuro passado
Com a esperança de chegar







Escalas Harmônicas sem melodia




Dia de sol
Sol que ilumina
Ilumina manhã
Manhã de primavera
Primavera de flores
Perfumam nossa vidas
Vidas de sonhos
Sonhos de esperança
Esperança de encontro
Encontro de afeto
Afeto que suspira
Suspira como o gozo
Gozo de prazer
Prazer que desperta
Desperta sentidos
Sentidos extintos
Extintos pelo tempo
Tempo que voa
Voa como os pássaros
Pássaros que inspiram
Inspiram a poetizar
Poetizar novas canções
Canções que encantam
Encantam mulheres
Mulheres que desejo
Desejo que perdi
Perdi no passado
Passado que não volta. 







A razão sem orgulho pela a vida que se compõe e se decompõe.




Seu eu pudesse viajar no tempo, não mudaria nada. Ficaria apenas observando detalhes e juntando as peças do quebra-cabeça da vida. Não tentaria alterar tempo e nem conjugar novamente a linha de ação pelo qual o destino e o acaso traçaram.

O amplo episódio da vicissitude são os erros que nos impulsionaram para a maturidade e acumulo de experiências – esta é a verdadeira sabedoria.

Deixe-me em paz e vá em paz
Ame outra vez como dantes jaz
Valorize o incidido ainda e cada vez mais (...).

Abençoo-te em nome da eternidade
E amaldiçoo-te em nome do Deus Chronos (tempo).
Que tuas lembranças sejam um perene letargo
E tuas esperanças um jugo leve e suave.

E volto agora a minha humilde, opaca e macambúzia realidade. Recolho-me ao casulo das palavras duras e sinceras, mas que curam e libertam a alma. Meus sentimentos são incididos, robustos e contínuos.  Por isso, e por tantos motivos vivo e morro conjugando verbos no tempo-espaço onde a vida se compõe e se decompõe.

Quem me dera ao menos uma vez elucidar o Deus que é luz e habita em meio as trevas. Esclarecer o significado do vazio que reside no teu peito pela ausência da minha prevenção. Quem me dera ao menos uma vez viajar no tempo de mãos dadas com você para lhe mostrar que nunca tive orgulho, mas sempre tive razão.









Flor do mal, ou diamante sem valor.




Era um diamante precioso
Que perdeu o brilho
A beleza e o valor.
Foi esquecido
Abaixo dos escombros
De onde a saudade
Nunca mais lembrou.
Foi olvidado com o tempo
Num baque momento
Por uma bela e frágil flor.
Era ela cheia de espinhos
De perfume sedutor
Que perfurou o meu peito
Com malicia e amor.
Mil vezes maldita
Pela a profecia revelada
Na calma onde reside a dor.
Morro poeta abandonado
Por ter mantido a perspectiva
Com um diamante sem valor
Em escambo de uma funesta flor.







26 de setembro de 2017

Incompletude...



“- Os advérbios são sempre mentirosos...” Me disse um amigo psicanalista. Então passei a desconfiar. Quero dizer, se ela diz: “- Te amo muito”, o muito aí é suspeito. O problema é porque ninguém quer acreditar nisso, nem mesmo o próprio emissor. - Mas como? Eu disse: “eu te amo muito, MUITO, MUITO...”.


Por quê? Irás me perguntar. Porque é indubitável, axiomático e irrefutável. É próprio do verbo ser marcado pelo inacabamento, que o próprio sustenta. Como existe esse inacabamento, é preciso dizer: muito, quero dizer: Loucamente, Terrivelmente, Apaixonadamente. Mas esse muito vem te lembrar, evidentemente, aquilo que ela tenta preencher, completar ou compor.
Crupiê (...).







Devolva-me ou morra!

Devolva-me meus acordes
E perdoe os contratempos,
Devolva-me meus beijos
E fique com teus lamentos,
Devolva-me meus poemas
E não espere meu advento,
Devolva-me a alacridade
E guarde teu sofrimento,
Devolva-me as acometidas
E não chore teu unguento,
Devolva-me meus coevos
E seja para ti um alento,
Devolva-me a nostalgia
Na rotina que há por dentro,
Devolva-me mil néctares
E morra sem aquecimento.







