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9 de junho de 2024

Um falso poeta, ou um homem contido na filosofia de um mundo vazio.


A dor é patética

E expressar os sentimentos é démodé.

Foste apenas uma expressão

Ou um sonho que não irá acontecer.

 

Desde criança eu já sábia

O mesmo filme volta a repetir.

Não consigo me livrar deste Loop

Deste inferno que não me permite sair.

 

Sou um profeta não compreendido

Sou um poeta tão pouco lido

Sou um homem arrependido

Sou o que sou, mas queria não ter sido.

 

A fé me abandonou

E o silencio me calou,

Serei agora apenas uma página

De um livro sem valor.

 

Quanto tempo tenho

Não quero imaginar,

Do amor que abstenho

Fico apenas me resguardar.

 


Musicas deixaram de ser compostas e cantadas.



Não é sobre tu

É sobre mim!

A dor que doe em mim

É tão somente minha

Que não posso expressar

E tão pouco compartilhar.

 

A lagrima não desce na minha face

Mas jorra para dentro do meu coração.

Sempre tive o máximo de cuidado

Para não machucar quem eu gosto.

Mas quem um dia gostei

Não teve a mesma consideração.

 

Atitudes inconsequentes

Abriram feridas permanentes.

 

A questão não foi a traição em si

Mas a quebra de confiança.

Quebraram a vidraça da admiração

E estraçalharam o respeito.

 

O tempo vai passar,

A cicatriz vai ficar.

O tempo não vai esquecer

Mas é necessário uma nova historia escrever.

 


 

Entre a verdade da vida e realidade virtual.




Entrei no jogo que eu não queria jogar,

Pois, repudio a ideia de brincar com os sentimentos.

As pessoas machucam umas as outras sem pudor,

Fingem amor e no fim é apenas um divertimento.

Imagens montadas para nada expressar,

Quiça apenas no vazio de demonstrar o momento.

 

No fim, amizades e relacionamento não condizem com a realidade.

Vivem a dor da ansiedade e da depressão,

O coração já não difere a mentira da verdade,

As redes sociais são apenas um filtro como força de expressão

Daquilo que desejasse que fosse

Mas que de alguma forma é apenas ilusão.

 

Este é um jogo onde não tem ganhador,

Pois a realidade virtual é um aspecto de transmissão.

A inteligencia artificial alimenta o vazio virtual e a dor,

Porque pessoas não foram programadas para esta ficção.

Ao ponto de trocar a realidade para viver sem amor

Já se esfriou a empatia e o que é verdadeiro não tem mais expressão.

 


Palavras, palavras e palavras.



Palavras de amor e palavras de adeus,

Palavras que tocam a alma e palavras que machucam o coração,

Palavras de gratidão e palavras de indiferença,

Palavras para pedir perdão e palavras para tocar o foda-se.

 

As palavras são as mesmas!

Há as que ferem e há as promovem redenção.

 

A boca fala o que está cheio o coração!

Pessoas falsas promovem mentiras,

Pessoas verdadeiras não precisam justificar seus atos.

 

Palavras falam sobre sentimentos,

Palavras produzem racionalidade,

Palavras expressam tudo e nada ao mesmo tempo,

Palavras podem convencer através da mediocridade.

 

Palavras criaram o mundo,

Palavras compuseram poesias e as transformaram em musicas,

Palavras assinaram testamentos, condenações e descreveram atrocidades.

 

Palavras são apenas instrumentos nas mãos de quem fala e de quem escreve. Palavras podem ser para o bem e para o mau. Palavras podem revelar segredos como podem proferir enganos.

 

Uma vez dita produz seus efeitos,

Palavras vão e vem, mas nunca voltam vazias. 



23 de maio de 2024

Sexo em alta frequência e intensidade, ou o instante do agora unido no desejo infinito.



 Aquele café quente ou aquele whisky com apenas duas pedras de gelo,
Um beijo ardente dentro daquele abraço apertado,
Em passos de tango envolvente
Ou na frequência de blues com sexo de alta intensidade.


Um olhar frio, concentrado e penetrante!
Envolvente, sedutor, misterioso e nada discreto.
Uma pegada firme e forte
Acompanhada de um beijo apertado e molhado.


Corpos entrelaçados,
Envolvidos pelo objetivo do prazer, do momento, da química e do destino.
Cada toque desperta uma sensação,
A mente desliga os pensamentos
para os sentimentos despertarem o mais intenso gozo.


Vale tudo!
Tapas, unhadas, mordidas e gritos.
É absurdo, é latente, é invasivo e ao mesmo tempo prazeroso.
É o instante do agora unido no desejo infinito.



22 de maio de 2024

Um breve soneto sem cifras, ou um quase momento embaçado.




Momentos que se eternizam
E ficam presos na memória,
Pensamentos que não viram páginas
E não escrevem mais estória,
Atitudes inconsequentes
Como o tiro de roleta aleatória.

