Pelo o que falo e poucos compreendem,
Pelo que sou e ninguém entende,
Pelo o que escrevo e me escapa,
Pelo os atalhos que traço pela estrada.
Por tudo e por nada,
Pela razão que desmente sentimentos,
Por sentimentos tão vazios e superficiais,
Pela a ignorância generalizada e nada mais.
Por homens egocêntricos inúteis,
Por mulheres ambiciosas e fúteis,
Por tudo que ronda e assombra a verdade,
Pelas as sombras que pairam pela a luz da maldade.
Pelo o rosto de
Monalisa ou pelos riffs da guitarra,
Pela a saudade que aperta em disparada,
Pela a poesia que jaz esquecida,
Pela a mulher amada adormecida.
Pelas as guerras dos filhos de Abraão,
Pelo o pecado que reside dentro do coração,
Pelos os sofismas teóricos teológicos,
Pelos os animais tristes presos no zoológico.
Pelo tempo que passa e não espera,
Pela espera de sempre em sofrimento,
Pelas as cortinas sujas na sala,
Pela a fala estridente íngreme do momento.
Pelo o telefone que não toca,
Pela dor que aflora no meu peito,
Pelos amores residentes no passado,
Pelo o estado hipócrita de direito.
Pelos as mães que choram desoladas,
Pelos os jovens que morrem tão cedo,
Pelas as moças que sonham em casar,
Pela a verdade que impõe medo.
Pelas teses monográficas,
Pelo o sol que nasce todos os dias,
Pela a preguiça enérgica estática,
Pelas a razão sem nostalgia.
Pelo o amor que sempre vence,
Pela paz que esperamos no mundo,
Pelas oportunidades bem a nossa frente,
Pela a fé de acreditar sem pensar no absurdo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário