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23 de abril de 2020

O mundo têm problemas demais, ou subjetividade ideológica.





Aspectos que vêm à tona; cultos, insultos, ocultos e indultos da realidade. O que são sombras senão aquilo que nos persegue, nos perturba, nos constrange e expõe nossas mazelas? De geração em geração, as experiências suscitam conceitos e percepções de um mundo subjetivo que reside no subconsciente coletivo fazendo de quimeras realidade. Deuses são eternos, mas morrem quando são esquecidos.

Atilamentos geram expectativas, medos geram obediência, gratidão gera agradecimentos, senso comum gera fé, religiões geram adoradores e admiradores, ideologias geram fanáticos, corruptos, e principalmente alienados.

Existem muitos conceitos sobre Deus (es), longe fazer juízo de valor ou afirmar qual é o verdadeiro ou falso. Seja de forma natural, religiosa, filosófica ou cientifica - O ser humano parece ter a necessidade de adorar algo para terceirizar a suas responsabilidades.

Por outro lado, o ateísmo nunca foi à solução de nada no mundo. O ateísmo enquanto ideologia acusa as religiões de ser o ópio e opróbio da humanidade; responsável por centenas de milhares de atrocidades cometidas durante historia. Contudo, o pior retrato que temos da humanidade foi em tempos onde sistemas ateístas dominaram parte do mundo. Sim, estamos falando de socialismo e comunismo – mais de 100 milhões de mortes (mais que a inquisição, a 1ª e a 2ª guerra mundial juntas).  Evidentemente que existem pessoas más e pessoas boas em todo o mundo. A culpa das atrocidades não é do indivíduos em si, mas do fanatismo e do extremismo ideológico. A maioria dos ateus que conheço são pessoas éticas, a maioria dos religiosos que conheço pregam a paz e o amor.

Pudéramos viver em paz independente da religião, da opinião, da raça, do partido politico, da filosofia e principalmente da ideologia – o mundo já tem problemas demais.









14 de abril de 2020

Poema da verdade





Dizem que a verdade deve ser dita
Doa a quem doer,
Todavia quase ninguém acredita
Quando ela é dita sem esmorecer,
A verdade dói e expõe a ferida
Ela corrói quem ama a mentira.

Todos afirmam dizer a verdade
Juram de pé junto diante de DEUS,
Mas no coração reside a maldade
Como a hipocrisia dos fariseus,
Por onde anda a lealdade
Na boca dos cristãos ou no coração dos ateus?

Deveria a verdade ser o compêndio da sociedade
Ou a baliza onde se firma a razão?
É a lei que garante a liberdade
Ou a mentira que sustenta a corrupção?
No mundo onde reina a religiosidade
Da verdade não deveriam abrir mão.

9 de abril de 2020

A alma transpirava pela a pele.


Desejos, tentações, alucinações – imaginação.

Não apenas momentos, mas dezenas e centenas de fantasias realizadas que ficaram e ficarão tatuadas no tempo. Instantes que se eternizam no subconsciente e quando trazidos à tona, causa arrepios, delírios, alucinações e sensações surpreendentes.

Foram juras de amor falsas e sinceras, foram beijos tarados e molhados, foram aquisições de olhares e palavras misteriosas. Foram frissons, gritos, sussurros, gozos, mordidas e corpos suados entregues ao prazer.

Os deuses ficaram surpreendidos nos seus aposentos, a natureza bateu palmas e cantou louvores, tal atuação inspirou até mesmo o sol coabitar com o mar e causar ciúmes na lua. Os anjos ficavam inquietos e os demônios embasbacados.

Era eu, era você – éramos nós.

Um dentro do outro, o encontro de corpos unidos pela a alma, pela a paixão, pelo o tesão, pela a química,  pela refração, pelas as equações das metáforas, pela a ebulição, pelo espaço-tempo, pelos os letargos da madrugada, pela ansiedade que aflorava e não saciava. Cada um dava muito mais do que possuía, pois aquele baque pedia mais e mais, no universo não havia nada que pudesse deliberar aquela incidência.


