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31 de outubro de 2017

Por Obséquio




Perdi o sentido
Do significado
Que errava meu ser,
Seduzi sofismas
No olhado
De não esquecer,
Esperei por esperar
Lado a lado
Sem entender,
Entoei a noite
O sangue derramado
De um afeto sofrer,
Vendi minha alma
Por estar desesperado
Por nada acontecer,
Depreciei palavras
No sofá sentado
Assistindo TV,
Lembrei a verdade
Do agora decifrado
Que vela o amanhecer,
Apostei a vontade
Do vinho derramado
Sem medo de morrer,
Volto agora
No avante passado
Pelo o desejo de reviver.







contento confinamento do pensamento

Eu disse “Haja tempo”, e não houve tempo. Percebi que isso não era bom e resolvi dar um tempo ao tempo. Tentei dançar, mas perdi entre as pausas e contratempos. Sofri um grande abatimento por não compreender que nem tudo o que se acentua é acento. Andei e acelerei pelos acostamentos, foram muitos momentos que a oportunidade passou sem me dar a chance de um adento. Pedi e perdi adiantamentos por esperar o advento da alforria que vinha ventilando pelo os ventos. De nada adiantou o meu juramento. Chorei, sofri e não tive pela a vida alento - Quase morri sem salvamento. A esperança era então o meu único alimento, pois eu caminhava pelos os desertos sem nenhum pagamento. A maneira pela a qual aparento faz jus a forma em que me apresento. Um dia quem sabe me aposento e tenha dá sorte um melhor aproveitamento. Confesso que nem sempre eu mesmo me aguento, corro sem direção e quase sempre me arrebento. Deveria estar mais atento, principalmente porque não sou um homem avarento. As vezes assento, as vezes invento – me chamam de marrento. Mas, não sou nada bento, já chutei a santa e por isso passo todos estes aborrecimentos. Uma hora casquento e volto a falar de casamento - Por enquanto nem comento. Prefiro ficar calado acumulando experiências e conhecimento.







30 de outubro de 2017

O silêncio da nota




O silencio da nota (...)
Da poesia
Da nostalgia do agora
Da sensação do olhar
Do beijo
Da vontade de dançar
Da pegada na nuca
Da quebra de sigilo
Do contrato continuo

O silencio da nota (...)
Da admiração
Do tesão
Do desejo escondido
Do suor
Do tapa na cara
Da travada dos dentes
Do orgulho bobo
Da ambição pelo o desejo








27 de outubro de 2017

Fora da casinha, ou de repente.




De repente
Uma vontade
Louca latente
Bate na gente.

De repente
O anseio  acelera
O coração não espera
A elação já era.

De repente
Simplesmente assim
Saudade sem fim
De você em  mim.

De repente
Novamente ficar
O peito abrasar
A gente lambuzar.







26 de outubro de 2017

Conjecturas & Especulações.




Portanto a minha alma repousa em paz sobre os escombros causados pelas as turbulências de desventuras cominadas sobre a vida.  As pessoas choram, sofrem e morrem quase sempre pelas as mesmas coisas ou pelos os mesmos enigmas. É um arquétipo e ao mesmo tempo um espanto pensar que somos iguais enquanto humanos e ao mesmo tempo diferentes nas formas de pensar e agir. Parece uma formula perfeitamente combinada entre acaso e o destino, entre livre-arbítrio e a predeterminação, entre a existência e a não existência de DEUS.

Existe uma necessidade intrínseca pelo metafisico. É normal as pessoas serem impactadas com milagres, com superstições, com adivinhações, com previsões, com profecias e com coisas mirabolantes. A religião nasce da indigência do físico pelo o imaterial. É uma invenção maravilhosa para tentar explicar o que não tem explicação.

As pessoas desenvolvem seus conceitos sobre aquilo que acreditam e seus preconceitos sobre aquilo que não dominam. Tipo “estou certo e tudo mundo errado”, ou “a minha religião é melhor que as outras”, ou ainda mais “só o meu DEUS é verdadeiro”. Em verdade afirmo que tudo isso não passam de meras interpretações.  O fato é que não há ninguém totalmente certo e não há ninguém totalmente errado, pois as ideias ou entendimentos são apenas escólios.

