Textos, contextos, pretextos, poemas, teoremas, canções, crônicas, salmos, cartas, estórias, teorias, poesias, provérbios, pensamentos, fantasias, direito, filosofia, teologia, sentimentos, versos, reversos, reflexões, intuições, orações, manuscritos, delírios, suspiros, memórias, ensaios, confissões, juramentos, mistérios, segredos, epopeias, tragédias, elogios, critérios, discursos, manifestos, declarações, insights, profecias, ensinos, alegorias, murmúrios, clamores e questionamentos.
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11 de setembro de 2017
For the valley of desire
Still satisfied contentment
In the fuss of the singing encounter
Tattooed dissonant note
Chest out
A man still intact
With darts without finco think
Will not and will not return to the past
In summer poems lament
Theorems in vowels side by side
In the purity of a virgin in the air
It was a painted noise for me
With crying fools tears
No, it was not noticed
Neither could be observed
No superb simple conformed
With lady looks around
Without cross crucified
Waiting for your kiss to wake me up.
6 de setembro de 2017
Um sentimento contido, dominado e guardado por sete chaves.

Mas nem sempre foi assim. A paixão
já me boxeou e me levou a nocaute. Deixou-me no chão implorando por socorro. Quase
morri por um sentimento que não correspondeu as minhas expectativas. Sofri,
chorei e desci ao inferno. Foi lastimável
ver um homem forte e cheio de razão padecer como um carente, fraco e miserável.
Ao longo do tempo fui aprendendo
a dominar e a lidar com este sentimento, descobri que a paixão é mais fraca que
o egoísmo e a individualidade. Entendi que a mesma paixão que poderia me fazer
sofrer e me matar era o mesmo sentimento que poderia elevar a sensações da
minha carne aos lugares mais sublimes onde repousava o domínio da alma e a compreensão
do espirito.
O segredo da paixão é não se
revelar ao outro, deste modo, não se nutre de expectativas à própria ilusão. Se
estou apaixonado, não falo para ninguém. Guardo este sentimento venenoso tão somente
para mim. A outra pessoa não precisa saber disso. Assim ninguém poderá desfazer
a fantasia que criei para mim mesmo – nunca, jamais e em tempo algum vai
existir decepção. Se a minha perspectiva estiver somente dentro de mim, sou eu que
nutro, que alimento e tenho o poder de querer ou não querer.
Estou apaixonado e quero viver
para sempre com este sentimento ardendo no meu peito e com aquele frio na
barriga. Quero olhar para minha amada e saber que nem mesmo ela poderá olvidar
ou obscurecer este sentimento. Quero ter dentro de mim a certeza que esta emoção
não será diminuída com o tempo.
Deixe-me viver esta ilusão,
Você não vai sofrer, pois nunca
dela irá saber.
Eu vou idear com cuidado, carinho
e atenção.
Uma ultima frase vou dizer:
(...) Eu gosto tanto de você que
até prefiro esconder, deixo assim ficar Subentendido…
3 de setembro de 2017
Não me vejo mais
Não me vejo mais com maus olhos
Não me vejo mais com meus olhos
Não me vejo mais do que sou
Não me vejo mais do que posso ser
Não me vejo mais do que ninguém
Não me vejo mais com alguém
Não me vejo mais no inferno
Não me vejo mais me culpando
Não me vejo mais chorando
Não me vejo mais no paraíso
Não me vejo mais no espelho
Não me vejo mais como me veem
Não me vejo mais além
Não me vejo mais aquém
Não me vejo mais me vendo
1 de setembro de 2017
Deuses e Demônios na minha simples, humilde e opaca opinião.
Nada tão hipotético e sagaz como
a ideia subliminar de querer e não saber por quê. Quais suas intenções? Ou
melhor, o que impele o teu desejo de possuir aquilo que não cabe a tua existência?
Por favor, não me venha com conveniências ou frases prontas. Seria mais justo
que falasse a verdade, mesmo que ela possa machucar algum de nós.
Como bem sabes, sou melhor
escrevendo do que falando. Tenho mais destreza com palavras escritas do que com
palavras faladas - desde sempre foi assim. Mas voltando ao assunto e sem mais
delongas, qual a tua força de potência? O que te motiva existir e desejar as
coisas? O que te faz querer estar na companhia de algumas pessoas?
Vou abranger a conjectura para
que possamos desenvolver o assunto.
Suponhamos que você pudesse escolher
algum superpoder, qual seria? Viajar no tempo, ler pensamentos, ser imortal,
controlar o clima, manipular as pessoas, ter uma força descomunal, ser hiper inteligente,
possuir poder de regeneração, ser onisciente, prevê o futuro ou ser onipresente?