31 de março de 2020

Quimera realidade





E olha para dentro
Deixe o mundo lá fora,
Castos pensamentos
Pela duvida que aflora,
Repousa nos aposentos
Que o lhe resta agora.

Assentar-se na solidão
Ou no silêncio ecoar,
De tanto ouvir não
Pelo sim deve buscar,
Fleuma sem emoção
Coragem para continuar.

É preciso ponderar
Para não machucar e sofrer,
Olhe para o mar
Não é difícil de entender,
Se não desistir e lutar
Sem duvida vai vencer.

Olhares e vontades
Mistérios no ar,
Quimeras realidades
Desejos a inspirar,
Lembranças de saudade
Que um dia vamos lembrar.







A sombra da maldade





Em face da circunstância que nos permeia,
Dilacera os sentidos
E rompe os agudos da realidade,
Doí ver e ouvir sofismas,
Como um tiro no peito
É a ambição do poder pelo o poder.
O profeta não profetiza mais,
O poeta não mais recita poesia,
A mulher que dantes amada está abandonada,
A cidade está cheia de pessoas vazias,
A musica perdeu sua composição
Entre acordes, morte e hipocrisia.
Perdeu-se a esperança da salvação
Afetos estão fora de moda,
O que era errado agora é tolerado
O que era certo perdeu o significado
Uns pela a direita, outros pela esquerda.
E todos na contramão.







17 de março de 2020

Sem razão, ou fleuma no caos.



























Sem razão permaneço;
Sem razão padeço;
Sem razão me conheço;
Sem razão recomeço;
Sem razão não me atrevo.

Por anos e anos busquei ter razão,
Conheci os céus e me afoguei em escuridão,
Desprezei sentimentos, sorri sem emoção.
Perdi coisas e pessoas por não considerar o coração.
Se no passado submergi, do futuro abro mão.

Agora, interessa-me viver,
Com razão, sem razão, o que importa é “ser”.
O pouco que ainda me resta, faz-me crer,
Na poesia, na tristeza, na beleza do amanhecer,
Já não preciso explicar o que não podes entender.

Palavras para beber e degustar,
Abraços são laços a apertar,
Alimento para alma, paz para acalmar;
Fleuma que compõe musica para vibrar,
Não quero razão, apenas versos para rimar.








6 de março de 2020

Que seja leve, que traga paz.





Amortizar toda dor nos estalar de dedos
Esquecer o que dantes jaz
E, caminhar sem rumo e sem medo.

Ecoar a voz
Entoar poesias
Viver o que nós
Sonhamos um dia

Chega à idade
Junto vem a experiência,
A paciência e a maturidade.

Que seja leve
Que seja permanente
Que a vida entregue
O que um dia tomou da gente.







3 de fevereiro de 2020

A confissão de um idiota declarado, ou nunca é tarde para se arrepender e aprender.





No auge da minha soberba altiva debati mesmo sem ter razão, a euforia tomava conta de mim, meus ânimos estavam acessos, cuspia palavras pelos os ares sem pensar. Coisas de gente amadora – se é que me entende agora.

Fico tentando viajar no tempo (através do pensamento) e imaginar o que as pessoas estavam ponderando ao meu respeito. Concebo a opinião que tiveram muita paciência com esse pobre mortal, ignorante e insolente.

Pessoas sábias não perdem tempo com debates improdutivos, principalmente com pessoas que pelo fato de achar que sabe alguma coisa, pode mudar o mundo. Era um tolo, um imbecil, um energúmeno forçando ter razão para ganhar um embate sem ter razão – pura insanidade da minha parte.

