Pensei que nunca poderia
acontecer comigo, mas aconteceu. Evoluir é um processo lento e complexo; difícil
de aclarar, principalmente por pessoas formadas com opiniões estáticas de
conceitos museólogos. Por muito tempo, construí conceitos e carreguei ideias de
extremidades opostas do tipo “ou é preto ou é branco”, “é sim ou é não”, “é
quente ou é frio” etc. Entretanto, a vida quase sempre se encarrega de despontar
outras possibilidades. Logo percebi que entre o preto e o branco, podem existir
milhares de tons de cinza. Que entre o sim e o não, existem centenas de
possibilidades. Que entre o quente é o frio, existem outras temperaturas. Compreendi
que o extremismo é por definição ignorância.
No andamento da vida, julguei e
condenei muitas pessoas e comportamentos. Pensava que estava certo por achar ser
dono da verdade. Acredito que contristei e magoei muitas pessoas. Machuquei amigos,
familiares, colegas e pessoas que de alguma ou outra forma se relacionava
comigo. Ao longo do tempo, fui percebendo que os meus julgamentos nada mais
eram que autoafirmação, ou melhor, uma forma de projetar no outro o que eu não
era. De repente, percebi que eu nada mais era que um “idiota”, um babaca
querendo impor uma moral que eu mesmo não possuía. Pronto! Fui pego na minha própria
arrogância e hipocrisia.
De uns tempos para cá, tenho
ficado mais calado e menos reativo. Mais em silencio e menos intolerante. Tenho
postado menos coisas e pensado muito mais sobre a vida e seus propósitos. Sim,
é verdade; quero ser uma pessoa melhor. Gostaria de alguma forma relacionar de
forma honesta com as pessoas que estão ao meu redor. Quero aprender ouvir,
falar mais baixo, pensar mais, ler mais e cuidar mais da minha vida em vez de
julgar e desvalorizar as pessoas. Em fim, estou me empenhando para ser uma
pessoa melhor.
Peço perdão ao mundo por ter sido
tão idiota.
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