Mas a vida segue por outros caminhos,
Por outras vias e por outras direções.
Se o que fere não mata,
Não vale a pena tocar as mesmas canções.
Ficaste e morreste no passado
Como um objeto que não exerce mais funções.

A luz que agora propaga
Se expande dissipando a escuridão,
A verdade permanece como a tese
Que não carece de explicação,
Os verbos que conjugavam
Já não expressam mais ação.

Se não é leve,
Que a vida se encarregue de levar,
Um olhar breve
Não tem profundidade para se valorizar,
Não olhe para trás e segue teu destino
Como um sino que não sinto tocar.


13 de maio de 2024

O tempo do fim, a guerra depois do pretérito do amanhã e, quiçá a busca pela a verdade inalcançável.



Nada está tão ruim
Que ainda não possa piorar mais (...)


Rumores de guerra,
Catástrofes naturais,
Conflitos políticos,
Conflagração religiosa,
Crise econômica,
Pandemia global,
Aumento da fome e da miséria.

Para onde correr?
O que podemos fazer?
A quem clamar?

Dores, mortes, tribulação, conflitos, medo, bombas, moléstias, corrupção, crimes, falta de empatia, ameaças, ataques, assassinatos, terrorismo, distúrbios, patologias e crises generalizadas.

Eis a grande tribulação,
Eis o avanço da tecnologia e o domínio das inteligências artificiais,
O mundo jaz no reino pernicioso,
A moral já não existe mais,
Bons costumes, moralidade, doutrina, princípios e valores são coisa démodés.
A moda é mentir, matar, roubar e praticar estelionato.


Onde está Deus?
Onde está o homem?
Onde está a evolução?
Será o fim ou início de uma nova era?


Vamos montar base na lua, povoar Marte, viajar na velocidade da lua e dominar as galáxias?
Ou seremos dominados e exterminados pela nossa ganância e vaidade?
Será que a criatura venceu o Criador?
Deus está morto?


O que podemos explanar sobre a fé, o amor e a esperança?
Será que há salvação?
Homem descobriu a eternidade ou será consumido pelo inferno que mesmo criou?
A resposta pode estar no mundo quântico e não na busca desenfreada pelo Makro?


Estamos na Matrix
Presos nas ideologias
Nos prazeres momentâneos
No tempo finito
No espaço fictício...





6 de maio de 2024

Mais palavras e atitudes (...).





Refrigero minha alma com palavras

E repouso minha ansiedade com atitudes,

Odeio a mentira,

Bem como repudio a deslealdade.

Amo a sinceridade e a objetividade...

Caminho por caminhos das possibilidades,

Da poesia, da música, do carinho

E, principalmente tudo que me traz tempo de qualidade.

Acredito em encontros de almas, de corpos e mentes,

Conexões profundas e conversas abrangentes.

Estudo o passado para compreender o futuro,

Sou um homem simples

E de argumentos densos.

A vida me ensinou a posicionar minhas ideias

E a respeitar as diferenças,

Aprecio o contraditório, bem como degustar café.







20 de março de 2024

Meu silêncio, meu desejo.



No silêncio da noite, corpos se procuram,

Em meio à penumbra, desejos se afloram.

Toques suaves, arrepios que arrebatam,

Em um ballet de paixão, os corpos se entrelaçam.

Olhares cúmplices, sorrisos sedutores,

Caminhos traçados por mãos exploradoras.

Suspiros sussurrados, gemidos promissores,

Em um dueto quente de almas pecadoras.

Sob lençóis de seda, a dança continua,

O ritmo acelerado, a entrega absoluta.

Doce pecado, paixão que flutua,

Em corpos que se buscam na noite bruta.




13 de março de 2024

Um café, depois um Whisky, ou uma conversa sobre a tua insanidade inconsequente.





        Sirva-me um café e, me fale sobre como consegue ser tão intensa e ter sentimentos tão superficiais (rasos). Parece-me ser um atalho para se refugiar no próprio medo de querer e de não se entregar. Explique-me sobre ter vontade e consciência do que está fazendo (dolo) e mesmo assim não carregar culpa nenhuma. Não consigo compreender tamanha insanidade, meus pensamentos não comportam a lógica e até mesmo o costume de ser inconsequente nas próprias decisões. Se a loucura coubesse explicações, tais comportamentos não abarcariam e não comportariam tuas atitudes.

        Antes que o café esfrie, conte-me sobre o vazio que paira sobre a tua alma, sobre como o teu coração permanece afundando nos abismos das trevas. Gostaria muito de poder compreender tuas razões e trazer um pouco de luz no teu mundo de caos. Como prometido, não expandirei e não divulgarei teus opróbios. Antes, estarei onde sempre estive, da mesma forma, com braços abertos e com o coração acessível a tua demanda.