Infelizmente nunca poderei voltar atrás e pedir desculpas, contudo jurei que daqui para frente pensarei um milhão de vezes antes de condenar uma pessoa pela a sua opinião. Sinto vergonha, nojo e compaixão de mim mesmo. Espero poder amadurecer com estes erros, e nunca mais voltar a cometê-los. Que a ponderação seja minha base, e que eu tenha mais calma em ouvir antes de pronunciar uma palavra.

Felizmente ou infelizmente, a sabedoria vem com o tempo. As vezes é necessário errar para aprender, mas seria infinitamente melhor se pudesse aprender sem errar (quase impossível), sinto vergonha e me arrependo. Bem como agora desejo levantar a cabeça e seguir em frente.

Dizem que os homens inteligentes aprendem com os próprios erros, os homens sábios aprendem com os erros dos outros e o tolos não aprendem de jeito nenhum.

Fico com esta lição.









23 de janeiro de 2020

Kosmos em Cruzadas de rastros profundos, ou a beleza da vida presente.





Tuas crises - tão somente tuas (...).
Tantos sonhos, idealizações, expectativas e frustações.
Por que carregar tantas culpas?
Deixe o passado e esqueça o futuro,
Viva agora,
Beije, dance, viaje, leia, ame...
Com consciência, com consistência, com conteúdo,
Com profundência (sic), com transcendência e com primazia.
Se a vida consiste em um mistério indecifrável;
Eleve o “ser”, a psique, o imprevisível e deixe lembranças.
Que haja vivência,
Experiência, maturidade, tentames, sabedoria (...).
Ame o sagrado e aprecie o profano,
Se atente ao movimento da espiritualidade,
Do religare,
Da poesia, da música, da arte, dos contos e dos abraços.
Quando estiver em paz, namore o silêncio.
Seja feliz!!!










6 de janeiro de 2020

De que é feito a vida?





De múltiplas complexidades, de avessos e desavessos, de paixões traduzidas em decepções, de cantares apocalípticos, de juras de amor casuais, de abraços, de lagrimas, de despedidas, de idas e chegadas, de beijos salivados, de pratos saborosos, de vômitos, de mau estar, de jogadas de mestre, de espanto, de paz após a guerra, de meditações e reflexões, de xingamentos, de sexo ardente, de não entendimentos, de viagens, estudos maçantes, de feridas que deixam cicatrizes, de nostalgias, de perguntas sem respostas, de envelhecimento, de propósitos, de poesia e filosofia, de contínuos conflitos e, por fim, de morte.









3 de janeiro de 2020

Ou quem sabe, pecado capital.





Velocidade de pensamentos,
Maneira agressiva,
Alegria no sofrimento,
Paixão expressiva,
Beijos soltos ao vento
Ou que sabe, mais uma tentativa.

Arrotos de pecados sem perdão,
É necessário pensar,
Pedras lançadas sem direção,
Amores que morrem por esperar,
Musicas cantada sem refrão
Ou quem sabe, apenas observar.

Crescer, evoluir e aprender.
O ideal finda em si só!
Morrer é fácil, difícil é viver.
A verdade não vira pó,
A sensualidade alimenta o ser
Ou quem sabe, um único nó.







9 de dezembro de 2019

Tão em paz.





Importa-me neste momento tão somente o silencio,
É preciso elevar os pensamentos,
É preciso acalmar a alma,
É necessário abster do mundo
E, conter-se a minha pobre e miserável insignificância.
Reencontro-me em quietude,
Em pende de hormônios,
Em renuncia de coisas e de pessoas,
Não necessito de muito de nutrimentos
Estou em paz.








5 de dezembro de 2019

Acordo Fechado.





Ocupa-se agora neste momento
Ao prazer, ao gozo, ao desejo latente...
Não pense, não fale – Apensas se entregue.

Olhos fechados
Beijos demorados
Toques apertados
Cicios travados
Hormônios abrasados
Lábios molhados








26 de novembro de 2019

DeScAda






















Quando falta paixão,
Sobra consciência.
Quem vive de ilusão,
Afoga em concupiscência.
Saber ouvir o “não”,
É permanecer em resiliência.