Particularmente, prefiro permanecer neutro, ou melhor, em cima do muro. Não tenho certezas a respeito de nada. Não consigo construir sem alicerces. Afirmar com autoridade alguma coisa seria apenas expor sofismas.


O certo e errado são relativos – assim o bem e o mal. o que é verdade para uns, não é para outros. a ética e a moral também são relativas a cosmovisão de mundo. A concepção de Deus pode ou não ser tão-somente uma conjectura. Nossa vida é um sopro diante do tempo e o espaço, e a única certeza que temos é que um dia todos nós iremos morrer. Depois da morte ninguém sabe o que vai acontecer – ao mundo resta apenas especular. 







22 de outubro de 2017

Procuro




Procuro uma razão em meio à realidade
Para não mergulhar na mediocridade
Ando pela a cidade – não encontro verdade
É de praste minha subjetividade.

Procuro um tom para cantar
Uma poesia ou uma melodia solar
Quero uma harmonia cifrar
Com a sinfonia contemplar.

Procuro um abraço sincero
Com simplicidade espero
Pelo o tempo que não venero
Com passos marcados de bolero.

Procuro sem esperança de encontrar
Uma mulher que me faça mudar
Que me dê ensejos para transbordar
Ou que alimente o meu desejo apreciar.







19 de outubro de 2017

O resto é o resto, ou apenas escólios.




Chega aquele momento que não mais se precisa de DEUS
É um tempo de incondicional purificação
Também chega o dia que não mais se precisa de AMOR
Pois amor só trouxe sofrimento e dor
O coração não tem mais fé
Os olhos não choram mais
Resta apenas o corpo cansado de tanto trabalho

Em vão as mulheres me chamam, não atendo.
A minha melhor companhia sou eu mesmo
No silencio encontro paz
Já não espero nada do mundo
Muito menos aos praticam bondade
Por medo do inferno
Ou como forma de alcançar o paraiso.

Estou ficando velho (e cada dia melhor),
Minha mente está ficando leve
Pois meu coração está vazio.
Não sofro, não passo fome, não choro, não tenho medo (...).
As pessoas que passaram por minha vida
Conseguiram me provar que sempre estive certo.
Enquanto isso a corrupção no meu país se alastra como uma pandemia.

No mundo há guerras, doenças e todo tipo de mazela.
Mas a vida segue e o tempo não para,
Espero que um dia as pessoas se libertem
Do mundo, da politica, de Deus, do diabo,
Do dinheiro, dos desejos carnais e das conjecturas espirituais.

Chegará o tempo em que não haverá prazer na morte,
Chegará o tempo em que a vida encontrará significado,
Chegará o tempo em que o mal e o bem serão aniquilados,
Chegará o tempo em que não mais conjugará o verbo “fazer”.

Que haja vida com respeito e sem mistificação,
Que toda idolatria seja extinta e desconstituída,
Que o amor volte a sua essência e não traga mais desgosto,
Que toda ideologia e demagogia seja apenas um rabisco sem valor,
Que a vontade de ser seja maior que o desejo de possuir por mera vaidade,
Que o orgulho seja anátema nos corações humanos.

Neste tempo a santificação não fará sentido, pois não haverá malicia.
Continuemos a vida plena
Com sabedoria, liberdade, prosperidade, saúde e paz.

O resto é o resto, ou apenas escólios.







17 de outubro de 2017

Espírito de Lobo




Sou facilmente atraído e dominado – principalmente quando quero. Entrego-me sem pudor e sem reservas. Oculto toda expertise e me cubro com o manto da pureza inocência. Sou animal arguto, experimentado, cauto e mesmo quando cativo – autócrata.

Como lobo virtuoso caminho pelas as veredas da solitude, da plenitude, do domínio próprio, da consciência plena, da paz, da alegria de ser e viver, da prosperidade, da sabedoria, da justiça, da mansidão e do meu próprio senhorio sem perder meu instinto bruto selvagem.