        Obrigado pelo café, daqui um momento sirva-me um Whisky. Meus pensamentos precisam se propagar e se estender para trazer novos arrojos e resoluções. Não tenho respostas para tudo, mas podemos juntos encontrar um caminho (nova direção). Talvez escrever de forma diferente a mesma história e estabelecer um final alternativo para um decreto definitivo fruto das consequências das tuas atitudes insanas e inconsequentes.


Por favor, uma dose com apenas duas pedras de gelo.



 

Sem arrependimento, sem perdão, sem culpa e sem direção; Sujas estão as tuas mãos.




Avançastes sem precedentes  

E rompestes a linha tênue da confiança,  

Quebraste os parâmetros da empatia 

E sem culpa alimentaste a insegurança.  

Não haverá páginas de nostalgia 

Como se atira uma flecha sem lança.  

 

Falta-me palavras para dirimir 

E expressar tamanha decepção,  

Como o ouro de Ofir perdeu o valor 

E o brilho de admiração,  

Sem culpa volta a dormir 

Como se nada fizeste sem intenção.  

 

Quiçá haverá perdão  

Mas nunca mais irá voltar,  

O arrependimento que muda a direção 

Parece não lhe despertar, 

Sujas estão as tuas mãos  

Mas parece não lhe importar.  





20 de fevereiro de 2024

Caminhos



Não sinto saudade do passado, não nutro expectativas das pessoas que decepcionei e fui decepcionado. A saudade que sinto é justamente das pessoas que ainda não conheci, a verdade é a interação, a reciprocidade, a troca de experiencias, o caminhar sem julgamentos e preconceitos. Não importo com as opiniões alheias, com o pensar de pessoas que não agregam e não fortalecem o dia a dia. Hoje é impossível para mim caminhar e compartilhar momentos com pessoas desleais, pessoas que querem apenas te usar por algum interesse momentâneo. Pessoas egoístas sem nenhuma empatia ou consideração. Fato que quem estar pleno não está interessado em sugar a alma do outro, as pessoas de alto valor tem mais a doar do que exigir. Quero apenas tomar o cuidado para não machucar quem eu amo e quem tem o mínimo de consideração por mim. Não quero me alimentar de ódio, de rancor e de vontade de vingança. Pretendo seguir em paz e não olhar para traz.




4 de janeiro de 2024

O calcanhar de um sonhador

 



Sem saber onde, como e quando chegar

Sonhando se vai (...).

Criando expectativas,

Frustrando planos,

Chorando pelas esquinas,

Lamentando por águas passadas

Mas ainda acreditando na vida

Alimentando esperanças

Na loucura de conseguir.

 

Seja pela dor,

Seja por amor,

Seja pelas causas justas

Seja por se declarar merecedor.

A vida escreve novas páginas

Para que contemos histórias

Para que não possamos perder a fé

Ficaram palavras, poucas imagens,

Ou quem sabe alvitres.





O legado de um solitário

 



Sinto-me intenso

Na minha própria companhia,

A solidão que me abriga

Fez-me compreender que ninguém

Pode preencher o vazio que habita em mim.

 

Renunciei a muitos amores

Para viver o amor-próprio,

Acometi em mim,

Para trabalhar, estudar e evoluir.

Esta é a sina de um homem pleno em si mesmo.

 

Foi perdendo que aprendi a ganhar,

Foi sofrendo que compreendi viver,

Foi caindo que valorizei cada passo,

Foi sonhando que construí meu castelo,

Foi renunciando que alarguei valores.

 

Não sou apegado a coisas,

Tão pouco a pessoas,

Apego-me em projetos e objetivos,

Porque coisas acabam e pessoas morrem

Mas objetivos constroem legados.

 

Estou no mundo,

Amo o mundo,

Mas não sou deste mundo.

Não me apego a nada

Não levarei nada, mas deixarei lembranças.





A Poesia bruta e a rima contundente do pagode de viola, ou João Carreiro com seu jeito bruto e o coração mole.

 



Um homem com o jeito bruto

E com o coração mole,

Por que foste de repente e cedo demais?

Mas fica a tua poesia,

A tua música,

E a tua expressão.

 

Homem de fé,

De talento,

De riso fácil,

De originalidade.

 

Deixará saudades

No coração daqueles que te admiram

E se inspiram na poesia bruta

E na rima contundente do pagode de viola.

 

O céu ganha mais um anjo!





3 de janeiro de 2024

A lembrança de que nada ficou, ou o que um dia foi destinado e não exercido.

 



Lembrar você nada me desperta

Nenhum sentimento

Nada de mau ou de bom

Nenhuma saudade

Coisa nenhuma para contar

 

O tempo se encarregou de apagar

O que um dia foi destinado e não exercido (...).

 

Não sobrou estórias

Todas as palavras foram imêmores

Os teus “Eu te amo” foram olvidos (deletados e esquecidos),

Apenas uma página apagada,

Deslembrada e que não significa lhufas nenhuma

 

Guarde o vazio, o hiato e a lembrança do que nada ficou.





Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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