Indiferente ao momento; assim,
ainda permaneço. Observo e omito meu parecer. Excepcionalmente, o mundo não
precisa de mim (nunca careceu). Resta-me agora a autossuficiência em viver de
acordo com minhas próprias opiniões (coerência). Espacei-me de toda ideologia e
tudo aquilo que termina com “ismo”. Desejo agora viver cada momento no apogeu
com sua dor e prazer. Promulgo minhas ideias e meus ideais sem a pretensão de
ser aceito e entendido.
Por uma vida de eretismos,
sorrisos, gozos e suspiros. Pela a maneira de expressar negação pelos
contratos, formalidades e satisfações. Sim, permaneço firme a este ensejo como
nunca antes estive. Agora, um pouco mais velho, mais maduro, mais paciente e
menos insensível. Como um “ivrit”
sigo peregrinando pelas a veredas onde o espirito se inclina.
Afetos efêmeros com marcas
eternas,
Distancias de almas separadas por
verbos,
Ósculos desnudos que ficaram no
tempo,
Nostalgia que alimenta a saudade.