Interessante não? Aposto que já
desejou alguma coisa do tipo assistindo alguns destes super-heróis. Mas voltando
a realidade, o ser humano sempre quis ser pra além desta ficção, sempre buscou
pelo metafisico para compreender algo que esteja acima de nós. O ser humano
criou deuses e demônios. Contudo, ao longo do tempo muitos foram esquecidos e
morreram quando caíram no esquecimento. Entretanto, ainda existe a ideia de algo
ou alguma pessoa que criou todas as coisas e controla tudo. Não obstante, ninguém
na face da terra consegue provar a existência ou a inexistência deste Deus
dotado de todos os superpoderes.
Evidentemente que a ideia de Deus
veio sendo aperfeiçoada ao longo da historia da humanidade. Dizem que tudo o
que acontece de bom ou de ruim é por vontade absoluta ou relativa de Deus, ou
seja, para atribuir soberania a um ser perfeito e poderoso é necessário explicar
tudo o que acontece através dele. Antes é necessário deixar bem claro que quem
criou esta ideia baseada numa concepção foi o próprio homem. Ninguém sabe ao
certo, mas tudo isso pode ser apenas fruto da imaginação que veio sendo passado
de pai para filho até tornar algo cultural e universal.
Apesar de ninguém poder provar a existência
deste ser, existem pessoas que tem fé ao ponto de afirmar que conversa com o
além. Alguns através de sonhos, visões e outros até de forma literal. Hoje é
super na moda assegurar que se tem intimidade com Deus. Existem também pessoas
que buscam por outras formas de espiritualidade, vivem em busca de espíritos desencarnados,
pactos com entidades e até mesmo com o próprio demônio.
É muito difícil julgar que exista
ou não exista Deus e o demônio. Pois, as pessoas que dizem ter intimidade com
um ou com outro não apresentam provas autênticas. Tudo é baseado na fé, na
suposição e nas interpretações religiosas. Por outro lado, quem também não
acredita em nada disso, não consegue provar a inexistência destes seres, pois
não há experimentos relevantes o suficiente para comprovar que algo espiritual
exista ou não exista.
Voltando ao inicio da nossa
conversa (...).
Qual a necessidade que tenho de
Deus uma vez que todos nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos? A vida, o
sofrimento, a alegria, as necessidades e o prazer não é inerente a todos? Não
seria mais prudente aceitar a realidade como ela é pra nós? Por qual razão
tenho que buscar no além explicações para a vida? As respostas não estão diante
de nós? Por ventura o diabo ou Deus pode me obrigar a fazer aquilo que não
quero? Ou podem me convencer a não querer aquilo que minha mente e meu coração
desejam?
Qual a tua força de potência? Ela
brota de dentro para fora ou de fora para dentro? Será que preciso de Deus para
perdoar as minha culpas? Será que preciso do demônio para lançar sobre ele
todas as minha culpas? Qual a tua desculpa?
É fato que muitos tem medo do que
vai acontecer no pós morte. Compreendem que as pessoas boas vão para o céu e as
pessoas más vão para o inferno, também há quem acredite que alguns poderão
reencarnar para consertar ou pagar pelos os erros da sua vida anterior. Existem
centenas de milhares de crenças com relação a religião e a espiritualidade. Mas
então, qual é a verdadeira?
Se existem milhares de deuses,
qual o verdadeiro? O judaico, o cristão, o islâmico, o hindu, o romano, o
grego, o sumério, o babilônico, o asteca, o egípcio – se cada cultura tem uma
divindade suprema, a pergunta que não quer calar é “qual seria entre todas é a
verdadeira?”.
Por outro lado, não crer em nada
é muito mais fácil. Pois basta negar a existência de todos os deuses para
afirmar que nenhum deles existe. Será que é prudente pensar desta forma? Se eu
negar que as galáxias e que os planetas não existem, eles vão deixar de
existir? Chegamos o “X” da questão, ninguém consegue provar a existência ou a inexistência,
é uma questão de fé acreditar ou desacreditar. O que para uns é fácil e
natural, para outros nem tanto.
Diante deste cenário, continuo
cético. Dentro da minha humilde, opaca e simples opinião é que sou limitado - não
tenho ciência o suficiente para afirmar ou negar nada. A minha força de potencia
são meus sentimentos, pensamentos e o prazeres da vida. o que me motiva a viver é o trabalho e os
sonhos que ainda não realizei.
Deuses e demônios são uma
realidade muita distante de mim.
31 de agosto de 2017
Sim, estou ciente e quero continuar...
O que eu preciso diariamente
É sentir meu corpo queimando
Ardendo de dentro para fora
E de fora para dentro
Como uma chama que arde
E nunca se apaga.
O que preciso diariamente
É sentir o teu gozo lentamente
Sobre a minha pele
E o teu gosto amargo
Na minha língua
Percorrendo todo teu corpo.
Homem demais (...).
Sou homem demais para viver de menos
Permaneço fora do tempo
Fora da curva
E fora dos teus conceitos.
Sou homem demais para poucos versos
Desejo mais do que tenho
Mais do que pode me dar
E muito mais do que mereço.
Sou homem demais para apenas um beijo
Careço de carne
Sangue e alma
Quero a tua unção junto com teus medos.
Sou homem demais para poucos segredos
Quero penetrar teu corpo
Gritar alto, ficar louco
E conchegar um novo enredo.
