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14 de outubro de 2024

O amor na reciprocidade e na correspondência.



Em uma relação, a reciprocidade é o pulsar silencioso que mantém o equilíbrio entre dar e receber. Ela não se expressa em uma contabilidade precisa, mas em gestos espontâneos e sutis que encontram eco no outro. Quando amamos, oferecemos ao ser amado não apenas afeto, mas também compreensão, cuidado e presença. E, nesse movimento, esperamos, mesmo que inconscientemente, que o amor retorne, não da mesma forma ou na mesma medida, mas que seja retribuído na sua essência.

A correspondência, por sua vez, é a linguagem sutil que alinha os corações em um mesmo ritmo. É o ato de sentir e ser sentido, de se deixar tocar por uma palavra, um olhar ou um silêncio e perceber que, do outro lado, há alguém disposto a partilhar essa mesma frequência emocional. Na troca de amor, não há espaço para egoísmo. Cada um se despe das próprias carências e se abre para o outro, sem perder de vista a própria individualidade, mas sabendo que é no encontro que a alma se expande e se enriquece.

Trocar amor é um ato de entrega, mas também de construção. É quando os pequenos gestos se acumulam e formam a tessitura delicada da convivência. Um carinho inesperado, uma palavra gentil, o amparo em um momento de fragilidade, tudo isso constrói a base sólida sobre a qual a relação se ergue. Nesse processo, o amor se torna um ciclo, em que quem ama é também amado, e os dois crescem juntos, criando um laço indissolúvel que transcende as circunstâncias e o tempo.

Amar, portanto, é estar sempre em sintonia com o outro, não de forma perfeita, mas real. É perceber a necessidade de falar e de ouvir, de dar e de receber, de ser cuidado e cuidar. Na reciprocidade e na correspondência, o amor floresce, não como uma troca mercantil, mas como um fluxo contínuo de presença e respeito mútuo, onde cada um encontra no outro a razão e o sentido para seguir em frente, juntos e sempre.

3 de outubro de 2024

Quando o amor acaba?


Acaba quando não há mais admiração,

Acaba quando não há mais respeito,

Acaba quando não há mais investimento de tempo,

Acaba quando não há mais confiança,

Acaba quando há mentiras,

Acaba quando há traição,

Acaba quando não é mais alimentado,

Acaba quando há abandono,

Acaba quando só tem violência,

Acaba quando há indiferença,

Acaba quando perde amizade,

Acaba quando não há afeto e carinho,

Acaba quando não tem tempo de qualidade,

Acaba quando um não mais se interessa pelo outro,

Acaba quando os caminhos tomam destinos diferentes,

Acaba quando o egoísmo e vaidade tomam conta,

Acaba quando a vontade de estar junto é um fardo,

Acaba quando perde a química,

Acaba quando não tem mais sentido ficar juntos,

Acaba quando não tem mais lealdade,

Acaba quando quando acaba a empatia

Acaba quando há resistência a mudanças,

Acaba quando falta intimidade,

Acaba quando há desacordo de valores e princípios,

Acaba quando junta tudo isso!

 

 

 

7 Princípios que regem o mundo e o universo, ou a poesia que se eterniza além do tempo.



No silêncio profundo da mente em ação,
Um sussurro ecoa, revelação:
"O Todo é Mente", o Universo mental,
Um pensamento divino, essência vital.

Nas teias do cosmos, espelhos sem fim,
"Como é em cima, é embaixo", assim,
O macro e o micro em dança alinhada,
A correspondência perfeita traçada.

Vibra o átomo, a estrela, o coração,
"Nada está parado", tudo é pulsação,
Ondas que permeiam a existência,
Música eterna em sutil cadência.

No jogo dos opostos, polaridade,
"Tudo é duplo", sombra e claridade,
Amor e ódio, extremos a tocar,
Faces da mesma moeda a girar.

O pêndulo oscila, vai e vem sem cessar,
"Tudo flui", ciclos a se renovar,
Marés da vida, em ritmo e compasso,
Ensina o tempo a dançar o seu passo.

Semeia a causa, colhe-se o efeito,
"Nada é por acaso", destino é feito,
Tecendo os fios da lei universal,
Somos autores do bem e do mal.

E no ventre do ser, dualidade,
"O gênero está em tudo", em unidade,
Masculino e feminino em comunhão,
Gerando vida, criação em ação.

Sete são as chaves, caminhos da luz,
Que Hermes, o mestre, a todos conduz,
Segredos antigos, saber ancestral,
Para quem busca o conhecimento real.

Que a sabedoria guie nossos pés,
Na jornada interna de voltar ao que és,
Um com o Todo, mente e coração,
Criando o futuro em plena conexão.



2 de outubro de 2024

Saciando a vontade e a sede de lhe possuir e te ter.



No peito reside a vontade

De envolver e decifrar segredos,

Na noite que corpos se encontram

Se deleita e se entrega sem medo,

Palavras não bastam

Para traduzir tantos desejos.

 

A conexão se entrelaça

No ritmo do suspiro profundo,

O silencio grita mais alto

A minha pela se arrepia com teus sussurros,

Não há nada mais sublime

Nada que possa existir neste mundo.

 

Meu corpo dentro do teu

Desfrutando do prazer e do tempo,

Um encaixe perfeito

Não é apenas coisa de momento,

Feitos um para o outro

Sexo e química com muito sentimento.

 

Dois corpos ancorados

Se desfrutando da noite ao amanhecer,

Tanto desejo acumulado

Fazendo tudo acontecer,

Bebendo da tua essência

E saciando a sede de te ter.




Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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