Fiz do meu uivo – um canto.
Fiz da poesia – um alento.
Fiz da religião – um degrau para além.
Fiz da força – um escudo.
Fiz da filosofia – um caminho.
Fiz da família – um alicerce.
Fiz da solidão – um afeto.
Fiz do sofrimento – um amor.


É estranho tentar compreender, mas nasci para ser o que devo fazer. Caso contrario, a vida não teria sentido e significado. Sou animal manso e feroz (tenho domínio próprio). Vivo bem em qualquer situação e ambiente - Seja só ou acompanhado. A vida me ensinou a esperar o momento certo, a aceitar que nem sempre vou ganhar, a conter meus instintos para que eles não corroborem a minha própria ruina. 







nAdA sUpLaNtO




















Portanto,
Por enquanto,
até quando?
um tanto quanto
me levanto e canto.
Perco o encanto
E não mais me garanto.
Sinto fome e janto,
Quando pranto
Me quebranto
Com humildade abrilhanto
Acordo e adianto
Com ideias me agiganto,
Na graça desencanto
O português esperanto
Porquanto Monsanto
Colho o que não planto.







O que o tempo não foi capaz de olvidar




Ela me amava (pelo menos dizia),
Sentia minha falta
e de saudade quase morria.
Ela brigava,
Queria estar perto
Gostava de dar e receber afetos.
Ela me abraçava,
Quase me sufocava
Estávamos juntos (quase todos os dias).

O tempo foi passando
A paixão foi esfriando
O amor foi acabando

Hoje não sei como ela está
Nem onde está.
Ela não sabe onde estou
Nem como estou.

O que um dia foi
Hoje não é mais
E não será nunca mais.

Fica na lembrança
E no coração
Apenas um breve
Belo momento
Que o tempo
Não foi capaz de olvidar.







Pelas as veredas




Nada ocasional, formal ou casual.
Tudo como deve ser pela a existência de sua singeleza.

Sem indulgencias
E interesses corriqueiros,
Seja pela a vontade do querer
Ou pela a inercia de esperar acontecer.

A filosofia apazigua a alma
Ela passeia pelas as veredas do mundo
E exalta o ser.
Desta forma;
Os dias são como cadeias para quem tenta sobreviver
As noites são como vias-crúcis para respira sem significado.









Deixe-me




Deixe-me viver sem saber nada;
Deixe-me morrer sem saber nada;
Deixe-me padecer na ignorância
De não saber ou haver ter sabido nada.
Deixe-me com minhas loucuras
E minhas lacunas sem respostas.
Deixe-me sofrer por não acreditar
No inferno e no paraíso.

Deixe-me conviver com o nada
Com absoluto vazio,
Deixe-me com minhas verdades
E meus sofismas.
Deixe-me fechar os olhos
E lembrar as coisas boas que vivemos,
Deixe-me com a vontade latente
E com meu sorriso bobo de criança.

Deixe-me cantar desafinado
E admirar o oco de Nietzsche,
Deixe-me com o espanto
De não compreender a vida,
Deixe-me observar de longe
As noites cheias de pessoas vazias,
Deixe-me com saudade do teu beijo
E o ódio mortal dos teus modos.

Deixe-me e eteceteras (...).







9 de outubro de 2017

Não ocasional


Frases, cases, cartazes, fases, aprazes – nada mais satisfaz.

Mudar o repertorio
Ante aos mesmos e contínuos hábitos,
Prosseguir com mais consciência,
E menos probabilidades.
A máxima é ponderar!
Impulsos reativos não mais considerados
E a paixão não tem mais lugar.
Por um amor consciente respeitoso;
Que a razão possa ocupar
Seu título nobiliárquico
e nunca mais errar.