Sou homem demais pelo o que procedo
Minha sina é a liberdade
Desapego da ansiedade
para apreciar e devorar teus seios.
Nem sempre
O encontro do saber
Com o clamor da verdade
No deslumbre ver
Desnudo a vaidade
Tão frágil perceber
No teu coração a saudade
Mistérios abster
No aflorar a vontade
Teu afogo acender
No meu peito afinidade
Não mais compadecer
Pelos atos de bondade
Dera apenas perceber
Na aspereza sensibilidade
Acostume-se sofrer
Como alivio na eternidade
A despedida da minha vida, ou tudo valeu a pena, ou ainda quem sabe eu possa voltar.
No meu ultimo dia aqui na terra
Queria saldar a vida por ter permitido
Eu ter existido.
Pois de onde eu vim, não trouxe nada.
Mas daqui levarei saudades
E deixarei versos de lembrança.
Para onde vou ainda não sei,
Todavia, vou guardar com acalanto
As experiências que me proporcionaram
Conhecer a sabedoria
E adquirir maturidade.
Neste dia antes de partir,
Quero recitar minha finda poesia.
Devolver todos os beijos que recebi
Com manifestos de gratidão.
Foi um prazer ter vivido
E conhecido almas gêmeas.
Ter me embreado com vinhos
E deliciado o prazer do fruto proibido.
Se pudesse voltar outras vezes
Mil vezes eu voltaria.
Foi bom sofrer e amadurecer,
Sentir dor e apreciar o amor.
Tive momentos de céu na terra
E glorias no inferno.
Não consigo descrever
O quanto foi sublime evolver
Sentimentos e pensamentos
Pelo qual não havia ciência.
Realizei fantasias,
Desenvolvi paradoxos,
Aprendi a tocar e a cantar desafinado.
Vivi na mesma terra
Onde viveu Nietzsche e Jesus Cristo,
Ressalvei as fases da lua.
Debrucei-me nos poemas de Nardella
E nas ironias de Bukowski.
Foi edificante ouvir milhares de “não”,
Com eles aprendi a valorizar o sim.
Nunca amei ninguém
Mas por muitas mulheres fui amado.
Pude viajar e conhecer parte do mundo,
Trabalhei, estudei e evoluí.
Tudo valeu a pena,
Cada segundo,
Cada lágrima e alegria.
Se eu for antes
E não tiver oportunidade de agradecer,
Meu reconhecimento está feito.
Um canalha no limbo
Que culpa tenho de ser quem sou? Sem
dúvidas, todas as acoimas são minhas. Sou delatado a todo o momento pelo meu
pensamento e pela a minha própria boca que insiste balbuciar delinquências que
não cometi, mas que tenho muita vontade de fazer. Um canalha em potencial? Ainda
não sei, mas gostaria muito de encontrar sentido e méritos naquilo que as
pessoas pensam a meu respeito. Sou condenado e executado todos os dias na
guilhotina que mesmo inventei para decapitar ideias e ideais convenientes a
minha arrogante maneira de pensar. Contradizente? Não! Poderíamos afirmar que
existem lacunas, ou melhor, um abismo antagônico entre o que sou e o que eu
queria ser.
A psicose é como um cálice de
vinho raro que poucos tem o prazer de degustar. É fácil condenar aquilo que não
se conhece, é conveniente aventar sobre o assunto que não se tem domínio. Talvez
os loucos estejam certos sobre outros e abrangentes pontos de vista. Mas o
nosso convencionalismo não nos permite enxergar que não existe verdade
absoluta. Porquanto, todas as pessoas tem boas justificativas para suas
mazelas.
Deixe-me esmorecer neste absinto.
Já não tenho poder de variar no que sou taxado. Teus conceitos ao meu respeito
não vão mudar, meus preconceitos em deferência ao mundo também não vão
modificar. Então, deixe como estar e não há mais nada a fazer.
Todas as pessoas estão certas
sobre o seu próprio egoísmo. É fantástico isso, é um modo de defesa natural.
Entende? É uma espécie de desejo satisfatório. É cupidez pela a utopia de
realização através de coisas ou pessoas. É uma dependência igualitária por
aceitação e autoafirmação. Muitos se afogaram neste mar e morreram sem antes
encontrar significado para este deturpo de querer o que não tem e de ser o que
não é. Quem disse que não sou o que sou, mas sou o que tenho? É uma analise no mínimo
complexa, pois uma vez que tenho tudo e abro mão de todos os bens para viver
uma vida mais humilde, deixo de ser? Ou me encontro com o meu verdadeiro “EU”
que não era nada ou apenas tinha?
Sou “canalha” por não andar e não
aceitar os arquétipos da multiplicidade? Agora não talvez, mas prefiro se
definido assim. Já não me importo com adjetivo pejorativo a minha pessoa. Nada
obstante, não queira saber o que penso. Pois se soubesse, desejaria me lançar
no Limbo para purificar juntamente com as almas penosas.