25 de setembro de 2017

Por quem; vida longa (...).




Por quem você chorou
E por quem você fez chorar,
Dós agudos
Citaram desgostos
De carpi lacrimejar.

Por quem você sonhou
E por quem você fez sonhar,
A página virou
A ficha caiu
É preciso caminhar.

Por quem você se apaixonou
E por quem você fez apaixonar,
Era belo
Quimera realidade
De vontade não impetrar.

Por quem você abandonou
E por quem você fez abandonar,
Ponto e adeus
Por Deus
Quisera lembrança ficar.

Por quem você beijou
E por quem quis te beijar,
Uma dose a mais
Pare o tempo
Que possamos eternizar.







Mantras & mantos, ou prazer devasso.




Despedaço em pedaços
Meus mantras e mantos,
Nunca fiz o que faço
Quando observo e encanto,
Cordas e laços
No apresto me adianto,
Por um ósculo tão devasso
Atendo-me por enquanto,
Entre amasso e amassos
No teu prazer me garanto,
A química bem-faço
Com vontade decanto,
Por ti me desfaço
Com anseio me quebranto.






21 de setembro de 2017

Espelho, espelho meu (...)




Quando olho no espelho, ele sorri para mim. Comumente passamos horas dialogando e falando sobre nós mesmos. Interessante é que sempre temos assunto e nosso embuste nunca parece um monólogo. O mais surpreendente de tudo é que sempre nos entendemos, e, em todo esse tempo de amizade, nunca brigamos ou discutimos um com o outro.

Conversamos sobre tudo, exatamente tudo. De astrologia, medicina, matemática, comportamento humano, ética, politica, religião, problemas da vida, esportes, mulheres, duvidas e certezas, planos para o futuro, mazelas do passado, coisas pessoais, interpessoais e complexidades sem fim.

Creio que amizade, amor, respeito e cumplicidade sejam isso. Embora somos a imagem inversa um do outro, sabemos relacionar respeitando as diferenças.

O espelho nunca me jugou, mas já me mostrou coisas que eu deveria repensar. Já me sugeriu mudanças de visual, de estilo e de posicionamento. As vezes fico pensando; quem dera se o mundo e as pessoas fossem assim, que cada um tivesse o seu posicionamento e soubesse respeitar o do outro. Eu tenho o meu espelho, me espelho e sou espelho para muita gente. A vida me ensinou a refletir a imagem inversa para eu pudesse aprender avaliar e separar o bem do mal.









20 de setembro de 2017

O que é ser manso?




Ser manso
Não é ser passivo e nem reativo.
É ter o conhecimento do que é
E não usar da força para ter que provar alguma coisa.
Ser manso
É ter equilíbrio e domínio próprio.
É não ceder às pressões e aos padrões do mundo.
Ser manso é ser pleno!
É desfrutar da paz no seu apogeu,
É encontrar alegria além da felicidade,
É ser movido pela a razão inerente.
Ser manso
É respeitar as diferenças,
Amar sem recompensas,
Aceitar o sofrimento como causa natural.
Ser manso
É encontrar sentido nas coisas simples da vida
É ter poder e não usar a seu próprio benefício.
Ser manso
É não ser entendido
Ser rejeitado e não se importar com isso.
Ser manso
É ser prospero de entendimento
E pobre de espirito.








De onde, para onde e até onde




De repente você acorda e percebe que o mundo não é nada daquilo que você projetou. Que a vida não é apenas uma metáfora, mas uma realidade transcendente. Que o processo é continuo e chega o momento que temos que abandonar velhas coisas e velhos hábitos. Passamos quase a vida inteira tentando acumular e de um instante para o outro nada tem valor.  Além de coisas, também empilhamos lixos mentais, sentimentais e valores morais – por fim, nada serve para nada.

