Gosto de códigos como degusto
vinhos Israelenses; se é que me entende. A vida me ensinou a caminhar nas
sombras e me manter oculto diante da luz. Gosto da transparência como amo a
face do pecado. O meu amor é translucido, incognoscível e simples como um beijo
de boa noite. Procuro me deter as fraquezas carnais e elevar a minha mente ao
sublime para fugir desta prisão sem grades que insiste em me manter na escravidão.
Confesso que já tive uma vida
inteiramente normal (...).
Mas agora me pergunto:
- Será que se um raio de luz entrasse nesta caverna, eu poderia vê-lo?
- Será que se um raio de luz entrasse nesta caverna, eu poderia vê-lo?
Se pudesse tocar
E gravitar na plenitude
Do teu olhar inocente
Certamente não teria o fulcro
Deste pensamento tão meramente
hediondo.
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