Prolixo, ou pela redundância que não tem preço.
Com tal e apreço me desconheço,
Em cavo de pujança me abasteço,
Sem contrariedades me aborreço,
É a força de potencia meu adereço,
Sem conveniência latente adormeço,
Pelo o que fala e não sente – agradeço.
Pelo o desejo dos teus beijos alvoreço,
Nas penúrias das madrugadas amanheço,
Com sussurros aos pés do ouvido amoleço,
Aos gozos intermináveis apeteço,
Por um afeto de estação bem-mereço,
Por uma estória sem fim careço.
Um sentimento sincero ofereço,
A reciprocidade é meu preço,
Se não for assim, nem começo.
Se houver outro parecer, compadeço.
Com cantos desatinos desfaleço,
Se não tiver sentido, desapareço.
Faz-se tanta questão, emagreço.
Se não faz, emudeço.
Com você do meu lado enalteço,
Sabes meus defeitos e meu endereço,
Por tua fatuidade também envaideço,
És a verdade a qual me esclareço.
Com firmeza e braveza me estabeleço,
No verbo da vida me fortaleço,
Pelo o teor que demuda obedeço,
Sem intento e cata, permaneço.
“Ainda não sou nada”, confesso e reconheço.
Nas sinas das madrugadas prevaleço.
30 de agosto de 2017
A culpa do outro
A culpa sempre será do outro que
não me obrigou a pecar, mas que me fez enxergar o bem e o mal. À culpa sempre
será do outro que não me amou como eu mesmo nunca fui capaz de me amar. A culpa
sempre será do outro que não teve a competência de ser para mim aquilo que
jamais pude ser para alguém. A culpa sempre será do outro pela a minha
infelicidade e pelas angustias que sempre plantei e que agora estou colhendo. A
culpa sempre será do outro por não enxergar em mim aquilo que nem mesmo eu
posso ver. A culpa sempre será do outro por ter preferencias e não me aceitar
da forma que sou. A culpa sempre será do outro pelas as frustrações que tive em
outros momentos e que agora não consegue me compreender. A culpa sempre será do
outro pelo o vazio que habita em mim e que nada consegue preencher. A culpa
sempre será do outro pela a falta de concepção das mazelas que cada ser humano
carrega do seu passado.
Eu como do fruto proibido
Mas a culpa é do outro,
Sou vazio daquilo que estimo
Mas a culpa é do outro,
Já não mais me amo e admiro
Mas a culpa é do outro,
Sou passivo e não me aproximo
Mas a culpa é do outro,
Choro e me deprimo
Mas a culpa é do outro,
Quando calo - me comprimo,
Mas a culpa é do outro,
Sou infeliz no meu intimo
Mas a culpa é do outro.
Enfim, a culpa de tudo sempre
será do outro!
Por um filho ou um adventício ofício.
Que fosse ainda e sempre mais simples
Não houvesse a necessidade de explicar
E nem a pretensão incutida explanar,
Que os olhos pudessem apenas olhar
Sem a coação e o intento ocultar.
Já não espero mais
E não tenho tempo para perder,
Já não prometo mais
E não espero nada acontecer,
Contento-me com o que tenho e com o pouco que sou.
Por um mundo sem imperatividade,
Onde não existam verdades liquidas.
Por um mundo sem pressagias,
Aonde quem vai sobre jaez de quem fica.
Não há mais indigência considerar
Ou conjugar o verbo sem tempo,
Tão pouco lacrimejar a veleidade
Que quimera um dia acontecer.
Dera-me apenas o que queres
Ou que acha em mim não merecer.
Foram muitas expectativas
E inúmeras despedidas,
A certeza passou de longe
E acenou de relance estiva.
Sobrou-se graves e faltaram agudos – não sei.
O que presentemente imagino e estimo
É a inocência que não abalizei.
18 de agosto de 2017
A verdade por de trás das cortinas do teatro da vida, ou o poder de não escolher.
Não quero escolher. Não preciso
escolher. Não tenho mais o direito de escolher. Pois, decidi não escolher nada.
Dizem que a vida é vontade de
Deus, outros vão dizer que obra do acaso e/ou fruto do destino. Mas há também que
diga que a vida só tem sentido pelo o poder que temos de escolher entre uma
coisa e outra.
Sinceramente, por muito tempo
andei perdido entre estes labirintos. Sempre me apresentaram dualismos e pontos
antagônicos como: “bem ou mal, bíblia ou ciência, preto ou branco, direita ou
esquerda, teísta ou ateu, verdade ou mentira, salvação ou condenação,
capitalismo ou comunismo, Real Madri ou Barcelona, graça e lei, EUA ou URSS,
bonito ou feio, céu ou inferno, sábio ou ignorante, alegre ou triste, sim ou
não” (...).
