No dia que você foi embora eu
fiquei sentido saudade de tudo o que não vivi. Como um edifício abandonado experimentei
o vazio de uma estrada sem ninguém. Observei o por do sol até chorar da lua
cheia, arranhei versos no violão e me debrucei no momento que a realidade me
transpassava (parecia uma miragem).
O vento soprava forte
E me trazia sossego e desespero
ao mesmo tempo,
Não sei explicar o salto da dimensão,
Tão pouco a razão que se
despedaça a cada momento.
Sozinho caminhei, sorri e
chorei...
Por entre as ruínas dos meus
sentimentos tentei escrever uma poesia e erguer um altar. Pelas as vigas que
construi sem alicerce escalei e no topo sentei para observar os fios
arrebentados do teu cabelo. O silencio tomava conta de tudo e falava mil coisas
ao mesmo tempo.
Meu olhar cor de mel permanecia
pequeno e profundo,
Viscoso como as sombras.
Meu coração batia sem compasso
E meus pensamentos sem sentidos permaneciam
sem orbita.
Cada instante casual era
cerimonial. Parecia uma festejo fúnebre irrigado de alivio, de pólvora, de ternura,
de gasolina, de paixão, de vazio e de falta daquilo que não falta mais. Daquele
baque em diante uma historia se rompeu para cada vida trilhar seus atalhos.
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