6 de outubro de 2017

Paro no tempo




Paro no tempo
Mas o tempo não para
Ele caminha e faz seu destino
Eu sigo rumo ao nada.
Paro no tempo
E observo a madrugada
Todos os dias a mesma rotina
Como uma menina abastada.
Paro no tempo
E ele não me diz nada
Segue em silêncio
Como segredos de fadas.
Paro no tempo
Com aflige agitada
Ela sempre reclama
E nada lhe agrada.
Paro no tempo
No momento da largada
Avisto o objetivo
E sem motivo dou risada.
Paro no tempo
Para beijar minha amada
Ela é tão linda
Mas ainda quando acariciada.
Paro no tempo
Para ver a velhice anulada
Mas ela insiste
Em correr em disparada.
Paro no tempo
Como uma virgem apaixonada
Que suspira amor
Esperando ser arrebatada.
Paro no tempo
Para não cair numa cilada
Ressalto os desatinos
Desta longa e dura caminhada.
Paro no tempo
Com a bula assinada
Assassinei a verdade
Como a vontade atrelada.
Paro no tempo
Com a data atrasada
Não sei para onde vou
Se para Miami ou para Maçada.
Paro no tempo
Com a dor aguçada
Mas é preciso caminhar
Com a fé respaldada.
Paro no tempo
Com a mente atualizada
Confecciono minudências
Com paciência afinada. 







5 de outubro de 2017

Volto a ser poeta no dia (...).




Volto a ser poeta
No dia que o perdão for maior que o orgulho
Volto a ser poeta
No dia que a profecia não for mais corriqueira
Volto a ser poeta
No dia que teu beijo voltar a ter sabor
Volto a ser poeta
No dia que o mundo apregoar razão
Volto a ser poeta
No dia que o dinheiro não comprar o amor
Volto a ser poeta
No dia que os pecadores alcançarem misericórdia
Volto a ser poeta
No dia que a politica deixar a corrupção
Volto a ser poeta
No dia que as crianças perderem a malicia
Volto a ser poeta
No dia que as putas beijarem a face de Cristo
Volto a ser poeta
No dia que eu aprender o que é humildade
Volto a ser poeta
No dia que pudermos respeitar sem preconceitos
Volto a ser poeta
No dia que o sol for para a noite o que a lua é para o dia
Volto a ser poeta
No dia em minha estupidez der lugar à sensatez









Da complexidade a simplicidade do ser.




Que o espanto e o mistério
Nunca sejam para mim demasiados,
Que haja sempre contentamento
Nos olhares admirados
E continua falta de saber ante a beleza
Que conchega as cores
Da aurora boreal
Em compasso as vibrações
Das notas musicais
Que compõe a harmonia
E a melodia dos cantos
Dos pássaros, dos golfinhos
E principalmente os estrondos dos trovões
Que assombram e dão medo
De modo que faz meu amor
Se refugiar e dormir no meu peito.

Obrigado vida!








4 de outubro de 2017

Serpentes & Lobos.




Ficou olhando nos meus olhos tentando me seduzir e não viu quando virei a carta sobre a mesa. Logo você que é tão articulada e atenta aos mínimos detalhes? Mas desta vez deu ruim. Você subestimou meu silêncio e minha inteligência, tentou aplicar o golpe da serpente no Lobo? Entenda de uma vez por todas que o instinto de domínio e cautela dos alfas é mais aguçado e astuto que qualquer inteligência na natureza. Percebemos o perigo de longe, por este motivo estamos sempre em espreita alerta, não confunda domínio próprio com passividade. Os lobos são seduzidos somente quando querem ser. Leões e tigres são maiores, mas não reinam sobre os lobos. Somos livres e independentes, sabemos viver bem sozinhos, em família e em grupo. Nunca desdenhe a capacidade do lobo no espaço-tempo.

Por falar em tempo, este não está ao seu favor. A cada dia e a cada hora que passa ele vai retirando de você o poder de seduzir. Com isso, também vai perdendo a capacidade de manipular. Nós lobos nunca precisamos da beleza e da sedução para nada. O nosso domínio é estabelecido pelo o poder da força, da inteligência, da independência e da sabedoria. Serpentes não são palias para lobos, sua astucia e seu veneno não funcionam com os “Canis Lupus”.