Por muito tempo o mundo que me
apresentaram tinha apenas dois lados e eu era sempre obrigado a escolher entre
um e outro. À medida que escolhia um se tornava inimigo do outro. Sequer me
deram a opção de não escolher ou escolher uma terceira opção. A vida parecia um
jogo pelo qual o meu futuro dependia estritamente de uma opção e outra. Eu nunca
conseguia compreender a razão deste vaivém. Já que não havia vitoriosos, mas
sempre um lado frustrado e submergido.
Isso foi me cansando e me desgastando (...).
Eu estava dentro do sistema, mas
de alguma forma sentia que não pertencia a ele e nem fazia parte dele. A matrix
tentava me direcionar, mas algo dentro de mim como uma força de potência
tentava me libertar. Por muito tempo eu pensei o que eles queriam que eu pensasse,
eu falava o que eles queriam que eu falasse, eu fazia o que eles queriam que eu
fizesse – eu era manipulado o tempo todo, mas não tinha uma consciência plena a
respeito disso.
O mundo te propõe e ao mesmo
tempo impõe padrões, formalidades, ritos, responsabilidades e obrigações. Se pararmos
para observar as pessoas, chegaremos à conclusão que quase toda a humanidade
caminha na mesma direção. E não importa a sua escolha ou o lado escolhido, pois
os caminhos seguem em paralelos e se encontram no final da linha. Toda a
verdade do mundo é relativa, o que é certo em um lugar é errado no outro e
vice-versa.
Existem padrões e receitas de
todos os tipos para ser feliz, bem sucedido, ter status, ser prospero, ter
liberdade e ser respeitado. Contudo, poucas pessoas tem ingresso a estes conhecimentos.
Não me refiro a livro de autoajuda, filosofias, truques, mandingas, sorte,
orações ou coisas do tipo. A ciência da verdade é muito mais profunda e
complexa.
Pouquíssimas pessoas chegaram a
esta conclusão e os que chegaram decidiram não participar e não compactuar
deste jogo de perde-perde. Quando sou obrigado a escolher entre uma coisa e
outra, a minha decisão é não escolher. Visto como a pessoa que tem que optar
entre direita e esquerda é certamente a pessoa que se encontra embaixo e nunca
em cima. As pessoas que se limitam entre deus e diabo ou céu e inferno seguramente
não pensam e se entregaram a conjecturas hipotéticas. As pessoas que discutem
ente socialismo ou capitalismo não tomaram consciência que é a mesma coisa, ou
seja, no socialismo o poder está nas mãos do estado e no capitalismo o poder
nas mãos de quem possui capital – quem está embaixo sempre será massa de
manobra. É necessário abranger o entendimento e compreender que entre o preto e
o branco existem centenas de milhares de tons de cinza. A ideia de feio ou
bonito é relativo ao padrão adotado. Logo, se não existem padrões, também não
existem formas de se comparar entre uma coisa e outra. Os valores estão trocados
e os princípios invertidos, os ignorantes arrotam supostas verdades e os sábios
são taxados de loucos e antiquados. É justamente neste momento que adoto a “lei
do silencio”, ninguém sabe se sou sábio ou um louco ignorante.
Pense nisso!
17 de agosto de 2017
A insignificância da minha ignorância
Entre as duvidas e a certezas que pairam sobre o ar,
Hipoteticamente dizendo
O desejo prevalece sobre aquilo que não se pode dominar.
São tantos anseios e expectativas
Que o coração já não sabe quais razões abdicar.
Paro, penso e escrevo;
Mas de nada adianta palavras afleumar.
Foi um afeto conjugado no futuro do pretérito
Que alanceou preconceitos no meu peito anexar.
Foram noites dramáticas afio
Que de nada adiantou dogmas antagonizar.
Volto agora e recolho-me a insignificância
Balburdiando a ignorância a me amparar.
14 de agosto de 2017
Inerente ao ser humano
Estou tentando compreender porque
diabos as pessoas mentem. Uns por força do hábito e outros por maldade. Mas há também
que mente de forma passiva, inconsciente e indiretamente. O pior de tudo é que
este tipo de gente acaba acreditando na própria mentira.
São mentiras de todos os tipos e
para todos os gostos (...).
Os homens mentem para contar
vantagens, as mulheres metem para não expor suas mazelas e maldades, as crianças
mentem para afirmar a inocência que não tem, os religiosos metem por ignorância
e outros por avareza, os políticos metem para ocultar suas corrupções, a mídia mente
para manipular o povo, os advogados mentem para justificar seus clientes, os
cientistas mentem para confirmar suas teorias, os professores mentem para
doutrinar seus alunos, os vendedores mentem para venderem seus produtos, por
fim, não importa o sexo, a ideologia, a classe social ou a religião - todos
mentem por inúmeros motivos.
Dizem que o diabo é o “pai da
mentira” – mas nunca vi mentindo ou enganando ninguém. As pessoas pecam por
vontade própria ou para alimentar a luxuria, a avareza, a cobiça, a ambição, a
inveja, os ciúmes, a vingança e outros desejos negativos.
Parece que a mentira é inerente
ao ser humano. Contudo, falar a verdade é uma boa opção para combater este mal
e andar na contramão deste sistema.
