A noite está cheia de mentes
vazias. Quase sempre pelo o velho costume de esperar que algo novo possa
acontecer. Mas é sempre a mesma historia, a mesma rotina, as mesmas ladainhas –
nada mudou, tudo continua como sempre foi. Há de todos os tipos e gostos. Há
quem aprecie casualidades como há também quem aprecie formalidades. Mas, estão
todos ali, com sede, com fome, com vontade de preencher aquilo que não pode ser
preenchido tão somente pelo prazer.
Gestos, insinuações, pretensões,
indiretas, medo, carência, desespero, fuga, desejo, respostas prontas,
conveniências (...), tudo isso junto ou separado sobre a mesa com olhos atentos
de quem sofre e ainda não descobriu a razão (está diante de todos).
Cada um sabe o que quer, ou pelo
menos deveria saber o que não quer. As palavras são jogadas ao vento, os beijos
são distribuídos no atacado, o louvor se perde ante a blasfêmia de fazer e ser
sem motivos. Geralmente, as pessoas não sentem culpa, mas só avaliam o estrago
no dia posterior.
Assim segue a vida, as noites, os
costumes – força do hábito.
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