Rápido ou devagar,
Importa o objetivo.
Cuidado com quem beijar,
Pode ser teu inimigo.
Lembre-se de observar
Quem de verdade é teu amigo.

Sinceramente de verdade
Queria muito entender,
O que faz avançar a idade
E o mesmo que faz morrer,
Com muita humildade
Ainda quero muito viver.







22 de novembro de 2019

Tão pouco; quase nada.





Sou tão pouco; quase nada,
Uma espécie de homem sozinho que não sente solidão.
Sei tão pouco; quase nada,
Não espero nada do futuro, mas do presente a plenitude de cada dia.
Faço tão pouco; quase nada,
Não influencio o mundo, mas sou grato por ele.
Ando tão pouco; quase nada,
Viajei por pouco lugares e conheço poucas pessoas.
Amo tão pouco; quase nada,
Já amei mil vezes e hoje por uma sou amado.
Canto tão pouco; quase nada,
Se a musica fosse tudo para mim, eu para ela seria um tom desafinado.
Vivo tão pouco; quase nada,
Por um breve instante, tenho a sensação que o insuficiente valeu a pena.









21 de novembro de 2019

Disritmia





E compunha letras,
Arranjava harmonias,
Assoviava melodias...
Era belo, magnifico – Ouvir.
O ritmo cadenciava
Num compasso contagiante.

Melhor ainda era dançar,
Deixar ser levado pelo o momento.







18 de novembro de 2019

Preste atenção!





O tempo passa
A nostalgia fica
A vida leva
O que mais significa.

Desde sempre já sabíamos
Que a vontade é sempre antepassada
Mas não sabemos compensar
A hora de amar e ser amada.

As coisas mudam
E as vezes voltam
Nem tudo olvida
Quando palavras nos faltam.

Falo-lhe por versos
Por olhares
Por anseios
Por beijos pelos ares.

Preste atenção!











11 de novembro de 2019

Pelo menos, nada mais.





Falta-me profundidade, equidade, eloquência, retorica, conhecimento e, principalmente probidade intelectual.  Sou um homem pobre espiritualmente, míope moralmente, mendigo de sabedoria e escasso de apotegmas – a minha vida é subjetiva.

Estou-me afogando num mar de sofismas, de contrariedades e contradições pseudo-lógicas (sic).

Rasgo-me de fora para dentro
E vomito toda a sinceridade para fora,
Busco e não encontro respaldo
Na indiferença que me corrói,
Nada que quero, tenho.
Tudo que tenho, não é nada.

Repouso agora; durmo em paz.










17 de outubro de 2019

Sem pretextos





O dom de olhar
De compreender
De não concordar
Mas de respeitar
E aceitar.

Chamam de maturidade
Denominam evolução
Vem com a experiência
Aprendemos com a dor
É a ciência da concepção.

Vida leve
Sempre consciente
Passo à passo
Afagos e abraços
Seguindo em frente.








15 de outubro de 2019

E agora? É agora!





E agora? É agora!
Chega a hora
De aflorar
De se manifestar
De expor
De dentro para fora.

E agora? É agora!
O silencio implora
Vai devagar
Esteja a observar
Seja como for
A nostalgia revigora.

E agora? É agora!
Minh alma penhora
Hão de cantar
Saudade apertar
No peito a dor
A distância Corrobora.

E agora? É agora!
Descanso na demora
Não precisa falar
O quanto somar
De pétalas de flor
Que não mais aflora.

E agora? É agora!
Vai, faz a hora
Siga a caminhar
Fulgor no olhar
Juventude passou
Começa desde agora.

E agora? É agora!
Não deixe ir embora
Viva a sonhar
Não deixe de acreditar
O futuro voltou
Toque-toque na sua porta.