Busque falar e viver a verdade - ela te
libertará.
Etcetera e Afins (...).
De longe permaneci observando
”Quase inerte”. Todavia,
Analisando as razões
Que impulsionam as alianças sem propósito.
Sonhos enclausurados
em prisão sem grades.
Vontades contidas e
amarguradas.
Frustração obliqua
constante (...).
A realidade não é nada
do que pensávamos.
Muitos se perderam
E morreram ao longo
deste êxodo da liberdade,
Outros tentam voltar
na contramão,
Mas esta alameda não
permite regresso.
As pessoas carregam as
marcas das feridas
E os fardos das
escolhas precipitadas.
De longe ainda continuo observando
E tentando compreender o vazio que compõe
Tais formalidades.
Hino que não procrastino
Felicidade não é simplesmente o destino
Antes o próprio caminho.
Descreveria como a plenitude
Em conta gotas nos dias afino.
É um gozo alcalino
Num olhar inocente de menino.
Felicidade é a vontade a qual assino
Pelo o desejo que confino.
Poderia integrar a solitude
Pelos belos seios que admiro.
É um doloroso bem querer
No afagar do prazer que imagino.
Felicidade é afinidade que atino
É alacridade que não desafino.
Componho versos com força e atitude
E amo a vida sem o pesar interino.
Ser generoso por entender
Que a plenitude é por mais divino.
10 de agosto de 2017
Lilith, ou o amor da poesia em versos.
Dera-me a sabedoria para escrever a mais bela poesia
Ou quem sabe, o entendimento para compreender as coisas
ocultas da vida.
Desejaria o poder de aprisionar anjos e destruir demônios
Juntamente com a possibilidade de assassinar todos os
deuses.
Queria as chaves da morte, da vida e do inferno.
Junto com a faculdade de acumular riquezas.
Poderia acamar as ninfas de Salomão
Ou o desejo infamo pelas as castas da Babilônia.
Miraria a capacidade de possuir e não querer ser,
Como que obtém a falange da inteligência feminina.
Por tantos e quantos gozos de jubilo
Cantaria um “Shemá” desafinado ao infinito do universo
E rasgaria as paginas da bíblia e escreveria uma nova
historia.
Faria migalhas de apocalipse e entoaria salmos em todas as
praças da cidade.
Andaria pelado como Isaias
E atiraria pedras quem não concordasse comigo (assim como
Moisés).
Amaria todas as noites a serpente do Éden
E enviaria Eva para morrer solitária no deserto de Eufrates.
Tocaria harpa, címbalos e cânticos aos prazeres da vida e do
universo.
9 de agosto de 2017
A árvore do bem e do mal, ou não poder, não dever, não querer - mas apenas ser.
O conhecimento é o fruto da árvore do bem e do mal.
Nele há perda da inocência,
O saber desfaz a graça do assombro
E cria uma realidade paralela segundo os desejos da nossa
carne.
Chega ser perturbador
E angustiante ter sempre que escolher entre uma coisa e
outra.
Seria mais fácil ter o poder de não optar,
Assim não erraríamos.
A concepção de livre-arbítrio é aterrorizante,
Porque embora tenha escolhas
É tendencioso o ser escolher o mal.
O homem tem prazer
E busca completude no pecado (se é que me entende).
O ser humano é tendencioso ao mal
E tentado pelos seus próprios desejos e cobiças.
É uma espécie de vazio que habita dentro do coração
E perturba a continuamente a mente.
Por mais que todos neguem
O homem quase sempre pensa uma coisa,
Fala outra e faz outra completamente diferente.
É um conflito continuo entre querer, poder e dever.
O que quero, não posso.
O que posso, não devo.
O que devo, não quero.
Como posso resolver?
Seria mais obvio não poder, não dever, não querer – mas apenas
ser.
Por cantares da filosofia e da poesia em defronte a realidade que Deus expirou em presença da verdade que o mundo não consegue enxergar.
Tenho meus conceitos e
preconceitos, muitas teses e teorias (...). Geralmente, as pessoas não concordam
com minhas ideias e ideais, mas elas não conseguem contra argumentar ao ponto
de me fazer mudar de opinião ou pelo menos me fazer enxergar um novo ponto de
vista. Não que eu esteja sempre certo ou seja o dono da razão (longe disso),
mas minhas apreciações são fruto de experiência e observação do comportamento
humano. Já estudei teologia, psicologia e hoje estou mergulhando nos oceanos da
filosofia e da poesia.
Antigamente eu tinha certeza de
tudo. Nunca fugia de um debate ou um embate de ideias. Adorava explanar
colocando ponto final e exclamação ao final de cada frase. Na minha mente eu estava
certo e o mundo errado. Eu queria mudar e dominar o mundo!
Mas ao longo deste caminho alguma
coisa aconteceu, ou melhor, muitas coisas aconteceram. Eu adorava lançar a
primeira pedra, mas quando recebi a primeira pedrada na fonte o meu mundo
desabou. Aquele mundinho heliocentrista se desfez como se rasga papel. Passei por
um longo processo de desconstrução e revisão de prismas.