Dizem que a beleza acaba – é verdade. Mas não somente ela, mas tudo na vida acaba. Enquanto o tempo passa, tudo vai ficando para traz. A própria vida vai se dissolvendo. E o que por ventura sobrar, não terá nenhum valor no fim da vida.

A pessoa pode ter todo dinheiro do mundo, mas no dia da morte o dinheiro não irá salvá-la. A pessoa pode ser a mais bela do mundo, mas no dia da morte a beleza não terá valor. A pessoa pode ser a mais inteligente do mundo, mas no dia da morte a inteligência não terá vigor. A pessoa pode ser a mais de tudo, mas no dia da morte tudo será resumido em nada.

O que trouxemos para esta vida? Nada! O que levaremos desta vida? Nada!

Algumas pessoas espirituais vão dizer que levaremos o conhecimento que adquirimos nesta vida. Contudo, ninguém tem certeza de nada. Ninguém sabe o que está reservado no pós-morte – tudo o que for falado, não passa de conjectura.

É normal às pessoas terem esperança e fé, isso conforta o terror que está em não saber nada após o fim da vida. Outros nem possuem esperança, permanecem céticos ao povir. No fim, todos os caminhos levam a um mesmo objetivo – a morte.

De onde viemos? Onde estamos? Para onde vamos? Milhares de pessoas em todos os tempos e em diversas culturas já fizeram esta pergunta. Grande parte destas pessoas inventaram as suas próprias respostas e se consolaram nela, contudo ninguém tem certeza de nada.

Assim como nosso planeta gira no espaço em vários movimentos de rotação, translação e comutação em direção do nada, assim é vida cheia de mistérios e de perguntas sem resposta.










14 de setembro de 2017

Doença sem cura




Sou uma doença sem cura
Um tipo de vírus que impregna na mente
Perturba a coração
E causa desejos intermináveis.
Não adianta tentar me olvidar,
Pois tenho o poder de penetrar nos sonhos
E perpetuar os sentimentos.
Às vezes fico oculto por anos
Mas quando manifesto
Os sintomas são avassaladores.
Sou o veneno e o antidoto,
A cura do teu amor
E a causa venenosa da tua paixão.
Sou o teu melhor pretexto,
Sou o teu pior desejo.
O teu beijo encontra química nos meus lábios,
A tua falta se supre em mim,
A tua raiva se acalma em meus braços,
A tua solidão se dissipa quando puxo teus cabelos
E suspiro nos teus ouvidos
Arranhando a tua nunca com minha barba.







O que o dinheiro não pode comprar















Desejo agora tudo
Que o dinheiro não pode comprar,
Faço um apelo ao espanto que reside dentro de cada um.
Desejo mais e mais, e cada vez ainda mais a complexidade na simplicidade.

Abro meu coração
Quero me permitir ao encontro,
Experimentar o estalo que promove o novo
Viver a vida sem o peso de apagar o passado ou conjecturar a eternidade.







s@UdaDEs




Volto em tese
Em corpo e espirito (não tenho alma).
Em palavras sinceras
E sentimentos agudos.
Perdoe-me por não saber
Como te conjugar,
Sou um tolo de fato;
Sou de fato pueril.
Desejaria chorar
Mas não possuo lagrimas,
Carrego um fardo leve e suave
Pois não possuo pecados
E não acumulo bens.
Já não me adapto com o mundo,
Já não comungo com as pessoas,
Já não tenho prazer em adquirir coisas.
Desta vida acumulo apenas experiências,
Abraços e beijos.
Desta vida quero apenas levar lembranças
E deixar saudades.