14 de outubro de 2019

Depreciação





Quando penso que estou morto, concluo que não estou, pois ainda penso. É na escuridão dos sentidos que encontro a razão, é na poesia ilíada que incido inspiração, são nas odisseias dos Deuses que refuto os abismos que permeiam a imaginação. É no livro dos mortos que entendo a salvação, foi no código de Hamurabi que a moral se fundiu na explicação, a bíblia abriu meus olhos quando li o Alcorão, da antiga e misteriosa Suméria enfoco minha observação, seja na politica de Aristóteles ou na republica de Platão, pelos os ensaios de Shakespeare padeceu minha alma na complexificação. Nietzsche assassinou DEUS e morreu crucificado na alucinação. Se Agostinho enxergava de outras formas, Olavo faz salada, mistura tudo numa repleta e eterna confusão. Aqui estou eu, parado, sem perspectiva e sem direção.








9 de outubro de 2019

A salvação do mundo é o conhecimento, mas o mundo jaz na estupidez.





Há muitas contradições nas minhas palavras e nos meus pensamentos. Principalmente porque redijo quase sempre na primeira pessoa do singular. Não tenho pretensões de ser o dono da razão, mas tenho muitas objeções com aquilo que denominam “verdade”. Na minha humilde e simples opinião, tudo deve passar pelo o crivo do questionamento. Se não tenho certeza de nada, questiono tudo para ver se encontro alguma certeza no mundo (ceticismo). Não vejo problema em mudar de opinião – chamo isso de humildade do reconhecimento da insuficiência plena.

Geralmente, as pessoas debatem assuntos que não dominam. As polêmicas nascem da ignorância e principalmente de intolerância. Um sábio ou até mesmo uma pessoa inteligente não perde tempo com estas inutilidades e futilidades.

O mundo está cheio de pessoas vazias. Nunca na historia da humanidade as pessoas tiveram tanto acesso a informação e, mesmo assim são pueris. Estou longe de ter títulos de mestre e doutor. Contudo, observo e tento extrair logica e ensinamentos que possam me tornar uma pessoa melhor.

Compreendo que cada pessoa tem as suas preferencias, nem todos buscam o conhecimento. A maioria das pessoas buscam prazer e dinheiro. Mas, no fundo estão tentando sobreviver, pois são escravos das mazelas do mundo.

A salvação do mundo é o conhecimento, mas o mundo jaz na estupidez.







2 de outubro de 2019

Uma nova percepção





Portanto penso, mas nem sempre encontro lógica. Péssima mania que tenho de querer entender e explicar as coisas. Confesso não acreditar em tudo que tentam pregar, tenho sérias criticas a ciência, a politica, a religião, a filosofia e ao senso comum.

Não tenho pretensão de possuir razão. Mas isso, não me tira o direito de impugnar certas questões. Existem coisas que fogem completamente das perspectivas, mas algumas pessoas insistem em afirmar com veemência como se fosse verdade absoluta.

Falo de coisas que fogem da percepção humana, que não é captada pelos os sentidos, tão pouco experimentada e possível de ser reproduzida. Estas coisas fogem até mesmo da possibilidade da fé e do senso comum, é tão sem pé e cabeça, que é necessário um emaranhado de articulações ilógicas para tentar ratificar.

Consequente e evidente que existem paradoxos complexos. Nada obstante, a nossa capacidade que é limitada por demais para resolvê-los. Fico perplexo quando vejo e ouço pessoas donas da verdade. Pessoas carregadas de ideologias, preconceitos e certezas vazias. O pior é que estas pessoas acabam por contaminar outras mentes ingênuas.

Se o meu defeito é sempre duvidar, o defeito de outras pessoas é aceitar tudo que lhe é pregado. Confesso que de alguns anos para cá, revi muitos conceitos e abri a mente do meu mundo fechado para o universo de probabilidades. Gosto de dialogar e ouvir as pessoas, tento não impor minhas ideias, mas apenas explaná-las.

