O sentido está na busca, na
expectativa, na idealização, no vazio impreenchível que coabita dentro do ser
humano. O sentido é apenas uma interpretação da realidade. É uma metáfora mais
que abstrata. Tanto é verdade, que as coisas perdem o sentido quando encontramos
a razão da ansiedade, da depressão e do stress. Eu, por exemplo, encontrei
sentido no desapego das coisas, das ideologias e principalmente das pessoas.
Quem é desapegado sofre menos (minha humilde e opaca opinião).
Há muito tempo não sei o que é
chorar, derramar uma lágrima pela a morte de alguém ou lamentar a perda de
alguma coisa. Há tempos que não perco tempo com o passado e não me desgasto com
o futuro. As pessoas tentam planejar o futuro como se elas tivessem o domínio
do amanhã. Elas perdem o seu presente para criar um futuro que talvez nunca vá
acontecer. Muitos se apegam a religião como se fosse à única verdade absoluta. Abstém-se
da realidade de hoje na expectativa de uma eternidade que ninguém sabe ao certo
se é real.
Muitas pessoas buscam felicidade no
sexo, no dinheiro, nas drogas, no trabalho, na politica, na religião, em outras
pessoas e nas coisas. Procuram respostas para viver e para morrer. Eu
sinceramente, não sei se a vida realmente tem sentido. Não tenho nenhuma
certeza a respeito do que vai e pode acontecer amanhã. São centenas de milhares
de profecias e previsões (especulações). Em cima disso, as pessoas traçam
planos, metas e objetivos. Mas quase nunca este desejo é saciado. Os desígnios
são apenas uma degrau rumo ao nada e ao acaso - e para quem tem fé “ao céu ou
ao inferno”.
Por fim, generalizando “tudo é
interpretação”.
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