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3 de dezembro de 2025

Por fim, é isso!



 

Abraços apertados e frios,

Olhares penetrantes e maliciosos,

Palavras, promessas e falsas formalidades (...).

 

A corrupção e a má intenção

Se repousam sobre interesses escusos,

A ética e a moral perderam os seus valores

Por favores e utilidades.

Ninguém te ama!

Ninguém se importa com você.

As pessoas te usam pela conveniência

E pelas vantagens que elas podem extrair.

 

Homens usam mulheres para o sexo,

Mulheres usam os homens por outros interesses,

As empresas exploram pessoas,

Pessoas valem-se das empresas por dinheiro,

O Estado acabrunha a sociedade

E a sociedade busca no Estado seu escombro.

Deus recompensa o céu ameaçando com o inferno

E o ser humano barganha a própria vida pelo o medo.

 

Por fim, é isso!

 

 

 

 

 

1 de dezembro de 2025

O Manual Delicado do Intolerável.


    


    Há erros que escorregam da mão como vidro molhado: caem, machucam, fazem barulho; mas dá pra juntar os cacos, limpar o sangue e seguir. Há desculpas que, apesar de tardias, ainda carregam o cheiro morno da humanidade. Tudo isso é tolerável, revisável, perdoável.

    Mas há escolhas que não pedem desculpa: pedem distância.

    Caráter não falha por acidente. Traição não nasce por engano. Mentira não escapa espontânea como soluço. Essas decisões são cirúrgicas, frias, calculadas o suficiente para revelar aquilo que ninguém gosta de admitir: algumas pessoas nos mostram exatamente quem são; e a única resposta digna é caminhar para longe.

    A inveja e o ciúme são sombras inevitáveis. Não são bonitas, nem nobres, mas fazem parte do terreno acidentado da alma humana. Com conversa, com tempo, com vontade, se ajeitam. São tempestades que passam.

    Já a sacanagem, a quebra deliberada da confiança, o tapa nas costas disfarçado de abraço; isso não se conserta. Não há cola que grude o respeito depois dele ser cuspido no chão.

    A vida é curta demais para conviver com o que nos envenena. Tolerância não é covardia, mas insistir no intolerável é. E a lucidez cobra caro: às vezes o preço é aprender a fechar a porta com firmeza, mesmo quando o coração treme.

    No fim, é simples: o que não é recíproco, não é lar. E o que fere de propósito, não merece retorno.










Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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