Impossível para mim é tudo o que posso e não quero, que quero
eu não devo, que devo e não faço. Impossível é apenas um sentido de uma mera
concepção que tenho e não consigo fazer, ter ou compreender. Impossível é o que
devo e não consigo pagar, é o que desejo e não possuo, é o que acho e não
compreendo. Impossível um dia pode deixar de ser, pois pode ser tangível, cognoscível
e por enquanto. O meu impossível é cheio de contradições, de acepções e concepções.
O impossível é para mim relativo, abstrato e de tempos em tempos conjugado. O impossível
é transitório, imaginativo, atinente ao tempo e ao espaço.
A ideia de impossibilidade me permite fechar dentro do meu
mundinho e rejeitar a complexidade da realidade. O impossível é uma variável de
acordo com a consciência de cada um – logo o que é impossível para um pode não
ser impossível para o outro. Por outro lado, acreditar que todas as coisas são possíveis
é uma logica sem logica. Vou explicar “o fato de ter fé não quer dizer que algo
vai existir ou acontecer”. Fé é como chutar uma bola de futebol do mesmo lugar
com a mesma força, ou seja, ela nunca segue a mesma trajetória e atinge com precisão
o objetivo.
Fé está longe de ser algo absoluto. Mas o que é absoluto
neste mundo? A resposta é “nada”, pois tudo que está condicionado ao tempo e ao
espaço um dia vai deixar de ser. Todas as coisas vivas um dia irão morrer, até
mesmo as coisas inanimadas estão em constante processo de transformação. Todo o
universo está em movimento deste as galáxias ao um átomo de uma mesa de ferro –
tudo muda, tudo se transforma, tudo acaba e se renova.