Não quero mais falar de amor, nem de tristeza, tão pouco de hipocrisia, ironia e religiosidade. Não quero mais me ater a coisas complexas e complicadas. Não quero analisar sentimentos e muito menos explicar pensamentos. Não quero reviver nenhum passado (não quero mesmo). Não quero voltar no tempo, nem olhar para o futuro e morrer de ansiedade. Não pretendo em nenhum momento ser o dono da verdade. Não quero conservar o orgulho e tão pouco guardar rancor, não quero assassinar almas e muito menos passar a mão na cabeça de alguém por simples comiseração.
Quero viver o que me resta da vida...
Cantar desafinado
sem me importar com o tom e com os ouvidos de que vai me prestar atenção em
mim.
Quero
estar bem, cuidar do meu corpo, da minha mente e sentir meu espírito tocar a
eternidade.
Quero
sair por ai sem destino, sem causa e sem dar satisfação para ninguém.
Quero
aproveitar e ler os livros que ainda não li, gastar todo o dinheiro que juntei
beijar todas as bocas que meus olhos desejar, dançar como estivesse debaixo do
chuveiro da minha casa.
Quero
não me importar com o passado e viver como se não houvesse amanhã. Abraçar meus
velhos amigos e fazer novos amores. Quero sentir o gosto da liberdade e o
prazer de poder viver a vida com a intensidade de quem só se vive uma vez...
Quero
degustar a loucura com inocência e sem malicia. Quero acelerar minha moto até
estourar o velocímetro, sentir o prazer que há em se abdicar do medo.
Quero tudo, mas tudo
mesmo e se possível; mas um pouco!
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