Mas quem pode dizer onde termina o caminho,
se os pés seguem, teimosos, sobre a névoa dos dias?
O tempo sussurra verdades que se dobram ao vento,
e a cada curva, um abismo ou um voo — quem saberá?
Os olhos buscam faróis, mas encontram sombras,
as mãos tateiam o vácuo, mas encontram histórias.
E o coração, esse louco, pulsa no compasso do imprevisível,
ora refém da esperança, ora escravo do medo.
Se há resposta, ela dança além do alcance,
rindo de nossas certezas frágeis como vidro.
E assim seguimos, não por saber,
mas por não poder parar.
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