11 de setembro de 2017

Sou louco




Sou louco
Um tanto assim estranho
Contraditório insensato
Por querer e não saber
Como fazer acontecer

Sou louco
Um poço de frio e calor
Quanto reciproco
Espelho oco
De mim dentro de você

Sou louco
De alegorias sem ponto
Sem vírgulas um conto
Num abraço apertado
De saudade staccato

Sou louco
Com simplicidade aparente
Arranhando paredes
Escrevendo nas calçadas
Coisas de adolescente

Sou louco
Por terror de amor
Olhar penetrante
Momento perfeito
De chegar chegando

Sou louco
Por poesias excitantes
Passeios relevantes
De mãos dadas
E algodão doce

Sou louco
Em polêmicas matemáticas
Pão de queijo com vinho
Sem dados joguinhos
Com sorte ao azar

Sou louco
Desde a 5ª série
Escrevendo cartinhas
Com estórias reais
Que não conto a ninguém

Sou louco
Para copiar o acaso
Rezar a fobia
Assoviar bem alto
Sem objetivo nenhum

Sou louco
Por pedras acústicas
Desenhos de bijuterias
Notas eletrônicas
De “boa noite” e “amém”

Sou louco
Em lábios carnudos
Chutes triviais
Mentiras de escopo
E cheirinho de álcool

Sou louco
E viciado em comentários
De moças inteligentes
Que enxergam o mundo
Como o mundo odeia a gente

Sou louco
Por frases holograma
Dinheiro rasgado
Pizza dormida
E ascendentes do zodíaco

Sou louco
Em dados inventados
Páginas molhadas
Sonhos reais
E cabelos loiros

Sou louco
De vontade acerbada
Frango ensopado
Piada malfeita
E caricias para agradar

Sou louco
Nem sei por quê
Em altos nascentes
De saudade contida
Em contemplar teus olhos






For the valley of desire




Still satisfied contentment
In the fuss of the singing encounter
Tattooed dissonant note
Chest out
A man still intact
With darts without finco think
Will not and will not return to the past
In summer poems lament
Theorems in vowels side by side
In the purity of a virgin in the air
It was a painted noise for me
With crying fools tears
No, it was not noticed
Neither could be observed
No superb simple conformed
With lady looks around
Without cross crucified
Waiting for your kiss to wake me up.






6 de setembro de 2017

Um sentimento contido, dominado e guardado por sete chaves.




Dizem que a paixão é um sentimento ruim, passageiro, voraz e devastador. Nada obstante, é sem duvida o sentimento ao qual mais aprecio. Porquanto, me traz percepções e sensações içadas no meu corpo e na minha alma. Considero como um anseio puro uma vez que sabemos como dosar este perigoso veneno. A paixão é para mim um vicio vitalício, é espécie de doença que não quero cura. O desejo contínuo que este sentimento me propõe, faz-me ser melhor do que realmente sou.

Mas nem sempre foi assim. A paixão já me boxeou e me levou a nocaute. Deixou-me no chão implorando por socorro. Quase morri por um sentimento que não correspondeu as minhas expectativas. Sofri, chorei e desci ao inferno.  Foi lastimável ver um homem forte e cheio de razão padecer como um carente, fraco e miserável.

Ao longo do tempo fui aprendendo a dominar e a lidar com este sentimento, descobri que a paixão é mais fraca que o egoísmo e a individualidade. Entendi que a mesma paixão que poderia me fazer sofrer e me matar era o mesmo sentimento que poderia elevar a sensações da minha carne aos lugares mais sublimes onde repousava o domínio da alma e a compreensão do espirito.

O segredo da paixão é não se revelar ao outro, deste modo, não se nutre de expectativas à própria ilusão. Se estou apaixonado, não falo para ninguém. Guardo este sentimento venenoso tão somente para mim. A outra pessoa não precisa saber disso. Assim ninguém poderá desfazer a fantasia que criei para mim mesmo – nunca, jamais e em tempo algum vai existir decepção. Se a minha perspectiva estiver somente dentro de mim, sou eu que nutro, que alimento e tenho o poder de querer ou não querer.

Estou apaixonado e quero viver para sempre com este sentimento ardendo no meu peito e com aquele frio na barriga. Quero olhar para minha amada e saber que nem mesmo ela poderá olvidar ou obscurecer este sentimento. Quero ter dentro de mim a certeza que esta emoção não será diminuída com o tempo.

Deixe-me viver esta ilusão,
Você não vai sofrer, pois nunca dela irá saber.
Eu vou idear com cuidado, carinho e atenção.

Uma ultima frase vou dizer:
(...) Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder, deixo assim ficar Subentendido…









3 de setembro de 2017

Não me vejo mais




Não me vejo mais com maus olhos
Não me vejo mais com meus olhos
Não me vejo mais do que sou
Não me vejo mais do que posso ser
Não me vejo mais do que ninguém
Não me vejo mais com alguém
Não me vejo mais no inferno
Não me vejo mais me culpando
Não me vejo mais chorando
Não me vejo mais no paraíso
Não me vejo mais no espelho
Não me vejo mais como me veem
Não me vejo mais além
Não me vejo mais aquém
Não me vejo mais me vendo














1 de setembro de 2017

Deuses e Demônios na minha simples, humilde e opaca opinião.




Nada tão hipotético e sagaz como a ideia subliminar de querer e não saber por quê. Quais suas intenções? Ou melhor, o que impele o teu desejo de possuir aquilo que não cabe a tua existência? Por favor, não me venha com conveniências ou frases prontas. Seria mais justo que falasse a verdade, mesmo que ela possa machucar algum de nós.

Como bem sabes, sou melhor escrevendo do que falando. Tenho mais destreza com palavras escritas do que com palavras faladas - desde sempre foi assim. Mas voltando ao assunto e sem mais delongas, qual a tua força de potência? O que te motiva existir e desejar as coisas? O que te faz querer estar na companhia de algumas pessoas?

Vou abranger a conjectura para que possamos desenvolver o assunto.

Suponhamos que você pudesse escolher algum superpoder, qual seria? Viajar no tempo, ler pensamentos, ser imortal, controlar o clima, manipular as pessoas, ter uma força descomunal, ser hiper inteligente, possuir poder de regeneração, ser onisciente, prevê o futuro ou ser onipresente?
Interessante não? Aposto que já desejou alguma coisa do tipo assistindo alguns destes super-heróis. Mas voltando a realidade, o ser humano sempre quis ser pra além desta ficção, sempre buscou pelo metafisico para compreender algo que esteja acima de nós. O ser humano criou deuses e demônios. Contudo, ao longo do tempo muitos foram esquecidos e morreram quando caíram no esquecimento. Entretanto, ainda existe a ideia de algo ou alguma pessoa que criou todas as coisas e controla tudo. Não obstante, ninguém na face da terra consegue provar a existência ou a inexistência deste Deus dotado de todos os superpoderes.

Evidentemente que a ideia de Deus veio sendo aperfeiçoada ao longo da historia da humanidade. Dizem que tudo o que acontece de bom ou de ruim é por vontade absoluta ou relativa de Deus, ou seja, para atribuir soberania a um ser perfeito e poderoso é necessário explicar tudo o que acontece através dele. Antes é necessário deixar bem claro que quem criou esta ideia baseada numa concepção foi o próprio homem. Ninguém sabe ao certo, mas tudo isso pode ser apenas fruto da imaginação que veio sendo passado de pai para filho até tornar algo cultural e universal.

Apesar de ninguém poder provar a existência deste ser, existem pessoas que tem fé ao ponto de afirmar que conversa com o além. Alguns através de sonhos, visões e outros até de forma literal. Hoje é super na moda assegurar que se tem intimidade com Deus. Existem também pessoas que buscam por outras formas de espiritualidade, vivem em busca de espíritos desencarnados, pactos com entidades e até mesmo com o próprio demônio.

É muito difícil julgar que exista ou não exista Deus e o demônio. Pois, as pessoas que dizem ter intimidade com um ou com outro não apresentam provas autênticas. Tudo é baseado na fé, na suposição e nas interpretações religiosas. Por outro lado, quem também não acredita em nada disso, não consegue provar a inexistência destes seres, pois não há experimentos relevantes o suficiente para comprovar que algo espiritual exista ou não exista.

Voltando ao inicio da nossa conversa (...).