O meu Deus expirou
(amém)
E meus sentimentos também.
O meu medo se foi
Com meus pecados para
o além.
Nunca mais chorei
Ou sofri por alguém.
Fui ao inferno
assassinar o diabo
E ele morreu como um “Zé-ninguém”.
As forças que me
oprimiam
Hoje não mais me advém.
Os fardos que
carregava
Mais nada contém.
Libertei-me do mundo
que me agonizava
E agora de nada sou
refém.
Não preciso de
drogas,
Nem de religião e nem
de harém.
Sou prisioneiro da
liberdade
Pela a solitude que
me provém.
As respostas não estão nas
afirmações e nem nas perguntas. Talvez, ela esteja defronte aos nossos olhos,
mas não conseguimos perceber. Os nossos anseios e traumas não nos permitem
enxergar o obvio. O que acreditamos ou fazemos não muda a realidade, mas o que
somos.
Mas o que somos?
Somos um reflexo embaçado e por
isso não conseguimos enxergar o outro lado.
Rascunho, ou esboço da vida.
Estar só e vazio – solidão.
Estar só e cheio – solitude.
A culpa não é do mundo
Não é das coisas
Não é das pessoas
Não é de Deu(s)
Não é de HaSatan
Não é do destino
Os nossos problemas são tão somente nossos
A nossa dor só dói na gente.
A vida ganha sentido quando encontramos os 5 elementos
Paz, saúde, sabedoria, prosperidade e liberdade.
Há muitos e muitos caminhos
Pedras, abismos e adversidades ao longo da caminhada.
Mas são estes infortúnios que nos permitem crescer
Adquirindo experiência, maturidade e compreensão.
Vale a pena, ouse viver.
Beijos e satisfação
Por um contentamento que seja capaz de rasgar o tempo
E preencher todas as lacunas da alma,
Que a alegria de ser
possa transbordar de todo entendimento
E que nenhuma aflição possa encontrar lugar para repousar.
Isso chamo de perfeição.
Adentrei na plenitude quando encontrei paz.
Me tornei um homem mais manso e sereno,
Mas o mais maravilhoso
Foi obter um espirito independente.
Longe de mim a autonomia
Pois ainda sou limitado a realidade, ao tempo e ao espaço
que habito.
Não tenho poder de voltar no tempo
Contudo, posso mudar o meu futuro
Escolhendo hoje o que quero e o que não quero.
Se a vida me presenteou com a dadiva do “agora”,
Quero ser grato
E optar por não aceitar a depressão, o stress e a ansiedade.
Estes são fardos pesados
Que não preciso e não quero carregar.
Que a existência seja leve
E tenha acima de tudo sentido e prazer.
Espero transbordar essa verdade
E que outras pessoas que vivem atribuladas
Também possa se deliciar de vinho.
Menos inveja, menos tristeza,
Menos rancor, menos vingança.
Mas amor, mais tolerâncias,
Mais justiça, mais esperança.
O mundo nunca será pleno, mas algumas pessoas serão.
Beijos e satisfação.
8 de agosto de 2017
Sem Fim (...).
Beijos, desejos, ensejos, apelos (...).
Às vezes pelo o impulso
Outras vezes pela a razão,
A vontade que faz perder o controle
E o ponto de colisão.
É o momento, é agora e neste instante.
Que o corpo pede
E se perde em perpétua delirante.
Esgrima a vontade
Entre tapas e prazer,
Olvidos pressentidos
No pranteado acontecer.
Beija-me com os beijos de tua alma
E sinta meu corpo dentro de você.
É sublime e arrebatador
O teu anseio por mim,
A tua boca diz “não”
Mas teu olhar pede para não ter “fim”.
Mazelas
Pensamentos dilaceram a
realidade, transpassam os sentidos, arrebatam entendimentos, assassinam
certezas e confrontam a existência. Sentimentos obscuram a visão, ocasionam sofrimentos,
aniquilam expectativas e nos acopla a ilusão. Desejaria não optar entre um e
outro. Às vezes é melhor não saber a verdade, pois ela machuca.
Alguns acreditam que a vida é
ciclo que sempre está se reconectando com seu ponto de partida, outros
acreditam que a vida é linear e que sempre está continuas mudanças e evoluções.
Eu, particularmente acredito que a vida esteja dentro de um espiral preso no
tempo espaço, ou seja, ela vai repetindo algumas fases e escrevendo uma nova estória.
Mas, foda-se! Não quero filosofar
– vou mudar de assunto (...).
Por favor, me proponha um
desafio.
Acolho o jogo e aceito a
provocação. Que não passe de mim este cálice e que o mesmo possa transbordar,
manchar minhas roupas e derramar sangue sobre minhas teses.
Queria muito quebrar a cara
E estar enganado,
Gostaria que meus preconceitos
Já não tivessem se tornado juízos.
