
É verdade, posso ser muitas
coisas. Mas não sou reconhecido pelo o que realmente sou. Talvez seja um blefe,
um dissimulado artificial ou quem sabe um mistério ainda não velado. Tenho a sensação
que em algum momento serei desmascarado por não ser aquilo que as pessoas
pensam que sou. Elas terão uma enorme surpresa e decepção quando descobrirem
que toda a minha complexidade é simples. Quem sabe eu seja um ator na vida real
representando aquilo que de alguma forma poderia ser, mas não sou.
Eu sou uma fraude, tenho a síndrome
do impostor. Os elogios não me vangloriam, as criticas não me rebaixam, os troféus
conquistados são apenas retratos de um passado vitorioso, as cicatrizes são
marcas de experiências que me trouxeram maturidade. Sou uma tese ainda não
desmembrada no campo da vida sentimental e racional.
Alguns enxergam meus méritos,
outros dizem que foi sorte e eu nem ai para o que pensam ou deixam de pensar. Sou
a imagem que transmito e ao mesmo tempo a realidade que absorvo. Vivo pela suspeita
de que devo ser o que realmente sou e não o que acham que sou, pois se ainda
não sou, pretendo ser.
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