A noite era uma criança e a gente
ficava se olhando, se encarando e imaginando o momento oportuno da aproximação.
Você me reparava e ao mesmo tempo desviava o olhar. Eu a afrontava diretamente e
frontalmente sem medo, de receio e sem respeito. E assim ficou e se arrastou
por toda a madrugada. Você esperava de mim uma atitude e eu de você coragem de
me olhar abertamente. Eu só precisava ter certeza para aquele instante não ser desnecessário
e não perder tempo. Você jogava como alguém que não tem nada a perder.
Por fim...
Todo este tempo foi apenas contemplação
ou consternação; nada, pois absolutamente nada aconteceu além daquilo que tinha
para acontecer.
Achei supérfluo saber o seu nome
e pegar o número do seu telefone, pois no outro dia eu não iria ligar mesmo. Você
esperava a indaga da questão para passar o número do telefone errado. Mas, este
jogo que está aprendendo a jogar; eu dou aulas.
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