Compreendo que cada pessoa é única, cada um tem a sua forma de ser e entender o mundo. Como também percebo que cada um está numa “vibe” diferente em relação ao outro. Se um dia eu tive ideias absolutas, hoje relativizo quase tudo para conviver com as diferenças e tentar ser uma pessoa melhor.

Talvez eu esteja errado, mas foi a formula que encontrei.









De bom grado.





Há tempos que não vivo
Apenas sobrevivo.
Já se foram às esperanças,
Os sonhos
e principalmente o deslumbramento.

Contudo,
Não há tristeza,
Não há ressentimentos,
Não há dor,
Apenas, talvez;
Desfalecimento.

Não lamento pela vida,
Não reclamo de nada,
Não carrego culpas,
Não alimento expectativas,
Tão-somente continuo.

Falta sentido
Quando há muitas explicações.
Sei que não sou merecedor,
Por isso,
Aceito o que vier de bom grado.







21 de agosto de 2019

Essencial.





Com potência, sentido, sabor, transcendência, rastro, consciência, conteúdo, profundidade, consistência e liberdade. A vida é para ser vivida, na sua exatidão, na sua gloria e majestade. Que haja mistério, que seja indecifrável, inesgotável, não manipulável, que haja beijos e gozo. Que tenha alma, cores, poesia, cânticos, abraços e qualidade. Que possamos mergulhar, e experimentar o que há de melhor – sem delimitações.

Que possua competência para aprender e evoluir, conhecimento, experiência e, essencialmente; sabedoria. Que o sagrado possa andar de mãos dadas com o profano. Que o cóccix da argúcia seja a sustentação do que está dentro e fora do templo (corpo). Que seja tête-à-tête, pele a pele e dente por dente. Não possua jamais “excomunhão”, e que todo o mau se converta no que é bom.

Movimentos contínuos pela a faculdade da vida, que a espiritualidade não seja confundida com religião. Que esse Deus egoísta e egocêntrico renuncie toda forma de adoração. Que todo “ser” resplandeça no desígnio pelo qual foi criado. Que as pessoas possam procurar entender antes de estabelecer preconceitos. Que possamos nos religar, comungar e renunciar de uma vez por todas o dualismo de predestinação e livre-arbítrio.

A vida é para ser vivida, as pessoas são para serem amadas, a natureza é para sustentar e ser contemplada. Que por um momento possamos ouvir o silêncio e contemplar a essência da vida.








22 de julho de 2019

Por quantos dias ainda permaneço a escrever.


Sem pontos
Sem vírgulas
Sem conjunções
Sem conjugações
Sem sentido
Sem tesão
Sem significado
Sem predicados

Com contumácia
Com rimas baratas
Com pujança
Com constância
Com agressividade
Com proposições
Com subjetividade
Com pressuposições




Um laço, um traço, um pedaço – Quem sabe (...).




Laçaste-me;
Traçaste-me;
Despedaçaste-me pelo o chão
E por todos os cantos.
Cortaste meu coração
E, de forma impiedosa
Lançaste pelos ares.

Meus olhos em prantos
Meu afeto de cantares,
Em tempos de santos e profanos,
Me oculto em todos os lugares.

Foste meu entoar,
Em noites sem sono; minha poesia.
Sem razão,
Profanaste meu coração
Para reviver alvitres de nostalgia.








Amava porra nenhuma.





Disponho-me a refletir;
A pensar, a conjecturar, a profetizar, a filosofar, a poetizar (...).
Seja pela a razão que me guia
Ou pelas instâncias dos conhecimentos que me cercam.
A priori apresentei posições convictas,
Mesmo não tendo certeza, contrastava com unhas e dentes.
Todavia hoje não tenho mais verdades absolutas,
Carrego dúvidas e palavras nada convincentes.

O Deus que me amava;
Não me ama mais.
A mulher que eu amava
Não existe mais.
As quimeras que eu sonhava
Já não sonho mais.
O futuro que eu idealizava
Ficou para trás.

