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13 de outubro de 2025

O tripé das relações humanas




Ser humilde é tocar o infinito com os pés no chão.

É reconhecer que o brilho do outro não apaga o nosso; apenas ilumina mais o caminho.
A humildade é a arte dos gigantes de alma, daqueles que não precisam subir em ninguém para enxergar longe.

Ter gratidão é dançar com o tempo, é saber que nada é por acaso, que até a dor ensina, que até o tropeço tem um propósito.
É a memória do coração, o reconhecimento silencioso de que cada gesto recebido é uma semente plantada na eternidade.

E saber pedir perdão… ah, isso é ser nobre.
É desarmar o ego, despir-se do orgulho e confessar a própria humanidade.
É curvar-se diante do outro não por fraqueza, mas por grandeza.
Pois quem pede perdão não se humilha — se liberta.

Humildade, gratidão e perdão: três pilares invisíveis que sustentam tudo o que é verdadeiramente humano.
Sem eles, o amor vira vaidade, a convivência vira disputa, e a vida perde o sentido.


Mas quando esses três caminham juntos, até o caos encontra harmonia.
Porque o coração que é humilde, grato e capaz de perdoar…
esse sim, conhece a grandeza de existir em paz.




 

7 de outubro de 2025

Nostalgia lúdica do tempo



O tempo… ah, o tempo é um artista cruel e sublime.

Ele pinta com pincéis de vento as lembranças que deixamos escapar pelos dedos fotogramas de um passado que insiste em viver dentro da gente.
Há dias em que a memória chega mansa, com cheiro de café e risadas antigas,
e há outros em que ela rasga o peito como um trovão que não pede licença.

A vida, essa correnteza apressada, não espera ninguém.
Pisca-se, e a infância se despede no retrovisor.
Mais um suspiro, e a juventude se torna apenas um eco nas paredes do tempo.
Tudo passa… tudo.
E cada instante, mesmo o mais simples, é um universo inteiro que se apaga ao ser vivido.

As perdas… ah, as perdas ensinam na dor o que a felicidade não ousa tocar.
Elas deixam cicatrizes que o tempo não apaga, apenas transforma em constelações silenciosas.
Mas é nas saudades que mora o ouro da alma.
Porque sentir falta é a prova de que algo foi belo o bastante pra merecer eternidade.

No fim, somos feitos de pó, lembranças e música antiga.
De rostos que se foram, de amores que ficaram na beira da estrada,
de promessas que o vento levou, e de risadas que ainda ecoam,
como se o ontem estivesse logo ali,
esperando a gente voltar, só mais uma vez.



 

Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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