Eu olhava, apenas olhava. O olhar
mirava distante e não queria nada. A musica me arrebatava para um lugar onde
não tinha nada. Eu estava ali no camarote, mas minha mente viajava para onde Minh
‘alma me levava. Era uma sensação de vazio, mas era incrível. É surreal
degustar whisky e ao mesmo tempo ser cobiçado. Por um instante baixei a guarda
e acalmei meu instinto feroz de caçador. Enquanto isso elas me olhavam, me
desejavam, queriam de alguma forma ser notadas. Mas eu nada. Como sempre a
boate estava cheia de pessoas vazias, carentes e frustradas. Na verdade, tinha
gente de todo tipo; pessoas que estavam na vibe da pegação, da autoafirmação e
acredito que alguns estavam apenas para se distrair. Contudo, eu não estava nem
ai para nada, degustava meu whisky 18 anos e pensava no que me trazia até ali
enquanto as pessoas sem saber de nada me observavam.
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