O que me vale agora,
Viver o pouco que me resta
Ou desaparecer pela a eternidade?
O que me vale agora,
Se os sentidos contestam
Com relatividade, o que é verdade?







19 de julho de 2019

Em pleno século XXI, ou Certeza de nada.





Sou um homem raso
E, habito num mundo de pensamentos
E argumentos sem profundidade.

Incidimos em uma era onde as pessoas têm acesso à informação na integra de forma instantânea. Contudo, há poucas pessoas que pensam ou que possuem um olhar exprobro em relação à sociedade.

As pessoas apenas repetem e replicam “informações”. Tem conhecimento, mas não tem inteligência. Possuem títulos acadêmicos, mas não possuem expertise.

Vivemos do pensamento e das experiências das pessoas que morreram a dezenas de séculos.

Não há teólogos,
Não há filósofos,
Não há pensadores,
Não há cientistas,
Não há matemáticos,
Há apenas “papagaios de pirata”.

Nunca houve na historia da sociedade tantos idiotas, fanáticos e extremistas. As pessoas falam e comentam sobre tudo, mas não sabem nada de nada – não possuem pensamento próprio. Apenas replicam de forma aleatória achismos. E pior, apesar de não saber o que é, quase todo mundo possuem algum tipo de ideologia religiosa, politica e filosófica.

Não há racionalidade,
Não há lógica e coerência,
Não há profundidade,
Não há empirismo,
Há apenas opiniões sobre tudo e certeza de nada.  







16 de julho de 2019

Tão eu.





Faltam-me palavras;
Sobra-me estilhas de sentimentos.
O mundo mudou
Eu mudei e, também meus pensamentos.
Ainda carrego estigmas,
Decepções e um pouco de esperança.
Sou um homem de “meia idade”,
Ainda com jeito de criança.
Avisto a cidade
Como espanto e nostalgia,
Desde sempre canto desafinado
Todavia não desacerto a poesia.
Sempre sonhei,
Mas nunca tive certeza de abordar.
Sou um homem de dores
Que nunca aprendeu a chorar.
Caminho pelos pretextos
Onde o pensamento conforta,
Já não tenho vontade
Pela a verdade que exorta.
Deixe-me viver na brandura
De vez em quando venha receber um abraço,
A vida pode ser simples
Como a música em seus compassos.







11 de julho de 2019

Assim como Deus não existe sem a sociedade, a sociedade não existe sem o mercado!





Nietsche disse “Deus está morto”, em verdade vos digo que não há DEUS nenhum. O que existe é o interesse, a culpa, o remorso, a ganância e o medo. A religião por séculos tem sido um instrumento de controle e manipulação de massas. A ideia do Deus religioso é genérica e relativa de cultura para cultura. Podemos traçar um paralelo entre Deus e a sociedade e, afirmar de forma emblemática que a sociedade também não existe, o que há é o mercado.

Durante séculos o estado e a igreja eram “unos”, ambos controlavam em comum acordo a sociedade. Evidentemente não estamos referindo as religiões primitivas que nasceram de forma instintiva e com o progresso da sociedade se tornaram apenas uma filosofia ou uma ideologia religiosa.

O mundo já passou por centenas de guerras por causa de poder e riquezas. Existem teorias naturalistas e contratualistas a respeito da criação do estado, fato é que hoje o estado moderno e a sociedade não existem sem mercado, ou melhor, todos coexistem de forma hipotética e estão interligados entre si, um não existe sem o outro.  

Assim como Deus não existe sem a sociedade, a sociedade não existe sem o mercado!

Além disso, o mercado é apenas uma forma simbólica de regulamentar estas parecenças. O estado foi criado para estabelecer conformidade as relações das pessoas com o mercado.

Pessoas que não estão inseridas no mercado, tem seus direitos negados por parte da sociedade e estão condenados por Deus ao inferno (Índios, refugiados, mendigos etc.).