Por outro lado;
Agradeço por ter tido o ensejo de
degustar do fruto proibido
E perdido a inocência.
Hoje vejo que o mundo é mal,
As pessoas são más e de vez em
quando praticam o bem.
Os homens enganam a si mesmos
Quando acreditam nas mulheres.
Com relação ao sexo oposto
Só vejo beleza, malicia e perversidade.
Nenhuma se salva (nem minha mãe),
Talvez, somente a mãe de Cristo.
Os homens são fortes, miseráveis
e carnais,
As mulheres são fracas,
mentirosas e espirituais.
Ambos sobrevivem com suas
virtudes e mazelas.
Somos Homens

Sua beleza física é
irrepreensível. Mas nada disso veio de você, de sua luta e de seu caráter. Você
somente teve a sorte de nascer assim. Sua personalidade está entre as mais
horrorosas de todas as mulheres que já conheci. Você não me cativa a ponto de
achar que te quero como você pensa.
Você não me atrai a ponto de se
sentir a ultima bolacha do pacote. Pare e olhe ao seu redor. Mulher bonita tem
aos montes. Mulher gostosa é abundância. Nós, homens, dependendo da forma que
agimos, podemos escolher dentre várias. Repare que não é a toa que você é
constantemente trocada por outras mulheres e, até, pelos próprios amigos dele.
Os únicos homens que te rodeiam
são os que geralmente lambem seu salto e fazem tudo o que você quer. São, na
imensa maioria, aqueles que você pisa. Ao seu redor não vive nenhum homem de
valor, sociável e bem aceito por todos.
Talvez alguns otários que fariam
de tudo para talvez saírem com você por um dia. Mas isso é devido à sua beleza,
nunca por quem você é. Você é chata, arrogante, fútil e rude. Então, digamos
que sua humildade é tão grande que chega a ser menor que um grão de areia. E,
por mais que tudo aconteça com você, você não enxerga tais fatos e age
consequentemente pior a cada decepção que acontece em sua mente totalmente
fechada.
Ninguém te decifra, pois você é
fria. Ninguém quer descobrir o que tem por trás desse sorriso bonito, porque
você é rude. Não, eu não te quero. Você é feia (por dentro). E isso não tem
beleza que dê jeito.
Somos Homens.
5 de agosto de 2017
2 de agosto de 2017
O que é o amor?
O amor romântico é a pior de
todas as drogas. Ele rouba os sentidos e expõe toda a mazela do ser humano. Chega
a ser sobrenatural a mudança de hábito e postura quando uma pessoa é tomada por
tal comiseração. É um sentimento deplorável e irracional, é uma exposição de
tudo que há de alucinação e loucura dentro do ser. Alguns possuem a ideia de
que o amor é eterno e imortal. Entretanto, a realidade não se conforma com esta
dissertação. O amor é uma fantasia que traz conforto como a fé. Quem diz que
ama, carrega no peito a dor do sacrifício, da escolha de fazer pelo o outro o
que o outro não pode retribuir. Amor é doar o tempo, em outras palavras à própria
vida. Amar requer dedicação sem benefícios. O amor é mais que um sentimento ou
uma escolha – o amor é um suicídio irracional. Que beneficio se tem em amar? Nenhum
a não ser uma utopia. Há quem pense que deus ama a humanidade, mas ninguém se
quer pode provar a existência de Deus. Dizem que Jesus morreu por amor, mas se analisarmos
o texto friamente sem o pano de fundo religioso, ele foi apenas condenado de
forma injusta. Se pensarmos no amor entre mulher e homem – ele não existe. São uma
troca de prazeres e interesses de ambas as partes, tanto que quando a fonte do mérito
cessa, o amor falece. O amor de pais é filhos também soa como uma obrigação e
responsabilidade de consequências por atos impostos. O amor que os poetas tanto
descrevem é senão decepções por atos não correspondidos ou alegorias de vestíbulo.
A bíblia mesmo diz que o amor tudo sofre, tudo crê e tudo suporta, ou seja,
amar é sinônimo de sofrimento. Os gregos sistematizaram a ideia de amor em
ágape, fileo e Eros – três domínios variantes da mesma coisa. Muito se fala em
amor próprio, que em outras palavras soa como individualismo, egoísmo e
orgulho. Muito se fala em amar a DEUS sobre todas as coisas – mas qual DEUS? De
qual Cultura? O DEUS criador dos romanos, dos astecas, dos mulçumanos, dos
gregos, dos cristãos, dos babilônicos, dos nórdicos, dos maçons ou ainda outro?
Como posso amar meus inimigos sem ser hipócrita? Como posso amar o próximo como
a mim mesmo? Quem ama a si mesmo não é egocêntrico? O amor é para o ser humano
um juízo de condenação. Um peso impossível de ser transportado. Uma ideia que
ainda precisa ser maturada e destilada. Falar que ama é fácil. Demonstrar amor
tentando agradar é fácil. Morrer de amor também é fácil. Difícil é viver e carregar
este sofrimento quimérico em busca de sentidos e respostas.
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