Qual a necessidade que tenho de Deus uma vez que todos nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos? A vida, o sofrimento, a alegria, as necessidades e o prazer não é inerente a todos? Não seria mais prudente aceitar a realidade como ela é pra nós? Por qual razão tenho que buscar no além explicações para a vida? As respostas não estão diante de nós? Por ventura o diabo ou Deus pode me obrigar a fazer aquilo que não quero? Ou podem me convencer a não querer aquilo que minha mente e meu coração desejam?

Qual a tua força de potência? Ela brota de dentro para fora ou de fora para dentro? Será que preciso de Deus para perdoar as minha culpas? Será que preciso do demônio para lançar sobre ele todas as minha culpas? Qual a tua desculpa?

É fato que muitos tem medo do que vai acontecer no pós morte. Compreendem que as pessoas boas vão para o céu e as pessoas más vão para o inferno, também há quem acredite que alguns poderão reencarnar para consertar ou pagar pelos os erros da sua vida anterior. Existem centenas de milhares de crenças com relação a religião e a espiritualidade. Mas então, qual é a verdadeira?

Se existem milhares de deuses, qual o verdadeiro? O judaico, o cristão, o islâmico, o hindu, o romano, o grego, o sumério, o babilônico, o asteca, o egípcio – se cada cultura tem uma divindade suprema, a pergunta que não quer calar é “qual seria entre todas é a verdadeira?”.

Por outro lado, não crer em nada é muito mais fácil. Pois basta negar a existência de todos os deuses para afirmar que nenhum deles existe. Será que é prudente pensar desta forma? Se eu negar que as galáxias e que os planetas não existem, eles vão deixar de existir? Chegamos o “X” da questão, ninguém consegue provar a existência ou a inexistência, é uma questão de fé acreditar ou desacreditar. O que para uns é fácil e natural, para outros nem tanto.

Diante deste cenário, continuo cético. Dentro da minha humilde, opaca e simples opinião é que sou limitado - não tenho ciência o suficiente para afirmar ou negar nada. A minha força de potencia são meus sentimentos, pensamentos e o prazeres da vida.  o que me motiva a viver é o trabalho e os sonhos que ainda não realizei.


Deuses e demônios são uma realidade muita distante de mim. 







31 de agosto de 2017

Sim, estou ciente e quero continuar...


















O que eu preciso diariamente
É sentir meu corpo queimando
Ardendo de dentro para fora
E de fora para dentro
Como uma chama que arde
E nunca se apaga.

O que preciso diariamente
É sentir o teu gozo lentamente
Sobre a minha pele
E o teu gosto amargo
Na minha língua
Percorrendo todo teu corpo.






Homem demais (...).


























Sou homem demais para viver de menos
Permaneço fora do tempo
Fora da curva
E fora dos teus conceitos.
Sou homem demais para poucos versos
Desejo mais do que tenho
Mais do que pode me dar
E muito mais do que mereço.
Sou homem demais para apenas um beijo
Careço de carne
Sangue e alma
Quero a tua unção junto com teus medos.
Sou homem demais para poucos segredos
Quero penetrar teu corpo
Gritar alto, ficar louco
E conchegar um novo enredo.
Sou homem demais pelo o que procedo
Minha sina é a liberdade
Desapego da ansiedade
para apreciar e devorar teus seios.







Nem sempre




No assombro do ser
A alma em liberdade
O encontro do saber
Com o clamor da verdade
No deslumbre ver
Desnudo a vaidade
Tão frágil perceber
No teu coração a saudade
Mistérios abster
No aflorar a vontade
Teu afogo acender
No meu peito afinidade
Não mais compadecer
Pelos atos de bondade
Dera apenas perceber
Na aspereza sensibilidade
Acostume-se sofrer
Como alivio na eternidade







A despedida da minha vida, ou tudo valeu a pena, ou ainda quem sabe eu possa voltar.