O homem criou Deus, a sociedade criou o estado e o estado controla o mercado.  









10 de julho de 2019

Merece(dor).




Criei conceitos
E tropecei em preconceitos,
Disse que jamais faria
E me afoguei em hipocrisia,
Julguei sem piedade
E fui esbofeteado com a verdade.
Se antes eu apontava o dedo,
Hoje o medo não me dá sossego.
Armei armadilhas
E estou condenado à guilhotina.
Parodiei o sofrimento
E agora o desgosto é o meu tormento.







A poesia e a profecia se amam





















A poesia em si mesma emana, ecoa, se propaga e eterniza.
Seja por sentimentos ou por aforismos,
Esteja neste mundo,
Num outro mundo, e quiçá repouse em teus sentidos.
Ela canta e encanta,
Em melodias se harmoniza,
Segue e derrama em teus leitos
Sobre escombros,
Beijos que protagoniza e se sintoniza.
O poeta morre, mas a poesia permanece.
Ela atravessa o tempo, rasga cortinas,
Alivia o sofrimento,
E se desatina no coração de quem se compadece.
A poesia e a profecia se amam,
Elas perfumam e embelezam o caminhar.
Suas palavras são dores que clamam,
Como flores cheias de espinhos insistem perfumar.







17 de junho de 2019

“A politica”, ou melhor, a politicagem do pão e circo. Ou não penso, logo não existo.





Sofrem por nada, ou melhor, por pura e inerente ignorância. Depressão, ansiedade, stress e outras coisas mais (...). Padecem por fantasias, por questões irrelevantes e por supostos fundamentos sem pé e cabeça. E, não adianta tentar acordar a pessoa. Pois, ela está mergulhada no mais profundo e absoluto sono da realidade.

Fora isso, ainda existe um fator patológico chamado “paixão”. Uma vez contaminada, a pessoa não consegue ver além daquilo que os seus sentimentos expressam. Não consegue pensar, tão pouco tomar decisões racionais. Não existe antídoto contra este mau – exceto a possibilidade da pessoa cair em si e acordar (acontece raramente).

Aquilo que nos diferencia do restante da natureza é justamente a capacidade de pensar e optar de forma racional (os animais agem por sentimentos ou pelo próprio instinto). Quando as pessoas não enxergam coerência, logo não encontram sentido na razão – instintivamente agem como animais.

Também existe a questão da tradição, do costume, de fazer por fazer (coisas que vieram sendo passadas de geração em geração). O pior é quando alguém tenta questionar, logo é reprimido pela maioria ou por uma autoridade de força maior.

Fato é: A verdade nem sempre esteve ao lado da maioria.

Desde os primórdios até hoje em dia, o homem ainda faz o que os seus antepassados faziam. O que muda do passado para hoje é a tecnologia. Fora isso, as crises morais, os conflitos e as crises existências são as mesmas. Parece mudar os personagens, mas o enredo do teatro da vida é o mesmo. Poucos foram os que observaram, pensaram e agiram na contramão da sociedade – estes foram verdadeiramente “bem aventurados”.

A ambição, o desejo pela a riqueza e o poder pelo o poder tem levado o homem ao longo dos séculos a ruína. Os mais fortes dominam e manipulam os mais fracos. Seja de forma passiva ou coercitiva. A maioria se torna massa de manobra por uma minoria que busca acima de tudo a satisfação própria.

“A politica”, ou melhor, a politicagem do pão e circo.








Sedução, ou a arte de domínio (masculina).





Um olhar fixado e um suspiro forçado (irônico),
Confiança é mato!
Potencialidade e destaque são qualidades inerentes,
O pensamento viaja e persiste intacto.
O ambiente é inconsequente,
A música é oportuna e adequada,
A idade trouxe maturidade, e juntamente experiência.
A expectativa se amplia quando a tensão é nutrida,
Enquanto o outro apenas avalia,
A expertise calcula o bote da investida.







Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.

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