Pode tentar jogar, seduzir, manipular, chorar, dissimular, inventar artimanhas, lançar venenos ou que for – nada disso vai funcionar. Serpentes são astutas, traiçoeiras, sedutoras, perigosas e covardes. Lobos não são movidos pela a paixão, por isso impõe medo e respeito. São frios e inteligentes, audazes, ferozes quando necessário. Fortes e companheiros, fieis e resistentes.


Que recomece os jogos, ou melhor, a luta!







3 de outubro de 2017

Queria não dizer isso




Estar junto é a mais sublime de todas as escolhas,
É um desejo capaz de quebrar todos os preconceitos e paradigmas,
Mas, tem dias que este anseio vira raiva
E a tristeza bate mais forte.
Neste momento as nossas expectativas se frustram
E a gente não ama do mesmo jeito.
Nosso semblante muda
E os nossos propósitos parece perder a direção.
Sentimos tudo, pensamos em tudo – menos no amor.
Estes são dias de conflitos,
E a mais perigosa atitude é abrir mão daquilo que tanto se desejou.
Deixar para lá e olvidar os sentimentos
É abrir mão da pessoa que talvez nunca mais vá lhe aceitar de volta.







Doncovim, proncovô, oncotô...




Somos iguais
E ao mesmo tempo diferentes,
Não temos os mesmos gostos
E não pensamos da mesma forma.
Somos limitados
Mas temos autonomia,
Comportamentos distintos
E enquanto humanos
Criamos nossas próprias crises.
Somos da terra
Da mesma matéria e substancia
Alguns se acham melhores
Não por ser, mas por ter alguma coisa.
Somos o que somos
E assim vivemos e morremos,
Mas ainda não sabemos
De onde vimos
E para onde vamos.








2 de outubro de 2017

Más lembranças




Dos nossos planos
Não sinto saudades,
Tenho pânico só de lembrar
Que um dia compartilhamos
os mesmos propósitos.
A vida me ensinou
E eu pude aprender
Que longe de ti
Poderia ser mais feliz.
Hoje, desfruto da liberdade
Como um pássaro
Que nasceu para ser livre.
Nunca mais irei me submeter
A ser infeliz
E a fazer alguém infeliz.








Sem confusão




Sou a minha própria religião
Constituo a minha própria fé
Faço a minha própria politica
Poetizo minhas próprias poesias
Escrevo minhas próprias teses
Filosofo meus próprios conceitos.

Não preciso e não careço de muletas.

Não busco méritos,
Reconhecimentos ou recompensa por alguma coisa.
Não sou dono da razão,
Não sou melhor que ninguém.

Vivo em paz
Busco domínio próprio sobre os meus anseios e desejos,
Sou feliz a minha própria maneira,
Esquadrinho a sabedoria
Na plenitude de todo meu ser.

Não careço de pessoas ao meu redor,
Não busco aceitação,
Não sofro de solidão
E não preciso auto-afirmar.

Respeito e admiro a natureza
Como toda a existência.
Estudo comportamento humano
Como a própria metafisica.
Atendo mais as perguntas
Do que as respostas.

Não mereço o paraíso
Como o inferno para mim não é lugar.
Não sinto prazer da desgraça dos outros
Como o mundo assim é.
Não tenho nenhuma espécie de orgulho
Assim meu coração deleita sobre a dignidade.

Acredito que o segredo da vida é viver
Sem o peso da culpa
E sem barganhar favores com deus.

Não precisamos de padrões,
Não precisamos de regras,
Não precisamos de promessas,
Não precisamos de alianças,
Não precisamos de nada...

Que a vida seja plena na sua própria essência,
Que o tempo faça valer os seus propósitos,
Que haja compreensão para compreender as coisas simples.
Que tudo no fim possa ter valido a pena.






O mundo está chato demais! Ou, escravos da tecnologia.



Em todos os lugares a ansiedade se alastra como uma epidemia. As pessoas expõe suas vidas em busca de “views” e curtidas, outras em forma de aceitação e autoafirmação. É moda comentar e compartilhar. Tudo o que acontece na vida cotidiana é exposta na Tv e nas redes sociais, sem contar a enxurrada de fotos e opiniões rasas sobre todo tipo de assunto.