No meu ultimo dia aqui na terra
Queria saldar a vida por ter permitido
Eu ter existido.
Pois de onde eu vim, não trouxe nada.
Mas daqui levarei saudades
E deixarei versos de lembrança.
Para onde vou ainda não sei,
Todavia, vou guardar com acalanto
As experiências que me proporcionaram
Conhecer a sabedoria
E adquirir maturidade.
Neste dia antes de partir,
Quero recitar minha finda poesia.
Devolver todos os beijos que recebi
Com manifestos de gratidão.
Foi um prazer ter vivido
E conhecido almas gêmeas.
Ter me embreado com vinhos
E deliciado o prazer do fruto proibido.
Se pudesse voltar outras vezes
Mil vezes eu voltaria.
Foi bom sofrer e amadurecer,
Sentir dor e apreciar o amor.
Tive momentos de céu na terra
E glorias no inferno.
Não consigo descrever
O quanto foi sublime evolver
Sentimentos e pensamentos
Pelo qual não havia ciência.
Realizei fantasias,
Desenvolvi paradoxos,
Aprendi a tocar e a cantar desafinado.
Vivi na mesma terra
Onde viveu Nietzsche e Jesus Cristo,
Ressalvei as fases da lua.
Debrucei-me nos poemas de Nardella
E nas ironias de Bukowski.
Foi edificante ouvir milhares de “não”,
Com eles aprendi a valorizar o sim.
Nunca amei ninguém
Mas por muitas mulheres fui amado.
Pude viajar e conhecer parte do mundo,
Trabalhei, estudei e evoluí.
Tudo valeu a pena,
Cada segundo,
Cada lágrima e alegria.
Se eu for antes
E não tiver oportunidade de agradecer,
Meu reconhecimento está feito.







Um canalha no limbo




Que culpa tenho de ser quem sou? Sem dúvidas, todas as acoimas são minhas. Sou delatado a todo o momento pelo meu pensamento e pela a minha própria boca que insiste balbuciar delinquências que não cometi, mas que tenho muita vontade de fazer. Um canalha em potencial? Ainda não sei, mas gostaria muito de encontrar sentido e méritos naquilo que as pessoas pensam a meu respeito. Sou condenado e executado todos os dias na guilhotina que mesmo inventei para decapitar ideias e ideais convenientes a minha arrogante maneira de pensar. Contradizente? Não! Poderíamos afirmar que existem lacunas, ou melhor, um abismo antagônico entre o que sou e o que eu queria ser.

A psicose é como um cálice de vinho raro que poucos tem o prazer de degustar. É fácil condenar aquilo que não se conhece, é conveniente aventar sobre o assunto que não se tem domínio. Talvez os loucos estejam certos sobre outros e abrangentes pontos de vista. Mas o nosso convencionalismo não nos permite enxergar que não existe verdade absoluta. Porquanto, todas as pessoas tem boas justificativas para suas mazelas.

Deixe-me esmorecer neste absinto. Já não tenho poder de variar no que sou taxado. Teus conceitos ao meu respeito não vão mudar, meus preconceitos em deferência ao mundo também não vão modificar. Então, deixe como estar e não há mais nada a fazer.

Todas as pessoas estão certas sobre o seu próprio egoísmo. É fantástico isso, é um modo de defesa natural. Entende? É uma espécie de desejo satisfatório. É cupidez pela a utopia de realização através de coisas ou pessoas. É uma dependência igualitária por aceitação e autoafirmação. Muitos se afogaram neste mar e morreram sem antes encontrar significado para este deturpo de querer o que não tem e de ser o que não é. Quem disse que não sou o que sou, mas sou o que tenho? É uma analise no mínimo complexa, pois uma vez que tenho tudo e abro mão de todos os bens para viver uma vida mais humilde, deixo de ser? Ou me encontro com o meu verdadeiro “EU” que não era nada ou apenas tinha?

Sou “canalha” por não andar e não aceitar os arquétipos da multiplicidade? Agora não talvez, mas prefiro se definido assim. Já não me importo com adjetivo pejorativo a minha pessoa. Nada obstante, não queira saber o que penso. Pois se soubesse, desejaria me lançar no Limbo para purificar juntamente com as almas penosas.  






Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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