Falta-me voz, sobra-me palavras...
Encantos espalhados pelos cantos,
dedilho versos,
pela a beleza que se esvai
e não mais me espanto.
Por que tantos prantos?
encontros, reencontros e despedidas...
Tenho paz,
ofereço-a e ninguém valoriza.
Do que adianta odiar o mundo
e amar as coisas que ele oferece?
A hipocrisia reina sem ponderação,
o vazio se dilata
através das veias que alimentam a ilusão.
Paixão! O que é paixão?
O lado obscuro do amor
ou a doença que boicota o coração?
Ando por estradas longínquas,
canto poesias calado,
Fazes tempos que não tenho o peito transpassado.
Meu afeto foi dilacerado
sem dó e sem piedade,
mas ainda sim tenho o passado
como uma página virada e não como uma verdade.
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