Do nada e por nada
Fixei meus olhos no horizonte
Em direção ao por do sol
É contemplei aquilo que todos os dias acontece
Mas, eu despercebido não presto atenção
Ou não dou o seu devido valor.
Por este instante
Não pensei em nada
Apenas o momento espetáculo
Também não é necessário palavras
Para descrever a vida
E sua beleza.
Ainda que não houvesse mais nada
Aquele momento já seria por si o suficiente
Para entender que a energia que mantém a vida
Explode constantemente de dentro para fora
E de fora para dentro
No sentido de um “haja” eterno...
É quântico, é espiritual, é surreal...
É a compreensão que do nada
Tudo passou a existir.
E que por alguma maneira
Ainda permanece
E consegue subsistir.
É um universo, reverso e multiverso...
É a sensação de entendimento e adoração;
Buscar deus, ser deus, estar dentro de deus e deus dentro de
você.
Deus não no sentido de um ser segundo a religião
Mas uma força que compõe o mundo
Como notas harmônicas de uma infinita canção.
Cantei, gritei, chorei, agradeci e me prostrei...
Foi lindo e magnifico (não encontro palavras para definir).
Foi como tragar o ar e ser tragado pela a dimensão da existência.
Agora, quero todos os dias fixar meus olhos no horizonte
E contemplar a beleza que radia a vida
E toda a sua completude, amplitude e magnitude.
Por enquanto, só.