Por todos os lugares há pessoas escravas de um vicio que nem mesmo elas sabem que possui. São os app’s o contagio do momento. Se a pessoa ficar um dia sem se conectar, o mundo perdeu o sentido. A necessidade de estar conectado é quase a obrigação de se alimentar e dormir – as vezes até supera.

E o pior, é muita informação para pouca utilidade. Na internet há muito conteúdo (sobre todos os tipos de assunto). Lamentavelmente muitos não sabem usar desta ferramenta e usam as redes sociais para derramar todo tipo de mazela. As redes sociais deram vozes aos idiotas, as pessoas carentes, ansiosas, ignorantes e afins. Sem contar os oportunistas, os ambiciosos, os maliciosos, ladrões e ardilosos.

Há de tudo! É até difícil separar o trigo do joio. As vezes até nos perdemos ao mundo de informações uteis e inúteis. Pessoas poderosas aproveitam deste artificio para plantar sofismas e engodos na mente das pessoas. A maioria é influenciada e pensam como os comandos querem que eles pensem. As pessoas são manipuladas e vigiadas o tempo todo.

É fácil saber onde a pessoa mora, o que ela gosta de comer, quem são seus amigos, os lugares que ela já conheceu, as opiniões dela sobre os acontecimentos, os seus parentes e suas preferencias de modo geral. A vida das pessoas é como um esgoto ao céu aberto. Urubus e carniceiros aproveitam destas informações para sacanear e outros para ganharem dinheiro.

A medida que a tecnologia vai evoluindo, mais as pessoas vão se tornando escravos dela. Hoje é quase impossível viver sem celular, computador, GPS, equipamentos eletrônicos com Bluetooth e Wifi. Infelizmente, a maioria das pessoas não estão preparadas e suas mentes não evoluem na mesma velocidade, fazendo assim que se tornem prisioneiras do sistema que elas mesmas alimentam com informações pessoais.







1 de outubro de 2017

decomposição




Eu não te amo e não tenho pena de mim,
A minha vontade de fazer, passou.
Dantes até hoje;
Meus anseios me assassinam.
Assino agora a sentença de extenuação
Por minha mente que atualmente
Não conversa mais com meu coração.
Ainda não consigo compreender
A razão que me faz esconder
E viver de modo continuo
Sobre a mesma rotina dentro do meu ser.

Talvez meu coração esteja no passado,
Minha mente no futuro,
Minha aflição no presente
E meu espirito já repousando na eternidade.

Admito minha debilidade
Entre parágrafos, versos e confissões.
Meus poemas caminham por labirintos
E não falam mais de amor.
Meu partido se partiu no mesmo instante
Que descobri que nada sou.
Mas até hoje o macro e guimbas partículas
Não me localizaram no orbe
Pelo o qual eu vim
E estou prestes a me decompor.







Em tese a realidade perpendicular ao ser que pensa em crise a sua própria percepção, ou Eva e as maçãs.




Por toda força de potência
Que reside dentro de cada um de nós;
Há uma expectativa pela qual o anseio
Habita e nunca se supre.
É ai que nasce às decepções,
As frustrações, as desilusões,
E as ilusões – em resumo; as paixões.
É natural esta vontade,
É inerente ao ser humano,
É perpendicular a liberdade em designo.
São os sentimentos e as concepções
Que estabelecem o modo de viver.
É a leitura do mundo
Que formam os conceitos
E os padrões de vida.
É isso de estabelece as opções
Religiosas, amorosas, politicas,
Sociais e afins.
O ser é o retrato do mundo
Que ele criou dentro da sua mente.
Se para alguns a ideia de transcendente,
Imanente e incognoscível está em deus,
Para outros esta percepção
Está impregnada a própria realidade.
Há também quem não pense desta forma,
Apenas vive de acordo com as excitações
Do mundo e do dia a dia.
Por fim – tudo são interpretações.








Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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